O PLANETA X... E Outras Histórias
PARTE 2.
"REENCARNAÇÃO E EMIGRAÇÃO PLANETÁRIA", de Dinkel Dias da Cunha, editora Cátedra
Página 177: "...0 que preocupa, realmente, é um grande corpo celeste, o astro intruso, ou o Planeta chupão a que se referiu Chico Xavier, e cuja presença já foi detectada pelo telescópio de raios infravermelhos colocado no satélite IRAS. Esse mesmo astro, também foi descoberto pelo astrônomo chileno Carlos Muniz Ferrado, e encaminha-se na direção do nosso Sistema Solar, devendo passar a 11 milhões de quilômetros da Terra, nas proximidades do ano 2000. Os astrônomos não conseguiram traçar a rota desse corpo celeste porque ele caminha diretamente na direção da Terra, vem de frente, não se desloca lateralmente. Quando ele aparecer no céu, brilhará como urna estrela de primeira grandeza. Aliás, Nostradamus afirmou que, na ocasião em que estiver próximo o fim do mundo, serão vistos dois sóis no firmamento."
"OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, 9a. edição da LAKE - Livraria Allan Kardec Editora Ltda.
Página 165: " ... Milhares de condenados já estão sentindo, na crosta e nos espaços, a atração terrível, o fascínio desse abismo que se aproxima (o astro), e suas almas já se tomam inquietas e aflitas. Por toda parte do mundo a paz, a serenidade, a confiança, a segurança, desapareceram, substituídos pela angústia, pelo temor, pelo ódio e haverá dias, muito próximos, em que verdadeiro pânico tomará conta das multidões, como epidemias contagiantes e velozes."
"0 DÉCIMO SEGUNDO PLANETA", Zecharia Sitchin, 1976, tradução de Ana Paula Cunha, edição de PUBLICAÇÕES EUROPA-AMÉRICA
Seu estudo baseou-se em achados arqueológicos e na decifração de textos sumérios, babilônios, assírios, hititas, cananitas etc. É importante notar, que os textos sumérios, de 6.000 anos atrás, já apresentavam, além de muitas outras fantásticas informações, nosso sistema solar com os nove planetas hoje conhecidos (nossa moderna astronomia só descobriu Plutão em 1930), mais Lua, Sol e o décimo segundo astro, Marduk.
Marduk, segundo os textos sumérios, decifrados por Z. Sitchin, percorre uma órbita em torno do Sol, passando entre Marte e Júpiter, além do cinturão de asteróides, afastando-se numa imensa elíptica que dura milhares de anos. Pelos documentos consultados, Z. Sitchin conclui que esse astro percorre sua órbita no sentido dos ponteiros do relógio -- o movimento de translação dos demais planetas tem o sentido contrário. Seria o Marduk dos sumérios o mesmo "abominável da desolação" de Jesus, a "abominação desoladora" do profeta Daniel, "a grande estrela ardente como um facho, chamada Absíntio" do Apocalipse de João, "a grande estrela", "o grande rei do terror" ou "o novo corpo celeste" de Nostradamus, o "astro intruso" ou "planeta higienizador" de Raniatis, o "planeta chupão" citado por Chico Xavier ou o "planeta X" procurado por atuais astrônomos?
É muito grande a possibilidade de todas essas denominações referirem-se ao mesmo instrumento que não deixará na Terra pedra sobre pedra, marcando profundamente, para os povos futuros, os graves momentos da grande separação entre justos e injustos, que já começamos a vivenciar. Segundo, ainda, os textos sumérios, na interpretação do autor de "0 Décimo Segundo Planeta", foi Marduk o responsável pelo dilúvio bíblico, Cerca de 13.000 anos atrás, numa de suas passagens próximo da Terra. 13.000 anos é também o tempo que nos separa, segundo nossa ciência oficial, da repentina interrupção da idade do gelo vivida então pela Terra. Diante de fontes tão distintas demonstrando fatos tão coincidentes, temos mesmo que reflexionar sobre a iminente possibilidade da existência desse planeta "depurador".
Ramatis é um Espírito que viveu quando encarnado na Indochina, no século X, foi instrutor em um dos vários santuários iniciáticos da Índia. Mais tarde, no espaço, filiou -se a um grupo de trabalhadores espirituais conhecida como "Templários das Cadeias do Amor". Em nossa página, sua obra é considerada Espírita, pois entendemos que o Espiritismo é escravo das realidades espirituais, sejam quais forem as origens das informações. Ramatis apresenta essas verdades em grande profusão em suas obras acerca dos "Tempos Chegados".
MENSAGENS DO ASTRAL
O EVANGELHO À LUZ DO COSMO
Mensagens do Astral - Livraria Freitas Bastos, psicografada por Hercílio Maes, 11ª Edição - 1ª Edição: 20/10/1956
Cap I - Os Tempos São Chegados: Posso dizer-vos que já estais vivendo essa época(Os Tempos Chegados), anunciada pelas profecias milenares, por João Evangelista, no Apocalipse, e, principalmente, por Jesus, na síntese simbólica que nos legou em seu Evangelho. No entanto, sinais insólitos, que aparecem nos céus ou na Terra, não representam milagres ou perturbação das leis imutáveis do Criador, mas eventos científicos ou estranhos ao orbe (NOTA DO MÉDIUM: Disco voadores, foguetes teleguiados, espaçonaves, etc.), sem derrogarem os princípios divinos, na época denominada "fim dos tempos"(...)
(...) Como corolários às suas exortações, para que melhor pudéssemos notar um sinal geral em todo o globo, nas proximidades desses tempos trágicos, (Jesus) aduziu : "E será pregado este Evangelho do Reino por todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então chegará o fim". Indubitavelmente, nunca se registrou em vosso mundo tanta febre de evangelização como agora (...) O Biblismo - até por aqueles que faziam restrições às leitura da Bíblia por parte do povo - é um fenômeno psicológico na vossa época, e revela perfeitamente que o Evangelho está sendo pregado em todo o mundo e a todas as gentes, como profetizou o Meigo Nazareno(...).
(...)Todos os que se sentem tocados pelo "pressentimento" de que estão no limiar dos "grandes acontecimentos" deixam-se tomar por estranho misticismo e ansiedade de "salvação" do próximo!(...).
