sábado, 19 de junho de 2010
ANOMALIAS RARAS DA MEDICINA !!
Síndrome do Homem Lobo (Hipertricose Lanuginosa Congênita)
Frequência: 40-50 Casos documentados em todo mundo desde sua descoberta. A incidência natural (sem contar os casos em famílias) estima-se um caso entre 1 a 10 bilhões de habitantes.
Causa: Desconhecida. Pensa-se que é uma mutação e a maioria é de herança familiar e, muito raramente, a mutação dá-se de forma espontânea.
Descrição: As pessoas que padecem da doença ficam completamente cobertas por um longa lanugem (cabelo) excepto nas palmas das mãos e dos pés. O comprimento do cabelo pode chegar a 25 centímetros.
A lanugem é o cabelo fino (como se fosse uma penugem) que aparece nos recém nascidos e que desaparece normalmente depois do primeiro mês do nascimento. As pessoas que padecem desta forma de doença a lanugem persiste e pode crescer durante toda a vida ou desaparecer com os anos.
Síndrome Hutchinson-Gilford
Frequência: Ao redor de 100 casos documentados. Estima-se que aparece um caso da doença a cada 8 milhões de nascimentos, ainda que poderia ser maior já que muitas vezes não chega a ser diagnosticada.
Causa: Parcialmente conhecida. A maioria dos casos são produzidas por mutações de herança autossômica dominante no gene LMNA. Este gene participa na manutenção da estabilidade nuclear e a organização da cromatina.
Descrição: Os indivíduos com esta síndrome envelhecem muito rapidamente desde a infância. No nascimento têm uma aparência totalmente normal, mas crescem cada vez mais lentamente que as outras crianças e desenvolvem uma expressão facial muito característica. Perdem o cabelo, adquirem rugas e padecem de um dano severo das artérias (arteriosclerose) que causa à morte nos primeiros anos da adolescência.
DIFALIA - DUPLICAÇÃO PENIANA.
Frequência: É uma condição rara com apenas mil casos registrados.
Nos EUA, um em cada 5,5 milhões de homens tem dois pênis.
Descrição: É uma condição em que o homem nasce com dois pênis onde apenas um ou ambos membros podem ser totalmente funcionais.
PORFIRIA CUTÂNEA.
Causa: A doença é parte de um grupo de distúrbios conhecidos como porfirias que levam a problemas mentais e físicos devido a superprodução de certas enzimas pelo corpo.
O nome da doença vem do grego Porphura que signica pigmento roxo.
Descrição: É uma doença que causa bolhas, excesso de pêlos, inchaço e necrose da pele. Pode levar a dentes e unhas avermelhados e depois da exposição á luz solar, a urina fica azul,rosa, marrom ou preta.
Hoje se pensa que a doença está ligada a muitas lendas de vampiros e lobisomens onde o sofredor era obrigado a viver longe da sociedade por ser confundido com um monstro.
ELEFANTÍASE.
Frequência: Em partes da Etiópia cerca de 6% da população sofre do problema,
e é uma das doenças mais comuns que deixam as pessoas inválidas no mundo.
Existem vários esforços para que se erradique a doença até que se espera que desapareça até 2020.
Causa: Um simples contato da sóla do pé com o chão contaminado.
Descrição: É o esticamento da pele causado pela superpopulação de parasitas que pode nos contaminar através de picadas de mosquito. Não é incomum na África.
EPIDERMODISPLASIA VERRUCIFORME.
Frequência: Ela costuma se manifestar entre um e 20 anos de idade.
Causa: É uma doença hereditária extremamente rara que leva a formação de verugas na pele que nunca param de crescer. O único tratamento conhecido é a remoção cirúrgica das verrugas que voltam a crescer em seguida, o que exige cirurgias freqüentes.
Em 2007, Dede, da Indonésia, teve quase 6 quilos de verrugas removidas, e hoje necessita novamente de cirurgia para poder utilisar novamente as mãos.
Descrição: Doença do Homem-Árvore.
DISPROSOPIA - DUPLICAÇÃO CRANIOFACIAL.
Frequência: Normalmente este tipo de anomalia sequer permite que
a criança nasça com vida, mas Lali Singh, nascida em 2008,
sobreviveu por dois meses antes de sofrer uma parada cardíaca.
