É, sem dúvida, um dos cuidados mais importantes, tanto para o filhote como para o gato adulto.
Os animais devem ser imunizados antes de começarem a ter contato com outros felinos. É importante também fazer o reforço anual das vacinas.
Existem muitas doenças virais que podem aparecer em gatos e causam grande número de mortes, principalmente nos filhotes.
Não se deve vacinar um animal com menos de 45 dias de idade. Nessa idade as vacinas são inativadas pelos anticorpos passados da mãe para o filhote. Se o filhote adquirido foi vacinado antes de 45 dias de idade, desconsidere essa vacina.
Todos os gatos a partir de dois meses devem ser vacinados pelo menos uma vez por ano.
60 dias: 1a. dose vacina múltipla (quádrupla ou quíntupla*)
90 dias: 2a. dose vacina múltipla
120 dias: anti-rábica
* (rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia e leucemia felina, clamidiose)
Princípios das doenças virais felinas
As moléstias virais são a principal causa de doenças e mortalidade em gatos domésticos. Os programas de vacinação podem diminuir significativamente estas enfermidades.
A exposição aos agentes virais pode ocorrer através do contato direto com um animal infectado ou através de do contato com o vírus depositado no ambiente por um animal infectado. As vias de transmissão são a ingestão de água ou alimento contaminados, inalação, exposição no útero, e injeção do agente viral através de mordidas, arranhões, ferimentos cortantes ou insetos vetores.
A exposição a um vírus não resulta sempre em infecção e nem sempre um animal infectado chega a desenvolver a doença. Três situações podem ocorrer, assim que o gato fica exposto ao vírus: (1) o gato não se infecta; (2) o gato se infecta, mas não desenvolve a doença; ou (3) o animal se infecta e transmite a doença. As tensões de uma superpopulação, a desnutrição entre outros fatores pode diminuir a imunidade do gato aumentando a chance dele se infectar e conseqüentemente desenvolver doenças.
O método ideal de prevenção das moléstias infecciosas consiste em evitar a exposição aos agentes virais. Infelizmente, muitas vezes é impossível o isolamento completo de um gato, de ambientes e situações de risco. Um gato que viva dentro de casa com apenas mais um gato, naturalmente sofre um menor risco de se infectar do que em comparação a um gato que viva em um abrigo para animais ou em uma casa com muitos animais. Alguns princípios de controle se aplicam a locais onde a população de gatos é muito grande. Deve-se separar os gatos infectados e doentes do resto da população, deve-se sempre limpar o ambiente na tentativa de diminuir a carga viral do local, deve-se tentar minimizar qualquer fator de estresse para os animais o que levaria a uma baixa imunidade e finalmente, todos os animais devem ser vacinados regularmente. Além disso, todo novo animal que for introduzido na população já existente, deve ser mantido em quarentena durante pelo menos 3 semanas. Este período serve para observarmos se o animal apresenta sinais clínicos de algum tipo de doença além de ser o período em que alguns testes médicos devem ser realizados.
Um bom abrigo para gatos deve ser provido de uma área para conter os animais sadios, uma área para animais em quarentena e ainda uma área para se isolar os animais doentes. Em criatórios destinados a reprodução é ideal que sejam mantidas salas separadas para as gatas prenhes e em amamentação, e para os gatinhos desmamados.
Devemos lembrar que a base para se desenvolver uma boa criação está relacionada a uma higiene sanitária apropriada, a uma boa ventilação do local e a boas condições ambientais, ou seja, evitar a superpopulação dos criatórios.
MAIS ...
A vacinação, ou também chamada imunoprofilaxia, de cães e gatos é diferente da que ocorre na espécie humana, quando é necessária, na maioria das vezes, apenas a vacinação na infância.
Os pets requerem vacinação ao longo de toda a sua vida, e o melhor protocolo de vacinação será ditado pelo seu veterinário de confiança! Porém, seguem abaixo algumas curiosidades, dicas e os principais protocolos.
Você sabia?