Cap II - O Juízo Final: Duvidar das profecias consagradas nas tradições bíblicas seria atribuir a Jesus o título de embusteiro, pois ele ratificou as predições dos profetas e sempre as acatou e repetiu. João Evangelista, na ilha de Patmos, aos 96 anos de idade(...), ouvindo a voz que vinha da esfera do Cristo, registrou suas impressões e descreveu a "Besta do Apocalipse".(...) Ainda mais: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Marcos e João Evangelista anotaram, com ricos detalhes, os eventos em questão. Mais tarde, ainda outros trouxeram novo cabedal e esforço para que a alma terrícola, descrente, se compenetrasse(...). Podeis destacar, entre eles, o monge Malaquias, Santa Odila, O Cura D'Ars, Catarina de Emmerik, o campônio Maximino, o profeta de Maiença, frau Silbiger, Paracelsus, Mãe Shipton, bem assim lembrar-vos das profecias cientificamente comprováveis pelas medidas padronais do Egito. Mas é ainda Nostradamus, o famoso vidente e ocultista do século dezesseis, que oferece matéria mais aproximada dos eventos dos vossos próximos dias.(...)
Cap VI - O Simbolismo do "Apocalipse": (...)Indubitavelmente, Jesus essa época (o século XX) de "choro e ranger de dentes" exatamente para o fim deste século, visto que os sinais proféticos já se notabilizam no vosso mundo conturbado. É por isso que a voz popular afirma que "o mundo a mil anos chegará, mas de dois mil anos não passará". (...)
(...) Os acidentes materiais, catastróficos, que ali se disfarçam sob o envoltório da alegoria, serão eventos implacáveis. João previu o que realmente já se acha estabelecido como detalhes do "Grande Plano Sideral". (...)
(...) O Apocalipse narra que, quando o anjo abriu o sétimo selo, "fez-se um silêncio de quase meia hora". Em verdade, alude ao trabalho sil;encioso, no mundo interior do "Éter Cósmico", que durou quase cinqüenta anos, ou seja, quase metade do vosso século atual(...)
Cap X- O astro intruso e sua influência sobre a Terra: (...)Denominamo-lo de astro intruso porque não faz parte do vosso sistema solar, e realmente se intromete no movimento da Terra, com sua influência, ao completar o ciclo de 6.666 anos. Em virtude do seu magnetismo primitivo, denso e agressivo, ele se assemelha a um poderoso imã planetário, absorvendo da atmosfera do vosso globo a energias deletérias(...)
(...) Essas entidades atraídas (após a desencarnação) para o astro intruso serão os egoístas, os malvados, os hipócritas, os cruéis, os desonestos, os orgulhosos, tiranos, déspotas e avaros; estarão incluídos entre eles os que exploram, tiranizam e lançam corrupção(...), pois o habitantes desse orbe (onde irão os degredados) encontra-se na fase rudimentar do homem das cavernas, mal consegue amarrar pedras com cipó, para fazer machados! A Terra será promovida à função de Escola do Mentalismo e os desregrados, ou os esquerdistas do Cristo, terão que abandoná-la, por lei natural de evolução.(...)
(...) O homem terrestre subestimou demais o régio presente da transfusão de Luz e Amor do Cristo às trevas humanas, rejeitando a maravilhosa profilaxia que limpa todos os pecados e afasta as paixões desregradas; inegavelmente, candidatou-se à terapêutica do magnetismo cruciante do planeta higienizador(...)
Cap XI- Os que emigrarão para o planeta inferior: (...)Segundo prevê a Psicologia Sideral, deverá atingir a dois terços da vossa humanidade o total dos espíritos a serem transferidos para o astro de que temos tratado.(...)
(...) Ante a verticalização lenta (do eixo de rotação da Terra), mas insidiosa e que já se manifesta na esfera interior, faz-se perfeita conexão entre a degradação humana e a comoção terráquea; orbe e morador sentem-se sob invisível expurgação psicofísica! Até o final deste século, libertar-se-ão da matéria dois terços da humanidade, através de comoções sísmicas, inundações, maremotos, furacões, terremotos, catástrofes, hecatombes, guerras e epidemias estranhas. O conflito entre o continente asiático e o europeu, já mentalmente delineado entre os homens para a segunda metade do século, com cogitação do emprego de raios incendiários e da arma atômica, comprovará a profecia de São João, quando vos adverte de que o mundo será destruído pelo fogo e não pela água.(...)
Cap XII- A verticalização do eixo da Terra: (...)É mister, portanto, que se louve e se reconheça o trabalho desses profetas "anticientíficos" do passado que, em todas as raças e tempos , previram que a mais perigosa saturação de gelo nos pólos e a possível verticalização da Terra - seja em virtude de escorregamento da carga refrigerada, seja devido ao aquecimento normal- dar-se-á exatamente no fim do vosso século!(...)
(...)Entretanto, em virtude de sua passagem (o astro intruso) junto à Terra, as camadas refrigeradas, dos pólos, terão de deslocar-se , tangidas pela ação interna dos primeiros impactos magnéticos do astro intruso.(...)
Cap XIII- A higienização da Terra, suas futuras riquezas e suas novas condições de vida: (...)O degelo já começou, vós é que não tendes notado(NOTA : ESTE AVISO FOI DADO POR RAMATIS EM 1956!).(...)
(...)E depois que a luz do Cristo se refletiu no vosso mundo sombrio, não vislumbramos graves problemas para conseguirdes a vossa proteção espiritual, porquanto tendes uma defesa eficiente e indiscutível, para isso, na libertação do vosso espírito das ilusões do mundo material.(...)o meio de o conseguirdes é o Evangelho!(...)
Cap XIV- O terceiro milênio e a nova humanidade: (...)O Evangelho do Cristo será o Código protetor de tal civilização, como garantia moral e social; a lei da reencarnação constituirá postulado principal a ser tido em vista por todos os direitistas (os que passarão à direita do Cristo), em relação aos interesses humanos, motivo pelo qual se enfraquecerá esse demasiado apego do homem atual aos valores materiais.(...)
O Evangelho À Luz do Cosmo - Livraria Freitas Bastos, psicografada por Hercílio Maes, 5ª Edição - 1ª Edição: 1974
Cap XVI - O joio o trigo: (...) Até o fim do século atual, período em que se processa o profético "Juízo Final", e época dos "Tempos Chegados", provavelmente devem ser convocados à reencarnação mais de 5 bilhões de espíritos da erraticidade, para aí no mundo físico darem testemunho da evolução espiritual.(...)
