terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

MITOLOGIA GRECO-ROMANA ...

Afrodite
Deusa do amor e da beleza. Na lenda de Homero, ela é dita como sendo a filha de Zeus e Dione, uma de suas consortes, mas na Teogonia de Hesíodo, ela é descrita como nascida da espuma do mar e, etimologicamente, seu nome quer dizer "erguida da espuma."
De acordo com Homero, Afrodite é a esposa de Hefaístos, o deus das artes manuais. Seus amantes incluem Ares, deus da guerra, que posteriormente foi representado como seu marido. Era a rival de Perséfone, rainha do mundo subterrâneo, pelo o amor do belo jovem Adônis. Talvez a lenda mais famosa sobre Afrodite diga respeito à causa da Guerra de Tróia. Eris, a personificação da discórdia - a única deusa que não foi convidada ao casamento de Peleu e da ninfa Tétis - ressentida com os deuses, arremessou uma maçã dourada no corredor onde se realizava o banquete, sendo que na fruta estavam gravadas as palavras "à mais bela." Quando Zeus se recusou a julgar entre Hera, Atena, e Afrodite, as três deusas que reivindicaram a maçã, elas pediram à Páris, príncipe de Tróia, para fazer a premiação. Cada deusa ofereceu à Paris um suborno: Hera, prometeu-lhe que seria um poderoso governante; Atena, que ele alcançaria grande fama militar; e Afrodite, que ele teria a mulher humana mais linda do mundo. Páris declarou Afrodite como a mais bela e escolheu como prêmio Helena, a esposa do rei grego Menelau. O rapto de Helena por Páris foi a causa da Guerra de Tróia

Anfitrite
Deusa do mar, filha de Nereu ou de Oceano, e esposa de Posêidon. Na escultura, ela freqüentemente aparece sentada próxima à Posêidon numa carruagem puxada por Tritões.

Apolo
Filho de Zeus e Leto, filha de um Titã. Na lenda de Homero ele era considerado, principalmente, como o deus da profecia. Seu oráculo mais importante estava em Delfos, o local onde matou a serpente Píton (Sucuri).
Às vezes ele concedia o dom da profecia aos mortais que ele amava, tal como a princesa Cassandra, de Tróia. Apolo era músico e encantava os deuses com seu desempenho com a lira. Era também um arqueiro-mestre e excelente corredor, sendo creditada a ele a primeira vitória nos Jogos Olímpicos.
Sua irmã gêmea, Ártemis, era a guardiã das virgens e das mulheres jovens, e Apolo era o protetor especial dos rapazes. Era também o deus da agricultura, do gado, da luz e da verdade. Ensinou aos humanos a arte da cura. Alguns contos retratam Apolo como severo e cruel. De acordo com a Ilíada de Homero, Apolo atendeu às orações do sacerdote Crísias para obter a libertação de sua filha das mãos do general grego Agamenon, atirando flechas envenenadas contra o exército grego.
Ele também raptou e possuiu a jovem Creusa, princesa ateniense, e abandonou-a com seu filho que nascera da união. Talvez por causa de sua beleza, Apolo era representado com mais freqüência na arte antiga que qualquer outra divindade.
Ares
Deus da guerra e filho de Zeus, rei dos deuses, e sua esposa, Hera. Os romanos o identificaram com Marte, também um deus da guerra. Ares, sanguinário e agressivo, personificava a natureza brutal da guerra.
Era impopular tanto com os deuses quanto com os humanos. Entre as divindades associadas com Ares estavam sua mulher Afrodite, deusa do amor, e divindades menos importantes, como Deimos (o Temor) e Fobos (o Tumulto), que o acompanhavam em batalha.
Embora Ares fosse bélico e feroz, não era invencível, mesmo contra os mortais. A adoração de Ares, que se acredita ter origem na Trácia, não se estendia à toda a antiga Grécia, e onde existiu, não tinha importância social ou moral. Ares era uma divindade ancestral de Tebas e tinha um templo em Atenas, aos pés do Areopago, ou Colina de Ares.