> As vacinas precisam ser conservadas em geladeira com controle rígido de temperatura
> Vacina ética é aquela comercializada apenas por veterinários que vão avaliar o animal para constatar se ele realmente está apto para ser vacinado.
> Existem três principais tipos de vacinas comercializadas no mercado brasileiro:
- Morta/inativada: o microrganismo não é capaz de se multiplicar no organismo vacinado, o que garante a grande segurança da vacina. Contudo ocorre uma perda da imunogenicidade, ou seja, ela estimula mais fracamente a resposta imune. Exemplos: Leptospirose e Raiva;
- Viva atenuada: o microorganismo é capaz de se multiplicar no organismo vacinado, porém de forma reduzida. A imunogenicidade é ótima. Exemplos: Rinotraqueíte Viral Felina, Parvovirose Canina, Cinomose, etc.
- Recombinante: a forma mais moderna de vacinação; confere uma imunização específica e com menor possibilidade de reações adversas. Não apresenta risco de reversão de virulência em animais imunossuprimidos e é ideal para filhotes. Ex: Cinomose (Merial).
> Existem fatores que afetam o resultado da vacinação:
- genética do animal,
- competência do sistema imunológico,
- idade (interferência dos anticorpos maternos),
- estado nutricional,
- vacina utilizada (qualidade, tipo, armazenamento, via de aplicação,…),
- presença de doenças concomitantes no ato da vacinação (verminoses, ectoparasitoses…),
- fatores ambientais (calor, frio, umidade, superlotação, transporte, desmame, stress…).
> É incomum, mas podem ocorrer reações adversas pós-vacinais:
- dor e inchaço no local da injeção,
- reação retardada: mal-estar leve e temporário e diminuição do apetite,
- reversão da virulência do microorganismo em vacinas vivas-atenuadas,
- hipersensibilidade imediata a antígenos vacinais ou outros componentes,
- choque anafilático.
> Existem vacinas essenciais e não-essenciais.
Gatos :
Parvovírus (panleucopenia),
Herpesvírus-1
e Calicivírus.
No caso de felinos, as não essenciais são: Vírus da Leucemia Felina (FeLV), Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV), Chlamydophila felis (antigamente conhecida como Chlamydia psittaci), Microsporum canis e B. bronchiseptica.
Dicas
> Vacinar não é apenas aplicar uma injeção! É necessário que o animal esteja em condições clínicas de recebê-la, e SOMENTE um médico veterinário é capaz de definir o tipo de vacina, a via de aplicação, a idade inicial e a melhor freqüência dos reforços.
> Para garantir uma melhor eficácia da resposta imune à vacina é necessário que seu pet tenha sido desverminado antes. Em linhas gerais, dá-se a primeira dose do vermífugo (conforme recomendação do veterinário responsável), depois de 15 dias faz-se a segunda administração e só 10 dias depois, o animal estará apto à vacinação. Além disso, é essencial que o animal esteja sem pulgas e carrapatos!
> Seu pet está sem ou com excesso de apetite, com diarréia, vômito, apatia, ou com qualquer sinal que sugira que ele está doente? NÃO o vacine!! Procure um médico veterinário, que melhor avaliará o caso.
> Mantenha a vacinação em dia, algumas doenças que a vacinação protege podem ser transmitidas para o ser humano, como a leptospirose e raiva.
Protocolos de Vacinação Básica :
– Gatos:
- 1ª dose: Quádrupla (após a 8ª semana de idade)
- 2ª dose: Quádrupla (3 semanas após a 1ª dose)
- 3ª dose: Anti-rábica (após o 4º mês de idade, preferivelmente)
A revacinação deve ser anual com uma dose de cada uma delas: quádrupla e anti-rábica. É importante que as datas não sejam alteradas para uma melhor eficiência da vacina e maior segurança para o filhote, assim como para o adulto.
A vacinação contra a leucemia felina (quíntupla felina) só deve ser feita em gatos que tenham livre acesso à rua, desde que sejam FeLV negativos (necessário exame sorológico antes da primeira vacinação). Animais que ficam apenas dentro de casa ou apartamento, não têm necessidade de serem vacinados contra FeLV, somente para as demais afecções.
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