PATRICK DROUOT
O livro NOS SOMOS TODOS IMORTAIS, escrito pelo físico francês Patrick Drouot, considerado o maior especialista do planeta em REGRESSÃO A VIDAS PASSADAS, este livro mostra como a ciência associada aos conhecimentos místico-espiritualistas pode ajudar a decifrar um dos maiores mistérios da humanidade: A REENCARNAÇÃO. NOS SOMOS TODOS IMORTAIS é o fruto de mais de 15 anos de pesquisas no Oriente e Ocidente com cientistas das mais distintas áreas, sábios que revelaram suas visões místicas ao autor. 0 resultado é uma obra completa, que apresenta aos leitores os caminhos, para se compreender a mecânica transcendental que dirige os destinos humanos no COSMO.
Nos Somos Imortais - Editora Nova Era, Autor : Patrick Drouot, 4ª Edição: 1996 - 1ª Edição: 1988
Capítulo VIII - Vidas Passadas, Vidas Futuras e Busca do Graal, Página 313: (...) Quando de nosso encontro, a Dra. Wambach me revelou igualmente que, durante seus três últimos anos de pesquisas, de 1981 a 1984, tinha começado a inclinar-se sobre uma pesquisa a respeito do futuro. "Quando eu era uma jovem psicoterapeuta", explicava ela, "investi no presente. Cansei-me bem depressa. Então pesquisei no passado. Mas ao cabo de um certo tempo, também me saturei. Foi assim que comecei a trabalhar nas progressões no futuro.
Em alguns anos, ela "progrediu" 2.730 pessoas no futuro do planeta, e o resultado desses trabalhos deveria também ser publicado proximamente. Na época, ela me confessou que depois da publicação desses trabalhos sua missão na Terra teria terminado. Na despedida, ela se referiu a Edgar Cayce, um dos maiores médiuns americanos deste século. Em seu cotidiano, era um homem muito simples, de educação média. No entanto, assim que se deslocava de si mesmo para um estado alterado de consciência, era capaz de dar uma grande quantidade de informações sobre o estado de saúde de uma pessoa, seu passado e, eventualmente, seu futuro. Por isso, foi chamado de "profeta adormecido". Ele deu numerosas informações sobre o passado do planeta, sobre a origem e o destino do homem, sobre a Atlântida e sobre o futuro da Terra. Quando morreu, em janeiro de 1945, na Virgínia, tinha produzido mais de 14.000 documentos de clarividência para mais de 6.000 pessoas. Esses documentos foram chamados de "Leituras psíquicas".
Helen Wambach disse a si mesma: "Por que não fazer perguntas sobre o futuro a milhares de Edgar Cayce, a milhares de profetas adormecidos, mergulhados num estado próximo daquele em que se colocava espontaneamente Edgar Cayce?" (...)
(...) Ela começou seu trabalho num grupo de mil pessoas aproximadamente, não somente na Califórnia, onde as pessoas são muito abertas para as pesquisas de vanguarda, mas também em outras regiões dos Estados Unidos, mais conservadoras, como as regiões centrais de Indiana ou de Ohio, que equivalem à nossa Creuse ou à nossa Corrèze. Tentava assim reduzir tanto quanto possível as diferenças culturais. Por outro lado, ela pediu a psicólogos, em outras partes do mundo, que trabalhassem sobre o mesmo assunto, a fim de comparar os resultados. Que eu saiba, isso não foi feito na França.
Uma das primeiras constantes que ela revelou foi o desenvolvimento das viagens no espaço. Ela obteve igualmente relatos sobre seres vindos de outros planetas. Projetados para o ano 2300 d.C., alguns pacientes relataram vidas em corpos estranhos, no coração de um outro sistema solar. Ela encontrou inúmeras resistências nos pacientes dessas vidas futuras, mas nunca compreendeu as razões disso. Muitos pacientes se contentam em flutuar, recebendo imagens nebulosas. Ela não entendeu se eles evitavam a projeção ou se não tinham realmente corpo físico constituído. Perguntou-se se tudo aquilo não era devido a um medo inconsciente, em nossa sociedade perturbada, de um eventual destroçamento, de um apocalipse tal qual veiculado por nossa cultura.
Nessa oportunidade, perguntei a Helen Wambach se ela aceitaria projetar-me no futuro. Ela aceitou. Vivi então uma das experiências mais estranhas que me foi dado vivenciar. A tal ponto, que às vezes meu cérebro esquerdo se rebelava enquanto imagens e visões afluíam, ditadas por meu cérebro direito. Nessa época eu já tinha vivido numerosas experiências no passado e fiquei espantado ao constatar que o modo como o futuro se revelou era em certos momentos muito mais forte, mais vivaz que tudo que eu tinha "visto" antes. Assim, projetei-me para o final do século XXI: A terra me pareceu bem diferente do que é hoje. Descrevi luzes no céu, como naves, e pessoas utilizando feixes de energia para trabalhar em outros indivíduos... Vi uma civilização dispersa, chegando a me perguntar se era a fantasia mais aberrante ou se se tratava mesmo da Terra.
Hoje as perguntas ainda permanecem postas. Vai acontecer alguma coisa nos próximos quinze anos? É evidente que a trama temporal do futuro é movediça, e que não há destino, mas somente potenciais. Os índios Hopis dizem que o aviso final, anunciando as grandes mudanças, sobrevirá antes da emergência do 5º mundo, quando a kachina Sasquasohuh (a estrela azul) dançar na praça da aldeia. Sasquasohuh representa uma estrela azul muito longínqua, ainda não visível, que aparecerá em breve. As kachinas dos Hopis representam as forças invisíveis da vida. Esses índios dizem que o aparecimento de Sasquasohuh será real, e não simbólico. 0 tempo das mudanças é anunciado por um som cantado durante Wuwuchim, a primeira cerimônia no ciclo cerimonial hopi. Esse canto foi entoado em 1914, exatamente antes da Primeira Guerra Mundial, depois em 1940, pouco tempo depois que a segunda começou. Os Hopís acreditam que as plantas dos mundos antigos vão reemergir e serão os primeiros sinais precursores das mudanças que se seguirão.
A Gênese é a quinta obra da Codificação Espírita, e visa apresentar a visão espírita dos principais aspectos científicos atinentes à humanidade. Tratando de fenômenos variados da matéria, vai além dos limitados conhecimentos humanos, trazendo luz a questões que até hoje incomodam o homem.
Editora Federação Espírita Brasileira, Tradução de Guillon Ribeiro da 5ª Edição Francesa, 33ª edição brasileira.