Aristeu
Filho de Apolo e da ninfa Cirene. Era adorado como o protetor dos caçadores, pastores e rebanhos, e como o inventor da apicultura e da arte de cultivar azeitonas.
Quando Aristeu tentou seduzir Eurídice, a esposa do célebre músico Orfeu, ela fugiu dele e acabou sendo mortalmente ferida com a picada de uma cobra. As ninfas o puniram fazendo todas as suas abelhas morrerem. Mas ele amenizou as ninfas com um sacrifício de seu gado, de cujas carcaças emergiram novas colméias de abelhas.
Aristeu era conhecido nas artes da cura e da profecia, e vagou por muitas terras para compartilhar seu conhecimento e curar doentes. Era largamente venerado como um deus beneficente e freqüentemente era representado como um pastor juvenil carregando um cordeiro.

Artemis
Uma das principais deusas. Era a filha de Zeus e de Leto, e a irmã gêmea de Apolo. Era a caçadora-chefe dos deuses e a deusa da caça e dos animais selvagens, especialmente os ursos. Ártemis era também a deusa do parto, da natureza e da colheita.
Como deusa de lua, ela às vezes foi identificada com as deusas Selene e Hécate. Embora tradicionalmente seja a amiga e protetora das mulheres, especialmente as jovens, Ártemis impediu os gregos de navegar até Tróia durante a guerra até que eles sacrificassem uma virgem para ela.
De acordo com algumas histórias, justamente antes do sacrifício, ela salvou a vítima, a jovem Ifigênia. Como Apolo, Ártemis se armava de um arco e flechas, com o qual ela freqüentemente punia mortais que a ofendiam. Em outras lendas, ela é elogiada por dar às mulheres jovens que morriam nos partos uma morte rápida e sem dor.

Asclépio
O deus da medicina. Era filho de Apolo e da virgem Coronis, da Tessália. Zangado porque Coronis era infiel a ele, Apolo matou-a e arrancou o nascituro Asclépio de seu ventre. Mais tarde ele enviou Asclépio ao centauro Quíron para ser educado. Asclépio aprendeu com Quíron a arte da cura e logo se tornou um grande médico.
Por Asclépio ameaçar a ordem natural das coisas e por ressuscitar os mortos, Zeus o matou com um trovão. O culto à Asclépio centralizou-se em Epidauro, mas era popular por todo o mundo Greco-Romano. Os santuários de Asclépio funcionavam como refúgios para restabelecer a saúde, onde regimes terapêuticos tais como exercícios e dietas eram prescritos. A prática mais importante associada com as curas era o ritual da incubação, em que as pessoas aflitas eram adormecidas dentro de um templo ou cerco sagrado na esperança de que o deus viesse ter com eles em seus sonhos e prescrevesse a cura para suas doenças.

Atena
Deusa da Sabedoria, também chamada de Palas Atena. Filha de Zeus e de sua primeira mulher, Métis, deusa da Prudência. Segundo a tradição, quando Métis estava grávida, Zeus a engoliu, por temer que seu filho viesse a destroná-lo. Mais tarde, atormentado por uma dor de cabeça, pediu a Hefaístos que lhe abrisse o crânio com uma machadada. De sua cabeça saiu Atena, armada e coberta com o elmo do Saber.
Uma deusa virgem, era chamada Parthenos ("a virgem"). Seu templo mais importante, o Partenon, estava em Atenas, que, de acordo com a lenda, tornou-se seu por ter dado de presente aos atenienses a árvore da oliveira. Atena era principalmente a deusa das cidades gregas, da indústria e das artes, e mais tarde, tornou-se a deusa da sabedoria. Era também deusa da guerra.
Atena foi forte defensora dos gregos na Guerra de Tróia. Depois da queda de Tróia, entretanto, os gregos não conseguiram respeitar a santidade de um templo de Atena em que a profetisa Cassandra procurou abrigo. Como castigo, tempestades enviadas pelo deus do mar, Posêidon, a pedido de Atena, destruiu a maioria dos navios gregos que retornavam de Tróia. Atena era também uma patrona das artes agrícolas e do artesanato feminino, especialmente a arte de tecer e fiar.
Entre seus presentes ao homem estavam a invenção do arado, a arte de domesticar animais, construção de navios e a confecção de sapatos. Ela freqüentemente era associada com pássaros, especialmente a coruja.