Causa: É causada por uma proteína responsável por determinar
as características do rosto e seu excesso leva a um segundo
rosto espelhado. A falta da proteína leva a características
facias pouco desenvolvidas.
Descrição: É um distúrbio raro no qual o rosto da mesma pessoa
é duplicado na sua cabeça. Não se trata de nenhum
tipo de gemelaridade como fetus in fetu.
Gêmeos parasitas .(Fetus in Fetus)
Frequência: Ao redor de 100 casos documentados em todo mundo.
Causa: É um exacerbo do caso dos siameses. Dois gêmeos não chegam a se separar completamente quando são zigotos e ficam unidos por alguma zona. Um destes gêmeos cresce enquanto o outro se atrofia ficando no interior do gêmeo são e dependendo completamente dele. Desconhece-se por que os gêmeos não se separam corretamente.
Descrição: Quando o feto hospedador consegue sobreviver ao parto, este fica com um inchaço na zona onde se situe o feto parasita. 80% das vezes encontra-se na região abdominal, mas também pode se encontrar no crâneo e até no escroto. Também pode passar desapercebido no princípio. Mais tarde, conforme a pessoa vai crescendo também cresce o feto parasita.
Ao realizar provas de imagem observam-se órgãos em lugares onde não deveriam existir ainda que também podem se ver umas diminutas pernas, braços, dedos, cabelo ou qualquer outro elemento do feto que tenha desenvolvido. Não há dois casos iguais de "fetus in fetus", já que os fetos parasitas podem se situar em zonas muito diferentes do feto hospedador e, por tanto, também será diferente o grau de crescimento e elementos que tenha chegado a desenvolver. Há fetos parasitas muito desenvolvidos e outros que só possuem um número escasso de órgãos.
A foto acima é de Sanju Baghat, um indiano de 36 anos, que parece grávido,
e em efeito, está, de seu próprio irmão gêmeo.
Rabo Humano (Rabo Vestigial)
Frequência: Ao redor de 100 casos documentados em todo mundo.
Causa: Não se conhece em profundidade. Acha-se que é produzido pela mutação dos genes encarregados de produzir a morte celular das células que estavam destinadas a formar um rabo.
Descrição: Observa-se a presença de uma rabo na zona final do sacro, no nível do cóccix. O rabo é composto de músculos, vasos sanguíneos, nervos, pele, vértebras e cartilagem.
Síndrome de Proteus
Frequência: 200 casos documentados em todo mundo atualmente. Estima-se que surja um caso por mais de um milhão de nascimentos.
Alguns médicos espeialistas defendem que provavelmente seja causado por um gene dominante letal. Outros dizem que se deva a uma recombinação no embrião dando lugar a três tipos de células: Células normais, células de crescimento mínimo e células de crescimento excessivo.
Descrição: Existem uma grande quantidade de malformações cutâneas e subcutâneas, com hiperpigmentação, malformações vasculares e crescimento irregular dos ossos. Produz-se o gigantismo parcial dos membros ou o crescimento excessivo dos dedos enquanto algumas zonas do corpo crescem menos do que deveriam. Tudo isto provoca uma desfiguração extrema da pessoa que costuma ser socialmente estigmatizada. Josep Merrick, o famoso "Homem Elefante", sofria desta síndrome.
A foto acima é de Joseph Merrick, O Homem-Elefante.
Maldição de Ondina (Hipoventilação alveolar primária)
Frequência: Entre 200-300 casos conhecidos em todo mundo. Por ser causa de morte súbita pensa-se que os casos conhecidos são só a ponta do iceberg e que na realidade 1 bebé a cada 200.000 nasçam com esta anomalia.
Causa: Parcialmente conhecida. A principal causa é uma mutação ou vários do gene PHOX2B, de herança autossômica dominante. Os mecanismos da respiração involuntária não funcionam adequadamente. Ao dormir, os receptores químicos que recebem sinais (baixa de oxigênio ou aumento de dióxido de carbono no sangue) não chegam a transmitir os sinais nervosos necessárias para que se dê a respiração.
Descrição: Nas formas mais leves da maldição de Ondina, o sujeito poderá viver normalmente, mas estará sempre sonolento durante o dia, se cansará facilmente, constante dor de cabeça com aumento do nível de glóbulos vermelhos.
Nas formas mais graves costuma aparecer desde o nascimento, e a maioria de bebês morrem sem que muitas vezes se chegue a saber a causa. No entanto, naquelas pessoas em que a doença piora progressivamente e podem causar a morte de quem dorme, costuma se tratar com ventilação assistida durante a noite.