Cap XVII - Sinais Precursores - Item 61 - Allan Kardec
Cap XVIII - Sinais dos Tempos - Item 8 - Arago
Cap XVIII - Sinais dos Tempos -Item 9 - Doutor Barry
Cap XVIII - Sinais dos Tempos - Item 10 - Allan Kardec
Cap XVIII - Sinais dos Tempos - Item 34 - Allan Kardec
Cap XVII - Sinais Precursores: Item 61 - Como vimos (cap I, nº 32), coincidindo com outras circunstâncias, o advento do Espiritismo realiza uma das mais importantes predições de Jesus, pela influência que ele forçosamente tem de exercer sobre as idéias. Ele se encontra, além disso, anunciado, em os Atos dos Apóstolos : "Nos últimos tempos, diz o Senhor, derramarei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão."
É a predição inequívoca da vulgarização da mediunidade, que presentemente se revela em indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todas as condições; a predição, por conseguinte, da manifestação universal dos Espíritos, pois que sem os Espíritos não haveria médiuns. Isso, conforme já foi dito, acontecerá nos últimos tempos; ora, visto que não chegamos ao fim do mundo mas, ao contrário, à época da sua regeneração, devemos entender aquelas palavras como iniciativas dos últimos tempos do mundo moral que chega a seu termo (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap XXI).
Cap XVIII - Sinais dos Tempos: Item 8 - (...)"Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão dos dias e das noites, das estações, etc., experimenta revoluções que demandam milhares de séculos para sua realização completa, porém que, como as revoluções mais breves, passam por todos os períodos, desde o de nascimentos até o de um máximo de efeito, após o qual há decrescimento, até o limite extremo, para recomeçar em seguida o percurso das mesmas fases."
"O homem apenas apreende as fases de duração relativamente curta e cuja periodicidade ele pode comprovar. Algumas, no entanto, há que abrangem longas gerações de seres e, até, sucessões de raças(...).Esses períodos que, pela sua extensão relativa, confundem a imaginação dos humanos, não são, contudo, mais do que instantes na duração eterna.
"(...)digo que os sistemas planetários reagem uns com os outros, na razão da proximidade ou do afastamento resultantes do movimento de translação deles, através das miríades de sistemas que compõem nossa nebulosa. Vou ainda mais longe: digo que a nossa nebulosa, que é um arquipélago na imensidade, tendo também seu movimento de translação através das miríades de nebulosas, sofre a influência das de que ela se aproxima "De sorte que as nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas reagem sobre os sistemas, como os planetas reagem sobre os planetas, como os elementos de cada planeta reagem uns sobre os outros e assim sucessivamente até ao átomo. Daí em cada mundo, revoluções locais ou gerais, que só não parecem perturbações porque a brevidade da vida não permite se lhes percebam mais do que os efeitos parciais."
"A matéria orgânica não poderia escapar a essas influências : As perturbações que elas sofrem podem, pois, alterar o estado físico dos seres vivos e determinar algumas dessas enfermidades que atacam de modo geral as plantas, os animais e os homens, enfermidades que, como todos os flagelos, são, para a inteligência humana, um estimulante que a impele, por força da necessidade, a procurar meio de os combater e a descobrir leis da natureza."
"Mas a matéria orgânica, em seu turno, reage sobre o espírito. Este, pelo seu contato e sua ligação íntima com os elementos materiais, também sofre influência que lhe modificam as disposições, sem, no entanto, privá-lo do livre arbítrio, que lhe sobreexcitam ou atenuam a atividade e que pois contribuem para o seu desenvolvimento.(...) Essa efervescência, inconsciente, a princípio, não passando de vago desejo, de aspiração indefinida por alguma coisa melhor, de certa necessidade de mudança traduz-se por uma surda agitação, depois por atos que levam à agitações sociais, que, acreditai-o, também tem sua periodicidade, como as revoluções físicas, pois que tudo se encadeia(...)."
"Quando se vos diz que humanidade chegou a um período de transformação que a Terra tem que se elevar na hierarquia dos mundos, nada de místico vejais nessas palavras; vede, ao contrário, a execução de uma das grandes leis fatais do universo, contra as quais se quebra toda a má vontade humana"
DOUTOR BARRY
Cap XVIII - Sinais dos Tempos: Item 10- (...)Anunciando a época de renovação que se havia de abrir para a humanidade e determinar o fim do velho mundo, a Jesus, pois, foi lícito dizer que ela se assinalaria por fenômenos extraordinários, tremores de terra,flagelos diversos, sinais do céu, que mais não são do que meteoros, sem ab-rogação das leis naturais. O vulgo, porém, ignorante, viu nessas palavras a predição de fatos miraculosos.(...)
ALLAN KARDEC
Cap XVIII - Sinais dos Tempos: Item 34- Opera-se presentemente um desses movimentos gerais a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, visto que elas apressarão a eclosão dos novos germens(...)
Planetas Hipotéticos
por Paul Schlyter (pausch@saaf.se)
Existem diversos objetos que os astrônomos supunham existir, mas que posteriormente 'desapareceram'. Eis as suas histórias:
Vulcano, o planeta intra-Mercúrio, 1860-1916, 1971
Durante o século XIX, os astrônomos estavam intrigados com desvios inexplicados no movimento de Mercúrio. O matemático francês Urbain Jean Joseph Le Verrier, que (com John Couch Adams) conseguiu predizer a posição de Netuno baseado nos desvios do movimento de Urano, acreditava que estariam em ação forças semelhantes. Durante uma apresentação em 2 de Janeiro de 1860, ele anunciou que a solução para os desvios de Mercúrio poderia ser explicada assumindo a existência de um planeta intra-Mercúrio, ou possivelmente um segundo cinturão de asteróides, dentro da órbita de Mercúrio.
O único método possível para observar corpos intra-Mercúrio era quando eles passavam à frente do Sol ou durante um eclipse solar total. O Professor Wolf no centro de dados das manchas solares de Zurique encontrou diversos "pontos" suspeitos no Sol, e um segundo astrônomo encontrou mais alguns. Um total de duas dúzias de pontos pareciam corresponder ao padrão de duas órbitas intra-Mercúrio com períodos de 26 e 38 dias.