Cárites
Graças (ou Cárites), o três deusas da alegria, charme e beleza. As filhas de Zeus e da ninfa Eurínome. Chamavam-se Aglaia (o Esplendor), Eufrosina (a Alegria) e Tália (a Floração). As Graças presidiam sobre os banquetes, danças e todos os outros eventos sociais agradáveis, trazendo alegria e boa vontade tanto para os deuses quanto para os mortais. Eram as auxiliares especiais das divindades do amor, Afrodite e Eros, e junto com as Musas, cantavam aos deuses no Monte Olimpo, dançado linda músicas que Apolo produzia em sua lira.
Em algumas lendas Aglaia casou-se com Efaístos, o artesão dos deuses. Seu casamento explica a tradicional associação das Graças com as artes; como as Musas, acreditava-se que elas davam o dom aos artistas e poetas para a criação de lindos trabalhos de arte. As Graças raramente eram tratadas como indivíduos, mas sempre como uma espécie de encarnação tripla de graça e beleza. Na arte elas normalmente são representados como jovens virgens dançando num círculo.

Ceres
Na mitologia romana, a deusa da agricultura. Ela e sua filha Prosérpina eram as representações gregas de Deméter e Perséfone. A crença Grega de que a alegria de Deméter em reunir-se com sua filha a cada primavera trazia à terra um período de abundância em frutas e grãos foi introduzida em Roma no século V a.C., e seu culto tornou-se extremamente popular, especialmente entre os plebeus. A palavra cereal deriva de seu nome.


Destinos
As três deusas que determinavam a vida humana e seu encadeamento. Conhecidas como Moiras, os Desatinos repartiam para cada pessoa, no momento de seu nascimento, uma parcela do bem e do mau, embora uma pessoa pudesse acrescer o mau em sua vida por si própria. Retratadas na arte e na poesia como mulheres velhas e severas, ou como virgens sombrias, as deusas eram freqüentemente vistas como fiadeiras. Cloto, a fiadeira, tecia o fio da vida; Láquesis, a distribuidora de quinhões, decidia a quantidade e designava o destino de cada pessoa; e Átropos, a inexorável, carregava o poder de cortar o fio da vida no tempo designado. As decisões dos Destinos não podiam ser alteradas, nem mesmo pelos deuses.


Dione
De acordo com a Ilíada de Homero, Dione seria a mãe de Afrodite. Entretanto, há uma outra lenda para o nascimento da deusa do amor.


Dionísio
Deus do vinho e da vegetação, que mostrou aos mortais como cultivar as videiras e fazer vinho. Filho de Zeus, Dionísio normalmente é caracterizado de duas maneiras. Como o deus da vegetação - especificamente das árvores frutíferas - ele freqüentemente é representado em vasos bebendo em um chifre e com ramos de videira. Ele eventualmente tornou-se o popular deus do vinho e da alegria, e milagres do vinho eram reputadamente representados em certo festivais de teatro em sua homenagem.

Dionísio também é caracterizado como uma divindade cujos mistérios inspiraram a adoração ao êxtase e o culto às orgias. As bacantes era um grupo de devotos femininos que deixavam seus lares para vagar de maneira errante em busca de êxtase em devoção à Dionísio. Usavam peles de veado e a eles eram atribuídos poderes ocultos. Dionísio era bom e amável àqueles que o honravam, mas trazia loucura e destruição para aqueles que desprezavam as orgias a ele dedicadas.

De acordo com a tradição, Dionísio morria a cada inverno e renascia na primavera. Para seus seguidores, este renascimento cíclico, acompanhado pela renovação da terra com o reflorescer das plantas e a nova frutificação das árvores, personificavam a promessa da ressurreição de Dionísio. Os rituais anuais em homenagem à ressurreição de Dionísio gradualmente foram se desenvolvendo no drama grego, e importantes festivais eram celebrados em honra do deus, durante os quais grandes competições dramáticas eram conduzidas. O festival mais importante, as Dionisíacas, era celebrado em Atenas por cinco dias a cada primavera.

Foi para estas celebrações que os dramaturgos Ésquilo, Sófocles, e Eurípides escreveram suas grandes tragédias. Por volta do século V a.C., Dionísio era também conhecido entre os gregos como Baco, um nome que se referia aos altos brados com os quais Dionísio era adorado nas orgias, ou mistérios dionísicos. Estas celebrações frenéticas, que provavelmente se originaram em festivais primaveris, ocasionalmente traziam libertinagem e intoxicações. Esta foi a forma de adoração pela qual Dionísio tornou-se popular no século II a.C., na Itália, onde os mistérios dionísicos eram chamados de Bacanália.