Fibrodisplasia ossificante progressiva
Frequência: 200-300 casos documentados em todo mundo. Os poucos conhecimentos que se tem da doença, muitas vezes, impossibilita o diagnóstico. Estima-se que surja um caso para cada dois milhões de nascimentos.
Causa: Desconhecida. É uma doença de herança autossômica dominante. Pensa-se que estão implicados vários genes encarregados de sintetizar fatores de crescimento ósseo.
Descrição: Nesta doença dão-se episódios repetidos de inflamação dos tecidos macios e o desenvolvimento de tumores subcutâneos e nos músculos. Estas lesões provocam a formação de osso em lugares onde nunca deveria existir osso, como ligamentos, músculos, tendões, articulações… Os traumatismos também desencadeiam e fazem avançar a ossificação dos tecidos macios. Progressivamente, o indivíduo irá perdendo cada vez mais a mobilidade até que, por impossibilidade de movimento da musculatura encarregada da respiração, morre por asfixia.
Hermafroditismo
Frequência: Ao redor de 500 casos documentados em todo mundo. Desconhece-se a frequência real na população.
Causa: A pessoa hermafrodita é uma quimera. Produz-se pela fusão de dois zigotos de sexos diferentes. Isto é, primeiro um espermatozóide fecundaría um óvulo e depois outro espermatozóide fecundaría um outro óvulo. Os zigotos formados estariam destinados a serem gêmeos, mas acabam fundindo-se e se tornando um único indivíduo que, geneticamente, é mulher e homem ao mesmo tempo. Desconhece-se por que se produz esta fusão.
Descrição: Os hermafroditas têm tanto tecido ovárico como testicular. Os genitais externos são ambíguos e possuem componentes de ambos sexos. As pessoas hermafroditas podem ter aparência tanto feminina como masculina.
Síndrome de Moebius
Frequência: Ao redor de 80 casos documentados na Espanha, 200 na Inglaterra e 5 na Argentina.
Causa: Desconhecida. Nem sequer sabe-se se são os nervos, o tronco do encéfalo ou os músculos que são afetados na origem da doença. Existem muitas e variadas hipóteses mas sem provas que as validem.
Descrição: Devido ao não desenvolvimento de nenhum nervo facial, as pessoas que nascem com esta síndrome carecem de expressão facial. Não podem sorrir, nem franzir a testa, etc. Também não podem mover lateralmente os olhos nem controlar a piscada dos olhos. Com freqüência são encontrados dormindo com os olhos abertos. Têm grandes dificuldades em soprar, engolir, falar e qualquer atividade na que estejam implicados os músculos da face.
Síndrome Riley-Day, insensibilidade congênita à dor
Frequência: 100 casos documentados nos Estados Unidos. Desconhece-se a frequência em outros locais por não ser facilmente diagnosticado por passar quase sempre desapercebida.
Causa: Descoberta recentemente. Deve-se a uma mutação num gene encarregado da síntese de um tipo de canal de sódio que se encontra principalmente em neurônios encarregados de receber e transmitir o estímulo doloroso.
Descrição: São indivíduos totalmente normais no tato e na sensibilidade ao frio, ao calor, pressão e cosquinhas. No entanto, ante qualquer ato que em pessoas normais provocaria dor (como fincar uma agulha) não provoca nenhuma sensação dolorosa. Como consequência disto, costumam morrer mais jovens por traumatismos e lesões ao não sentir nenhum dano. Devem estar sempre sob o cuidado dos olhos quando crianças para que não se machuquem eles mesmos.
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terça-feira, 8 de junho de 2010
SOL EM RISCO DE MERGULHAR EM NUVEM INTERESTELAR SUPER QUENTE !!
Atualmente o Sol, e todo o Sistema Solar, está viajando através de uma nuvem de gás interestelar - a Nuvem Interestelar Local - medindo cerca de 10 anos-luz de diâmetro, com uma temperatura entre 6.000 e 7.000 Kelvin. Esta nuvem está contida dentro de uma Bolha Local, muito maior, com uma temperatura na faixa dos milhões de graus.
No final de 2009, a sonda espacial IBEX, da NASA, descobriu que a fronteira do Sistema Solar possui uma faixa brilhante e misteriosa.