Em 1859, Le Verrier recebeu uma carta do astrônomo amador Lescarbault, que dizia ter encontrado uma mancha preta redonda no Sol em 26 de Março de 1859. Lescrabault pensava que o objeto era um planeta que passava à frente do Sol. Tinha visto a mancha durante cerca de 75 minutos, durante o qual se moveu um quarto do diâmetro do Sol. Lescarbault estimou que o objeto teria uma inclinação orbital entre 5.3° e 7.3°, uma distância longitudinal de cerca de 183°, uma "enorme" excentricidade e um tempo de trânsito pelo disco solar de 4 horas, 30 minutos. Le Verrier investigou esta observação, e calculou a seguinte órbita:
um período de 19 dias, 7 horas;
uma distância média ao Sol de 0.1427 UA;
uma inclinação de 12° 10'; e,
um ascendente a 12° 59'.
O diâmetro era consideravelmente mais pequeno do que o de Mercúrio e a sua massa era estimada em 1/17 da massa de Mercúrio. Era pequeno demais para ser considerado nos desvios da órbita de Mercúrio. No entanto, Le Verrier teorizou que este poderia ser o maior corpo de um cinturão de asteróides intra-Mercúrio. Deu-lhe o nome de Vulcano.
Em 1860, ocorreu um eclipse total do Sol. Le Verrier mobilizou astrônomos por todo o mundo para encontrar Vulcano. Ninguém o conseguiu. As "manchas solares" suspeitas de Wolf reavivaram agora o interesse de Le Verrier, e publicaram-se "evidências" adicionais pouco antes da morte de Le Verrier em 1877. Em 4 de Abril de 1875, o astrônomo alemão H. Weber viu uma mancha redonda no Sol. A órbita de Le Verrier indicava um possível trânsito em 3 de Abril desse ano. Wolf reparou que a sua órbita de 38 dias também poderia ter provocado um trânsito por volta dessa altura. Essa "mancha redonda" também foi fotografada por astrônomos em Greenwich e Madrid.
Houve mais alguma agitação após o eclipse total solar de 29 de Julho de 1878. Dois observadores afirmaram terem visto discos pequenos e iluminados na vizinhança do Sol, objetos que só podiam ser pequenos planetas dentro da órbita de Mercúrio. J.C Watson, professor de astronomia na Universidade de Michigan, acreditou que tinha encontrado dois planetas intra-Mercúrio. Lewis Swift (um dos que descobriu o cometa Swift-Tuttle, que voltou em 1992), também viu uma 'estrela' que pensou ser Vulcano. No entanto, estava numa posição diferente de qualquer dos dois 'intra-Mercúrio' de Watson. Nem as observações de Watson nem as de Swift coincidiam com o 'Vulcano' de Le Verrier ou de Lescarbault.
Ninguém tornou a ver Vulcano, apesar de diversas pesquisas efetuadas em diversos eclipses solares. Em 1916, Albert Einstein publicou a sua Teoria Geral da Relatividade, que explicou os desvios no movimento de Mercúrio sem necessidade de invocar um planeta intra-Mercúrio desconhecido. Em Maio de 1929, Erwin Freundlich fotografou o eclipse total do Sol em Sumatra; as fotos mostravam uma profusão de imagens de estrelas. Outras fotos para comparação foram obtidas seis meses mais tarde. Não foram encontrados perto do Sol quaisquer novos objetos mais brilhantes do que a magnitude 9.
Mas o que é que estas pessoas na verdade vêm? Lescarbault não tinha qualquer razão para mentir, e até mesmo Le Verrier acreditava nele. É possível que Lescarbault tenha visto um pequeno asteróide que passava muito perto da Terra, logo abaixo da sua órbita. Asteróides como esse eram desconhecidos nessa altura, por isso Lescarbault pensava ter visto um planeta intra-Mercúrio. Swift e Watson podiam, na pressa de obter informações durante a fase total do eclipse, ter confundido algumas estrelas com Vulcano.
"Vulcano" foi brevemente reavivado por volta de 1970-1971, quando alguns pesquisadores pensaram ter detectado alguns objetos fracos perto do Sol durante um eclipse solar total. Estes objetos podem ter sido cometas de brilho fraco. Foram observados cometas a passarem muito perto do Sol e eventualmente a colidirem com ele.
A Lua de Mercúrio, 1974
Dois dias antes de 29 de Março de 1974, no vôo da Mariner 10 por Mercúrio, um instrumento começou a registar emissões brilhantes, no ultravioleta (UV) extremo, que não "deviam estar ali". No dia seguinte, as emissões tinham desaparecido. Três dias mais tarde, elas reapareceram, aparentemente emanando de um "objeto" que parecia ter-se separado de Mercúrio. Os astrônomos primeiro pensaram ter visto uma estrela. Mas eles viram as emissões em duas direções bastante diferentes, e qualquer astrônomo sabe que estes comprimentos de onda do UV extremo não podiam penetrar até muito longe através do meio interestrelar. Isto sugere que o objeto deve estar relativamente próximo. Terá Mercúrio uma lua?
Depois de uma Sexta-Feira héctica, durante a qual se calculou que o "objeto" se movia a 4 quilômetros (2.4 milhas) por segundo, uma velocidade consistente com a de uma lua, os chefes do Laboratório de Propulsão a Jacto (Jet Propulsion Laboratory - JPL) foram chamados. Eles dedicaram totalmente a ocupação da sonda moribunda para a equipa do UV, e todos se começaram a preocupar com uma conferência de imprensa que estava programada para mais tarde nesse Sábado. Deveria a lua suspeita ser anunciada? Mas a imprensa já a conhecia. Alguns jornais -- os maiores e mais respeitáveis -- contavam a história corretamente, enquanto outros inventavam histórias excitantes sobre a nova lua de Mercúrio.
E a "lua"? Afastou-se de Mercúrio e foi eventualmente identificada como uma estrela quente, 31 Crateris. As origens das emissões originais mantêm-se num mistério. Assim terminou a história da lua de Mercúrio. Ao mesmo tempo, iniciou um novo capítulo em astronomia: o UV extremo mostrou que não era tão completamente absorvido pelo meio interestrelar como primeiro se acreditava. A nebulosa Gum mostrou-se ser uma emissora em UV extremo, e emite por 140° do céu nocturno a 540 angstroms. Os astrônomos tinham descoberto uma nova janela pela qual podiam observar os céus.
Neith, a Lua de Vênus, 1672-1892
Em 1672, Giovanni Domenico Cassini, um dos astrônomos proeminentes daquela época, reparou na existência de uma pequena companheira próxima de Vênus. Teria Vênus um satélite? Cassini decidiu não anunciar esta observação, mas quando a viu de novo 14 anos depois, incluiu a observação no seu jornal. Estimou que o objeto teria cerca de um quarto do diâmetro de Vênus, e mostrava a mesma fase de Vênus.
