Cientistas europeus apresentaram o primeiro protótipo de sua longamente esperada "mão robótica inteligente."
O projeto, que reúne pesquisadores de universidades e empresas, prometia uma mão artificial "definitiva," que viesse atender as expectativas das pessoas amputadas em receber um implante artificial que lhes permitisse reconquistar a maior parte das funcionalidades do membro perdido.
Mão artificial com sensibilidade.
A espera parece ter valido a pena. A mão robótica apresentada reproduz todos os movimentos de uma mão natural, além de trazer as sensações ambientais e o sentido do tato.
Segundo os pesquisadores, a nova mão robótica possui 4 motores elétricos e 40 sensores apenas em sua parte sensorial. Esses motores e sensores são ativados quando pressionados contra um objeto. Os sensores enviam os sinais captados para os nervos, ativando a rota até o cérebro, permitindo que o paciente sinta o objeto como se tivesse de volta sua mão natural.
"Eu estou usando músculos que eu não usava há anos. Quando eu pego algo, eu posso sentir o objeto em meus dedos, o que é estranho, porque eu não tenho mais os dedos," contou Robin Ekenstam, um dos pacientes que está testando a nova mão artificial. "É maravilhoso," resume ele.
Sistema sensorial robótico
Reunidos na Universidade de Lund, na Suécia, os pesquisadores continuarão a trabalhar no sistema sensorial da mão robótica. Segundo eles, o próximo desafio a ser vencido será miniaturizar os motores e os cabos.
O próximo protótipo também deverá receber uma minúscula unidade de processamento e um sistema de comunicação entre os diversos pontos da pele artificial, o que permitirá aprimorar as sensações e aumentar a funcionalidade da prótese.
Mão artificial quase natural
A neurologia já oferece um mapeamento bastante preciso do cérebro humano, mostrando que cada nervo estimula partes precisas do cérebro. Usando essa informação, os cientistas querem colocar sensores na mão robótica que permitam ativar a maioria das áreas cerebrais, imitando o funcionamento de uma mão real com muita precisão.
"Se você estimular os pontos certos, nós sabemos que as áreas corretas do córtex cerebral serão ativadas. Em outras palavras, se você pressionar a ponta do indicador da mão artificial, a área equivalente ao seu dedo indicador daquela mão será ativada no cérebro," diz o Dr. Goran Lundborg, membro da equipe e especialistas em movimentos da mão.
No futuro, a equipe espera criar um sistema duplo de comunicações, em que tanto os sinais dos sensores serão enviados para o cérebro, quanto os sinais cerebrais ativarão os sensores da mão. "A futura interface neural poderá ser implantada no interior do braço, de onde sairão as conexões para a interface da prótese," prometem os pesquisadores.
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