Agora um grupo de cientistas da Polônia e dos Estados Unidos sugere que a "Faixa", resultado da emissão de átomos energéticos neutros, é um sinal de que o Sistema Solar está prestes a entrar em uma nuvem de gás interestelar com temperaturas que podem atingir a casa dos milhões de graus de temperatura.
Nuvens interestelares
Segundo os pesquisadores, a Faixa mostrada no mapeamento da sonda IBEX pode ser explicada por um efeito geométrico gerado conforme o Sol se aproxima da fronteira entre a Nuvem Local de gás interestelar e uma outra nuvem de gás muito quente, a chamada Bolha Local.
Se esta hipótese estiver correta, a IBEX estaria captando a matéria de uma nuvem interestelar muito quente, na qual o Sol poderá entrar daqui a cerca de 100 anos.
Desde a descoberta da "Faixa", apontada pela NASA como um dos achados mais importantes na exploração espacial feita em 2009, pelo menos seis hipóteses foram propostas para explicar o fenômeno, todas elas propondo uma relação da Faixa com os processos em curso na heliosfera ou nas suas vizinhanças.
Mas a equipe do professor Stan Grzedzielski, da Academia Polonesa de Ciências, propõe uma origem bem mais distante.
"Nós vemos a Faixa porque o Sol está se aproximando de uma fronteira entre a nossa Nuvem Local de gás interestelar e uma outra nuvem de gás muito quente e turbulenta," diz Grzedzielski.
Átomos neutros energéticos
Os átomos neutros energéticos (ENA: Energetic Neutral Atoms), registrados pelos sensores da IBEX, originam-se de íons (prótons) sendo acelerados da Bolha Local, que é extremamente quente, quando eles trocam carga com os átomos relativamente frios "evaporando-se" da Nuvem Interestelar Local.
Os recém-criados ENAs não têm carga elétrica e, portanto, podem viajar livremente em linha reta a partir do seu local de nascimento, sem sofrer alterações induzidas pelos campos magnéticos presentes.
Segundo os pesquisadores, alguns deles podem atingir a órbita da Terra, quando então foram detectados pela sonda IBEX.
Bolha quente e turbulenta
A Bolha Local é provavelmente um remanescente de uma série de explosões de supernovas que ocorreram alguns milhões de anos atrás e, portanto, não só é muito quente (pelo menos alguns milhões de graus), mas também turbulenta.
Com isto, os prótons na Bolha Local, que estão próximos à fronteira com a Nuvem Local, arrancam elétrons dos átomos neutros e zarpam em todas as direções, alguns deles chegando à IBEX.
"Se nossa hipótese estiver correta, então nós estamos capturando átomos que se originaram de uma nuvem interestelar que é diferente da nossa," maravilha-se o Dr. Maciej Bzowski, chefe da equipe polonesa da IBEX.
Efeito geométrico
Mas se esses átomos neutros estão sendo criados ao longo de toda a fronteira entre a Nuvem Local e a Bolha Local, por que enxergamos uma Faixa?
"É um efeito puramente geométrico, que observamos porque o Sol está atualmente no lugar exato, a cerca de mil unidades astronômicas da fronteira entre as nuvens," propõe Grzedzielski.
"Se a fronteira entre as nuvens for plana, ou melhor, ligeiramente inclinada em direção ao Sol, então ela aparece mais fina em direção ao centro da Faixa e mais grossa nas laterais, exatamente onde vemos a borda da Faixa. Se estivéssemos mais longe da fronteira, não veríamos nenhuma faixa, porque todos os ENAs seriam reionizados e se dispersariam no gás da Nuvem Local," explica o cientista.
Mergulho interestelar
Isto significaria que o Sistema Solar poderá entrar na nuvem de milhões de graus - a Bolha Local - já no próximo século.
Mas, segundo os pesquisadores, não há razões para preocupações.
"Não há nada de incomum, o Sol frequentemente atravessa várias nuvens de gás interestelar durante sua viagem galáctica," afirma Grzedzielski.
Essas nuvens têm densidade muito baixa, muito menor do que o melhor vácuo obtido nos laboratórios da Terra.
Uma vez lá dentro, a heliosfera se adaptará, podendo encolher um pouco. O nível de radiação cósmica entrando na magnetosfera também poderá subir um pouco, mas nada mais.