O objeto foi visto mais tarde por outros astrônomos: James Short em 1740, Andreas Mayer em 1759, e Joseph Louis Lagrange em 1761. (Lagrange anunciou que o plano orbital do satélite era perpendicular à elíptica.) Durante 1761, o objecto foi visto num total de 18 vezes por cinco observadores. As observações de Scheuten em 6 de Junho de 1761 eram especialmente interessantes. Ele viu Vênus em trânsito pelo disco solar, acompanhado por um ponto escuro mais pequeno num lado que acompanhava Vênus no seu trânsito. No entanto, Samuel Dunn em Chelsea, Inglaterra, que também observou o trânsito, não viu o ponto adicional. Em 1764, havia 8 observações por 2 observadores. Outros observadores não conseguiram encontrar o satélite.
Nesta altura, o mundo astronômico enfrentava uma controvérsia. Diversos observadores tinham relatado a vista do satélite enquanto diversos outros não o tinham encontrado apesar de esforços determinados. Em 1766, o diretor do observatório de Viena, Father Hell, publicou um tratado em que declarava que todas as observações do satélite eram ilusões de óptica. Ele acreditava que a imagem de Vênus era tão brilhante que era refletida pelo olho de volta para o telescópio, criando uma imagem secundária numa escala mais pequena. Outros publicaram tratados declarando que as observações eram reais. O alemão J. H. Lambert publicou elementos orbitais do satélite no Berliner Astronomischer Jarhbuch 1777:
distância média, 66.5 raios de Vénus;
período orbital, 11 dias, 3 horas; e,
inclinação em relação à elíptica, 64°.
Esperava-se que o satélite pudesse ser visto durante o trânsito de Vênus em frente do Sol em 1 de Junho de 1777. Em retrospectiva, é claro que Lambert fez um erro no cálculo destes elementos orbitais. A 66.5 raios de Vênus, a distância de Vênus é aproximadamente a mesma da distância da nossa Lua à Terra. Isto não corresponde ao período orbital de 11 dias, que é cerca de um terço do período orbital da nossa Lua. (A massa de Vênus é ligeiramente mais pequena do que a massa da Terra.)
Em 1768, Christian Horrebow fez mais uma observação do satélite de Copenhaga. Houve também três pesquisas, incluindo uma feita por um dos maiores astrônomos de todos os tempos, William Herschel. Todos falharam na tentativa de encontrar qualquer satélite. Muito mais tarde em toda esta jogada, o alemão F. Schorr tentou criar um novo caso em relação ao satélite num livro publicado em 1875.
Em 1884, M. Hozeau, antigo diretor do Observatório Real de Bruxelas, sugeriu uma hipótese diferente. Analisando observações disponíveis, Hozeau concluiu que a lua aparecia próximo de Vênus aproximadamente a cada 2.96 anos. Hozeau sugeriu que este era um outro planeta, com uma órbita de 283 dias à volta do Sol que o colocava em conjunção com Vênus a cada 1,080 dias. Hozeau deu ao planeta o nome de Neith, da deusa misteriosa de Sais, cujo véu nenhum mortal levantava.
Em 1887, três anos depois de Hozeau ter reavivado o interesse neste assunto, a Academia Belga de Ciências publicou um longo artigo num jornal no qual todas as observações registradas eram investigadas em detalhe. Diversas observações do satélite eram na verdade estrelas vistas na vizinhança de Vênus. As observações de Roedkier foram muito bem "verificadas" -- ele foi enganado, sucessivamente, por Chi Orionis, M Tauri, 71 Orionis e Nu Geminorum. James Short na verdade tinha visto uma estrela com um pouco menos de 8 graus de magnitude. Todas as observações de Le Verrier e Montaigne podiam ser explicadas num modo semelhante. Os cálculos orbitais de Lambert foram demolidos. A última observação, de Horrebow em 1768, podia ser atribuída a Theta Librae.
Depois deste jornal ter sido publicado, só foi registrada mais uma observação, por um homem que tinha feito anteriormente uma pesquisa do satélite de Vênus mas sem o conseguir encontrar. Em 13 de Agosto de 1892, Edward Emerson Barnard registrou um objeto de magnitude 7 perto de Vênus. Não existe qualquer estrela na posição registrada por Barnard, e a visão de Barnard era notoriamente excelente. Ainda não sabemos o que ele viu. Seria um asteróide que ainda não foi catalogado? Ou seria uma nova de curta duração que mais ninguém viu?
A Segunda Lua da Terra, 1846-presente
Em 1846, Frederic Petit, diretor do observatório de Toulouse, disse que tinha sido descoberta uma segunda lua da Terra. Foi visto por dois observadores, Lebon e Dassier, em Toulouse e por um terceiro, Lariviere, em Artenac, durante o início da manhã de 21 de Março de 1846. Petit descobriu que a órbita era elíptica, com:
um período de 2 horas, 44 minutos, 59 segundos;
um apogeu de 3,570 quilômetros (2,218 milhas); e,
um perigeu de apenas 11.4 quilômetros (7 milhas).
Le Verrier, que estava na audiência quando Petit fez o anúncio, murmurou que se deveria tomar em conta a resistência do ar, algo que nessa altura ninguém poderia fazer. Petit ficou obcecado com esta idéia de uma segunda lua, e 15 anos mais tarde anunciou que tinha feito cálculos sobre uma pequena lua da Terra que causava algumas peculiaridades na altura ainda não explicadas no movimento da nossa Lua principal. Os astrônomos numa forma geral ignoraram esta afirmação, e a idéia teria ficado esquecida se um jovem escritor francês, Júlio Verne, não tivesse lido um resumo. Na novela de Verne, Da Terra à Lua, Verne faz com que um pequeno objeto passe perto da cápsula espacial dos viajantes, provocando que ela viaje à volta da Lua em vez de se esmagar contra ela:
"É," disse Barbicane, "um simples meteorito mas muito grande, retido como sendo um satélite pela atração da Terra."
"Isso é possível," exclamou Michel Ardan, "a Terra ter duas luas?" "Sim, meu amigo, ela tem duas luas, apesar de se acreditar normalmente que tem apenas uma. Mas esta segunda lua é tão pequena e a sua velocidade é tão grande que os habitantes da Terra não a conseguem ver. Foi por notar alguns distúrbios que um astrônomo francês, Senhor Petit, pôde determinar a existência desta segunda Lua e calcular a sua órbita. De acordo com ele, uma volta completa à roda da Terra demora três horas e vinte minutos. . .
