Biocombustível do lixo
A companhia de aviação British Airways fechou um acordo para a construção da primeira planta europeia de produção de biocombustível para aviões.
Segundo o repórter da BBC Richard Scott, a unidade deverá ser capaz de produzir 60 milhões de litros de combustível para abastecer os jatos da empresa britânica.
Para isso, serão consumidas 500 mil toneladas de lixo por ano.
Utilidade do lixo
A planta começará a ser erguida em 2012 na zona leste de Londres pela empresa americana Solena Group e deverá entrar em operação daqui a quatro anos. Pelo acordo, o grupo americano custeará a construção, enquanto a British Airways se compromete a comprar toda a sua produção.
Segundo a companhia, com esses 60 milhões de litros será possível abastecer apenas 2% dos voos que decolam do Heathrow, o principal aeroporto inglês.
Além de ser menos poluente, esse biocombustível é mais benéfico ao meio ambiente por reaproveitar o lixo comum. Normalmente, esse material permanece em aterros sanitários produzindo gás metano, um dos gases causadores do efeito estufa.
Biocombustíveis para aviação
A iniciativa da British Airways vem na esteira de outras medidas adotadas por empresas do setor.
Em fevereiro de 2008, a Virgin Atlantic Airways realizou um voo pioneiro à base de biocombustível entre Londres e Amsterdã. O Boeing 747 voou sem passageiros a bordo e teve um de seus quatro motores movido por um biocombustível produzido a partir de óleo de coco babaçu.
Desde então, diversos voos a partir de outros biocombustíveis experimentais vêm sendo realizados pelo projeto Combustível Sustentável para Aviação, uma iniciativa que inclui companhias aéreas, como a própria Virgin e a Continental Airlines, além de fabricantes de aeronaves como a Boeing.
Em um relatório divulgado em junho do ano passado, o grupo diz que seus biocombustíveis produzem 65% a 80% menos gás carbônico do que os combustíveis à base de petróleo.
"Todas as combinações utilizadas em voos de teste atingiram ou mesmo superaram as expectativas de desempenho como combustível de avião", diz o relatório. "Para todos os voos experimentais, os biocombustíveis não demonstraram qualquer efeito adverso nas aeronaves", completa o texto.
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