"Talvez as gerações futuras tenham também que aprender formas melhores de proteger seus equipamentos contra uma radiação espacial mais forte," conclui Grzedzielski.
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DESCOBERTA DE NUVENS DE HIDROGÊNIO NA GALÁXIA !!
Concepção artística mostra as regiões da Via Láctea estudadas pelos astrônomos, com as nuvens de hidrogênio mais abundantes localizadas onde a barra central da galáxia funde-se com um braço espiral. O ponto brilhante, embaixo ao centro, mostra a localização do Sistema Solar.
Nuvens de hidrogênio
A descoberta de que as nuvens de hidrogênio, encontradas em abundância no interior e acima da nossa Via Láctea, encontram-se em pontos bem específicos, deu aos astrônomos uma pista fundamental sobre a origem dessas nuvens, até agora desconhecida.
Eles estudaram agrupamentos de nuvens de hidrogênio situados a 400 e a 15.000 anos-luz fora do plano em formato de disco da Via Láctea. O disco contém a maioria das estrelas dos gases da galáxia, e é circundado por um halo de gás mais distante do que as nuvens que os astrônomos agora estudaram.
O que torna as nuvens intrigantes é justamente o fato de estarem a meio caminho entre o corpo principal da galáxia e o halo que a envolve.
As nuvens consistem de hidrogênio neutro, com uma massa média equivalente a cerca de 700 sóis. Seus tamanhos variam muito, mas a maioria têm cerca de 200 anos-luz de diâmetro. Os astrônomos estudaram cerca de 650 dessas nuvens nas duas regiões.
Evolução das galáxias
Quando os astrônomos compararam as observações das duas regiões, eles viram que uma região continha três vezes mais nuvens de hidrogênio do que a outra. Além disso, as nuvens da região mais densa estão, em média, duas vezes mais distantes do plano da galáxia.
A diferença dramática, acreditam eles, deve-se ao fato de a região com mais nuvens estar próxima da "barra" central da galáxia, onde a barra se funde com um grande braço espiral.
Esta é uma área de intensa formação de estrelas, contendo muitas estrelas jovens cujos ventos fortes podem impulsionar o gás para longe da região.
"Nós concluímos que essas nuvens são formadas por gases que foram ejetados do plano da galáxia por explosões de supernovas e pelos violentos ventos emanados de estrelas jovens em áreas de intensa formação de estrelas," propõe Alyson Ford, da Universidade de Michigan, que chegou a esta conclusão com a colaboração dos seus colegas Felix Lockman e Naomi McLure-Griffiths.
"As propriedades dessas nuvens mostram claramente que elas se originaram como uma parte do disco da Via Láctea, e são um importante componente da nossa Galáxia. Entendê-las é importante para compreender como o material se move entre o disco da galáxia e o seu halo, um processo crítico na evolução das galáxias," disse Lockman.
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MOTOR FLUTUANTE SEM EIXO QUE GIRA SOBRE A ÁGUA !!
O movimento do motor flutuante é obtido pela variação na tensão elétrica aplicada aos eletrodos instalados ao redor da gota.
Cientistas japoneses criaram um motor rotativo apoiado unicamente em uma gota de água, girando em seu interior quando um campo elétrico é aplicado à gota.
O feito tem grande potencial para uso em dispositivos ópticos e nos biochips.
Motor fluídico
Hoje, são usados fluidos transparentes com altos índices de refração para controlar o movimento ou a inclinação de microplacas, que por sua vez controlam a passagem da luz usada para controlar as reações ou detectar compostos químicos no interior dos biochips.
Os cientistas já haviam conseguido fazer com que as placas se movessem na horizontal e na vertical, mas até agora nenhum grupo havia conseguido fazer um movimento giratório.
Como os polarizadores ou as redes refratoras normalmente têm suas funções controladas por movimentos rotacionais, um "motor fluídico" era um objetivo longamente perseguido.
Motor flutuante
O feito foi alcançado pelo Dr. Atsushi Takei e seus colegas da Universidade de Tóquio, que exploraram um fenômeno conhecido como electrowetting, ou eletroumectação - a capacidade de controlar eletricamente como os líquidos interagem com superfícies sólidas.
O motor é formado por um rotor metálico, não circular, depositado sobre uma gota de água ou outro fluido.