"Todos os astrônomos admitem a existência deste satélite?" perguntou Nicholl. "Não," respondeu Barbicane, "mas se, como nós, eles se tivessem encontrado com ela não poderiam continuar a duvidar. . . . Mas isto dá-nos um meio de calcularmos a nossa posição no espaço . . . a sua distância é conhecida e nós estávamos, assim, 7,480 quilômetros acima da superfície do globo quando a encontramos. "
Júlio Verne foi lido por milhões de pessoas, mas ninguém, até 1942, notou as discrepâncias no texto de Verne:
Um satélite 7,480 quilômetros (4,648 milhas) acima da superfície da Terra deveria ter um período de 4 horas e 48 minutos, e não 3 horas e 20 minutos.
Por ter sido vista da janela de que a Lua era invisível, quando ambas se aproximavam, deverá estar num movimento retrógrado, que deveria valer a pena indicar. Verne não o menciona. Em qualquer caso, a satélite estaria num eclipse e por isso invisível. O projétil só sai da sombra da Terra muito mais tarde.
Dr. R.S. Richardson do Observatório do Monte Wilson tentou, em 1952, fazer coincidir os números assumindo uma órbita excêntrica para esta lua: um perigeu de 5,010 quilômetros (3,113 milhas), um apogeu de 7,480 quilômetros (4,648 milhas), e uma excentricidade de 0.1784.
No entanto, Júlio Verne tornou a segunda lua de Petit conhecida em todo o mundo. Astrônomos amadores chegaram rapidamente à conclusão que esta era uma oportunidade para conseguirem a fama -- quem descobrisse esta segunda lua teria o seu nome inscrito nos anais de ciência. Nenhum grande observatório algumas vez verificou a questão da segunda lua da Terra, ou se o fizeram mantiveram silêncio. Amadores alemães perseguiram o que chamaram de Kleinchen ("bocadinho"). Evidentemente, nunca descobriram a Kleinchen.
William Henry Pickering dedicou a sua atenção à teoria deste assunto. Se o satélite orbitasse a 320 quilômetros (200 milhas) acima da superfície e o seu diâmetro fosse de 0.3 metros (1 pé), com o mesmo poder refletivo da Lua, deveria ser visível com um telescópio de 7.6 centímetros (3 polegadas). Um satélite de 3 metros (10 pés) seria um objeto visível a olho nu de magnitude 5. Por isso Pickering não procurou o objeto de Petit, mas dirigiu a pesquisa para uma lua secundária -- um satélite da nossa Lua. O resultado foi negativo e Pickering concluiu que qualquer satélite da nossa Lua deveria ter menos de 3 metros (10 pés).
Um artigo de Pickering sobre a possibilidade de uma segunda pequena Lua da Terra, "Um Satélite Meteorítico", apareceu na Astronomia Popular em 1922. Provocou uma nova pequena agitação entre os astrônomos amadores, porque continha um pedido virtual: "Um telescópio de 3-5 polegadas com uma ocular de pouca potência seria o melhor meio de o encontrar. É uma oportunidade para o amador." Mas, novamente todas as pesquisas resultaram infrutíferas.
A idéia original era que o campo gravitacional do segundo satélite deveria ser a explicação dos pequenos desvios no movimento da nossa Lua. Isto significava um objeto com vários quilômetros de diâmetro -- mas se uma segunda lua assim grande realmente existisse, teria sido vista pelos Babilônios. Mesmo sendo pequena demais para se ver o disco, a sua proximidade relativa faria que se movesse depressa e por isso se notasse, como o sabem os observadores atuais de satélites artificiais e até mesmo de aviões. Por outro lado, ninguém estava muito interessado em luazinhas pequenas demais para serem vistas.
Houve outras propostas para satélites naturais adicionais da Terra. Em 1898, o Dr. Georg Waltemath de Hamburgo disse ter descoberto não apenas uma segunda lua mas um sistema completo de pequeninas luas. Waltemath deu os elementos orbitais de uma dessas luas:
distância da Terra, 1.03 milhões de quilómetros (640,000 milhas);
diâmetro, 700 quilómetros (435 milhas);
período orbital, 119 dias; e
período sinódico, 177 dias.
"Algumas vezes," disse Waltemath, "brilha de noite como o Sol". Ele pensou que esta lua foi vista em Greenland em 24 de Outubro de 1881, pelo Tenente Greely, dez dias depois do pôr-do-Sol para o início do Inverno.
O interesse público aumentou quando Waltemath predisse que esta segunda lua iria passar em frente do Sol entre 2 e 4 de Fevereiro de 1898. Em 4 de Fevereiro, 12 pessoas, no posto de correios de Greifswald (Herr Postdirektor Ziegel, membro da sua família e empregados) observaram o Sol diretamente a olho nu, sem qualquer proteção. É fácil imaginar uma cena absurda: um civil prussiano impor o olhar ao apontar para o céu através da janela do seu escritório, enquanto lê a predição de Waltemath em voz alta a um grupo de subordinados respeitosos. Ao serem entrevistados, estas testemunhas falaram de um objeto escuro com um quinto do diâmetro aparente do Sol, e que demorou desde a 1:10 até às 2:10 na hora de Berlim para atravessar o disco solar. Depressa se provou ter sido um erro, porque durante essa mesma hora o Sol estava a ser escrutinado por dois astrônomos experientes, W. Winkler em Jena e Baron Ivo von Benko de Pola, Áustria. Ambos relataram que estavam no disco apenas umas pequenas manchas vulgares.
A falha desta e de outras previsões não desencorajaram Waltemath, que continuou a fazer previsões e a pedir a respectiva verificação. Astrônomos contemporâneos ficaram muito irritados por terem que responder vezes e mais vezes seguidas a perguntas do público, tais como, "Oh, a propósito, o que há sobre todas estas novas luas?". No entanto, compreenderam. Em 1918, o astrólogo Sepharial deu a esta lua o nome de Lilith. Ele considerou-a suficientemente negra para ser invisível a maior parte do tempo, sendo visível apenas próximo da oposição ou quando em trânsito pelo disco solar. Sepharial construiu um modelo de Lilith, baseado em diversas observações de Waltemath. Ele considerou que Lilith teria aproximadamente a mesma massa da Lua, aparentemente desconhecendo que tal satélite teria, mesmo sendo invisível, denunciado a sua existência ao perturbar o movimento da Terra. E mesmo atualmente, "a lua escura", Lilith, é usada por alguns astrólogos nos seus horóscopos.
