Representação esquemática da língua artificial, que imita o primeiro passo
da digestão humana.
A língua eletronica soma-se entre o grande número de feitos científicos registrados pela brasileira Embrapa. Um grupo de cientistas franceses, contudo, acredita que, para que as máquinas consigam realmente "sentir" o sabor da comida, é necessário que primeiro elas aprendam o primeiro passo da digestão humana, a mastigação.
Boca artificial.
Para isso eles desenvolveram uma boca robótica, um equipamento que emula o ato humano de mastigar o alimento, incluindo a liberação de saliva.
Segundo os pesquisadores, uma série de fatores deve ser levada em conta para que uma máquina seja capaz de captar os componentes do sabor e do aroma da comida e da bebida da mesma forma que os humanos fazem. Entre esses fatores estão o ritmo da mastigação, a liberação da saliva, a rapidez com que o alimento é triturado e até mesmo a temperatura interna da boca.
"Nosso objetivo não é reproduzir exatamente as condições da boca humana, mas reproduzir o resultado da mastigação," explica Gaëlle Arvisenet, um dos criadores da boca artificial.
Provador robótico.
Para testar o funcionamento do seu mastigador mecânico, os cientistas compararam maçãs mastigadas por humanos e por sua boca robótica. A polpa de maçã resultante dos dois processos foi analisada em termos de textura, cor e liberação de compostos aromáticos.
"Foram estabelecidas condições experimentais que produzem a polpa de fruta em um estado semelhante àquele obtido após a mastigação feita por uma boca humana," diz o estudo, relatando os bons resultados alcançados.
O objetivo dos pesquisadores é construir um equipamento sensorial que funcione como uma espécie de "provador robótico," para uso em indústrias de alimentos, aumentando a homogeneidade dos produtos e a segurança dos consumidores.
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