Para fazer a energia chegar ao motor flutuante, foram construídos eletrodos dispostos ao redor da gota. Com a alteração da tensão aplicada aos eletrodos, a gota se deforma, criando um torque entre a gota e o rotor, fazendo com que o rotor gire.
Motor transparente
Os pesquisadores enfatizam que a maior vantagem do seu motor flutuante é que ele pode ser fabricado inteiramente com materiais transparentes, o que o torna totalmente adequado para aplicações ópticas.
Eles agora pretendem partir para a miniaturização dos motores flutuantes, porque os dispositivos ópticos estão sendo construídos cada vez em menor escala. Segundo o grupo, o maior desafio é que, quanto menor a escala, mais difícil se torna controlar as forças sobre a gota.
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DA ÁGUA DO MAR AO HIDROGÊNIO !!
Cientistas japoneses descobriram uma forma de armazenar quimicamente a luz do Sol e depois utilizá-la para quebrar as moléculas de água e produzir hidrogênio de uma forma limpa e sustentável.
Cientistas japoneses descobriram uma forma de armazenar quimicamente a luz do Sol e depois utilizá-la para quebrar as moléculas de água e produzir hidrogênio de uma forma limpa e sustentável.
Embora estejam sendo feitos progressos nas células a combustível, uma espécie de gerador capaz de produzir eletricidade a partir do hidrogênio ou etanol, gerando apenas água como subproduto, a produção do hidrogênio ainda é um gargalo a ser vencido caso se queira que o gás torne-se algum dia o combustível do presente.
Até lá, o hidrogênio permanecerá como um combustível do futuro.
Rota química
Agora, a equipe do professor Haoshen Zhou, do Instituto de Pesquisas em Tecnologias Energéticas, do Japão, descobriu como usar uma rota química para produzir hidrogênio.
E, o que parece ser ainda mais vantajoso, o novo processo não gera apenas o gás, mas também produz eletricidade.
Os cientistas usaram o mesmo processo que já espantou milhões de estudantes ao redor do mundo, no qual o professor de química demonstra a violenta reação entre o sódio e a água, na qual o sódio é reduzido.
Hidrogênio e eletricidade
Os metais que demonstram esse comportamento são os chamados metais alcalinos, um grupo que inclui também o potássio, o césio, e o lítio - o mesmo lítio das baterias recarregáveis.
O que a equipe do Dr. Zhou fez foi controlar a reação entre o lítio e a água, mantendo-a no interior de um sistema fechado.
No processo controlado, dois objetivos podem ser atingidos simultaneamente: a reação química gera hidrogênio e ainda produz uma corrente elétrica que pode ser aproveitada.
Célula de combustível
O processo funciona em uma espécie de célula de combustível fechada, composta por dois compartimentos separados por uma membrana: um compartimento contém uma solução de lítio (anodo) em um solvente orgânico, enquanto o outro contém uma solução aquosa com um eletrólito (catodo).
A oxidação do lítio gera elétrons, que fluem do anodo para o catodo, produzindo uma corrente elétrica.
Quando os elétrons chegam ao catodo, eles reduzem a água, quebrando a molécula para produzir oxigênio e hidrogênio. O controle da corrente elétrica que flui ao longo da célula também controla a taxa de geração do hidrogênio.
Armazenando a luz do Sol
Outro aspecto atrativo desta tecnologia é que o lítio metálico pode ser produzido a partir de soluções salinas (por exemplo, água do mar), usando a luz solar.
Em outras palavras, a energia do Sol pode ser "armazenada" no metal, e usada quando necessário na reação do lítio no interior da célula de combustível.
Recarregar essa "bateria" seria uma questão de substituir a célula de lítio metálico - para comparação.
Sociedade do lítio
"O lítio, que já é largamente utilizado nas baterias de íons de lítio, e também será usado no futuro nas células de combustível de ar-lítio e neste novo sistema de célula lítio-água/hidrogênio/combustível, poderá levar a humanidade a uma 'sociedade do lítio' totalmente sustentável, baseada em redes inteligentes de produção de energia a partir do lítio," vislumbra o Dr. Zhou.
Vários grupos de pesquisadores ao redor do mundo trabalham na utilização da luz do Sol para produzir eletricidade limpa e hidrogênio. A maioria dos esforços até agora se concentrava nos processos conhecidos como fotossíntese artificial.
Esta é a primeira vez que se demonstra que o lítio pode ser a base para a produção totalmente sustentável de energia.