De tempos a tempos, são reportadas por observadores outras "luas adicionais". A revista astronômica alemã "Die Sterne" informou que um astrônomo amador alemão chamado W. Spill tinha observado uma segunda lua a atravessar o disco da nossa primeira lua em 24 de Maio de 1926.
Por volta de 1950, quando os satélites artificiais começaram a ser discutidos fervorosamente, toda a gente esperava que eles fossem simplesmente os andares superiores queimados de foguetões de vários andares, sem transmissores rádio mas sendo seguidos por radares de Terra. Nestes casos, um grupo de satélites pequenos e próximos seria mais incômodo, refletindo sinais de radar destinados aos satélites artificiais. O método de pesquisa destes satélites naturais foi desenvolvido por Clyde Tombaugh: é calculado o movimento de um satélite a uma altitude de 5,000 quilômetros (3,100 milhas). Uma plataforma com uma câmara seria então construída para pesquisar o céu precisamente nessa zona. Estrelas, planetas e outros objetos celestes deveriam aparecer como linhas nas fotografias obtidas por esta câmara, enquanto algum satélite na altitude correta apareceria como um ponto. Se o satélite estivesse a uma altitude diferente, deveria produzir uma linha curta.
As observações começaram em 1953 no Observatório Lowell e na verdade invadiram território virgem: com a exceção da pesquisa alemã do "Kleinchen," ninguém tinha prestado atenção ao espaço entre a Lua e a Terra. No Outono de 1954, os semanários e os diários de grande reputação afirmaram que a pesquisa tinha produzido os primeiros resultados: um pequeno satélite natural a 700 quilômetros (435 milhas) de altitude, outro a 1,000 quilômetros (620 milhas). Alguém perguntou, "Ele tem a certeza que são naturais?" Ninguém parece saber como é que estas informações apareceram. As pesquisas foram completamente negativas. Quando os primeiros satélites artificiais foram lançados em 1957 e 1958, as câmaras registraram estes satélites.
Mas estranhamente isto não significa que a Terra tem apenas um satélite natural. A Terra pode ter um satélite muito próximo por um período curto. Meteoróides que passem pela Terra e toquem na atmosfera superior podem perder suficiente velocidade para ficarem numa órbita à volta da Terra. Mas por passarem pela atmosfera superior em cada perigeu, não duram muito tempo; o número de revoluções pode estar entre 1 e 100 por um máximo de 150 horas. Há indicações de que estes "satélites efêmeros" foram vistos; é até mesmo possível que os observadores de Petit tenham visto um.
Além dos satélites efêmeros há mais duas possibilidades. Uma é que a Lua tenha um satélite próprio, mas apesar de diversas pesquisas nenhum foi encontrado. Sabe-se agora que o campo gravitacional da Lua é desigual, ou suficientemente "disforme" para a órbita de qualquer satélite lunar ser instável. Qualquer satélite irá por isso despenhar-se na Lua depois de pouco tempo, poucos anos ou possivelmente um década. A outra possibilidade é haver Satélites troianos, isto é, satélites secundários na órbita lunar, viajando 60° à frente ou atrás da Lua.
Estes "Satélites troianos" foram primeiro reportados pelo astrônomo polaco Kordylewski do observatório de Krakow. Ele iniciou uma pesquisa visual em 1951 utilizando um bom telescópio. Esperava encontrar corpos razoavelmente grandes na órbita lunar, 60° afastados da Lua. A pesquisa foi negativa. No entanto, em 1956 o seu compatriota e colega, Wilkowski, sugeriu que podem existir muitos corpos pequenos demais para serem vistos individualmente mas suficientemente numerosos para aparecerem como uma nuvem de partículas de poeira. Neste caso, eles seriam mais visíveis sem um telescópio, isto é, a olho nu. A utilização de um telescópio iria ampliá-lo demasiado. Dr Kordylewski desejou tentá-lo. Era necessário uma noite escura com céu limpo, com a Lua abaixo do horizonte.
Em Outubro de 1956, Kordylewski viu, pela primeira vez, uma mancha pouco brilhante numa das duas posições. Não era pequena, e estendia-se por um ângulo de 2° (isto é, cerca de 4 vezes maior do que a própria Lua). Era também muito fraca, com apenas metade do brilho de Gegenschein (uma mancha brilhante na luz zodiacal, diretamente oposta ao Sol). Em Março e Abril de 1961, Kordylewski conseguiu fotografar duas nuvens próximas das posições esperadas. Pareciam variar em extensão, mas pode ter sido devido a alterações na iluminação. J. Roach detectou estas nuvens satélites em 1975 com a nave espacial OSO (Orbiting Solar Observatory - Observatório Solar Orbital) 6. Em 1990, foram de novo fotografadas, desta vez pelo astrônomo polaco Winiarski, que descobriu que tinham poucos graus de diâmetro aparente, que se tinham "desviado" até 10° do ponto "troiano", e que eram um pouco mais vermelhas do que a luz zodiacal.
Assim, a pesquisa desde há um século por uma segunda lua da Terra parece ter sucesso, apesar de tudo, mesmo sendo esta 'segunda lua' completamente diferente de alguma coisa que alguém alguma vez tenha imaginado. Estes objetos são muito difíceis de detectar e de distinguir da luz zodiacal, em particular da Gegenschein.
Mas existe quem ainda proponha outros satélites naturais da Terra. Entre 1966 e 1969, o cientista americano John Bargby diz ter observado pelo menos dez pequenos satélites naturais da Terra, visíveis apenas com um telescópio. Bargby descobriu órbitas elípticas para todos os objetos: excentricidade de 0.498 e eixo semimaior de 14,065 quilômetros (8,740 milhas), o que faz o perigeu e o apogeu com apenas 680 e 14700 quilômetros (432 e 9,135 milhas), respectivamente. Bargby considerou-os como sendo fragmentos de um corpo maior que se dividiu em Dezembro de 1955.
Ele baseou muitos das suas sugestões de satélites em supostas perturbações nos satélites artificiais. Bargby usou dados sobre os satélites artificiais do Relatório Goddard da Situação dos Satélites, sem ter em conta que os valores desta publicação são apenas aproximados e algumas vezes com grandes erros; por isso, não podem ser usados para nenhuma análise científica. Além disso, das observações de Bargby pode ser deduzido que quando estão no perigeu os satélites de Bargby deveriam ser visíveis na primeira magnitude e por isso ser facilmente visíveis a olho nu, mas ninguém ainda os conseguiu ver.
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