As indulgências das Bacanálias tornaram-se extrema, e as celebrações foram proibidas pelo Senado Romano em 186 a.C.. Entretanto, no século I d.C. os mistérios dionísicos eram ainda populares, como se evidencia em representações encontradas em sarcófagos gregos.


Éolo
Nome de duas figuras mitológicas. Era melhor conhecido como o deus dos ventos. Vivia em Eólia, uma ilha flutuante, com seus seis filhos e seis filhas. Zeus tinha lhe dado o poder de acalmar e despertar os ventos. Quando o herói grego Odisseu (Ulisses) visitou Éolo, ele foi recebido como um convidado de honra. Como presente de Éolo, ao partir, Odisseu (Ulisses) recebeu dele um vento favorável e uma sacola de couro repleta com todos os ventos. Os marinheiros de Odisseu (Ulisses), pensando se tratar de uma sacola com ouro, abriram-na e a costa foi imediatamente varrida pelos ventos.

Depois disso, Éolo se recusou a ajudá-los novamente. Outro Éolo na mitologia grega foi o rei da Tessália. Era o filho de Heleno, antepassado dos Helenos, os primeiros habitantes da Grécia. Éolo era o antepassado dos gregos Eólios.


Eros
O deus do amor e relativo do Cupido romano. Na mitologia antiga, era representado como uma das forças primitivas da natureza, o filho do Caos, e a encarnação da harmonia e do poder criativo do universo. Logo, entretanto, passou a ser visto como um rapaz intenso e bonito, assistido por Pótos ( "ânsia") ou Hímero ( "desejo").

Mais tarde a mitologia transformou-o no auxiliar constante de sua mãe, Afrodite, a deusa do amor. Na arte grega, Eros era retratado como um jovem alado, ligeiro e bonito, freqüentemente com olhos cobertos para simbolizar a cegueira do amor. Às vezes ele carregava uma flor, mas mais comumente um arco de prata e flechas, com o qual ele atirava dardos de desejo contra o peito de deuses e homens.

Nas lendas e na arte romana, Eros degenerou numa criança maligna e freqüentemente era retratado como um bebê arqueiro.


Eumênides
Antigos espíritos da terra ou deusas associados à fertilidade, mas também tendo certas funções sociais e morais. Tradicionalmente em número de três, as Eumênides eram adoradas em Atenas e em terras fora da Ática. Embora seu nome por vezes queira dizer "as benevolentes" "as graciosas," e "as veneráveis," as deusas eram normalmente retratadas como as Górgonas, criaturas com cobras ao invés de cabelos e olhos injetados de sangue. Sua aparência vai de encontro com sua identificação, em outras lendas, com as Erínias, três deusas vingativas do mundo inferior.

Na sua peça "As Eumênides", o dramaturgo ateniense Ésquilo contou a perseguição de Orestes pelas Erínias, depois que aquele matou sua mãe, Clitemnestra, para se vingar da morte de seu pai, Agamenon, o qual Clitemnestra havia assassinado. Sem se importarem com os motivos que o levaram a cometer o crime, as Erínias perseguiram Orestes por toda a parte, até Atenas.

Aí Orestes apelou à deusa Atena, que presidiu seu julgamento e lançou o voto decisivo a favor de sua absolvição. Depois deste julgamento, as Erínias aceitaram um novo papel como guardiãs da justiça e tornaram-se conhecidas como as Eumênides.


Fúrias
Também conhecidas como Fúrias, eram as três divindades que administravam a vingança divina, sendo elas: Tisífona (a vingança contra os assassinos), Megera (o ciúme) e Alecto (a raiva contínua). Em muitas versões sobre as Erínias, diz-se que elas são as filhas de Géia e Urano; às vezes eles são chamada de "as filhas da Noite". Viviam no mundo subterrâneo, do qual ascendiam para a terra e perseguir o mau. Eram justas, mas sem piedade e jamais analisavam as circunstâncias que levaram a pessoa à cometer o erro. Puniam todas as ofensas contra a sociedade humana tal como o perjúrio, a infração dos rituais de hospitalidade e, acima de tudo, o assassinato de parentes de sangue.

Estas deusas terríveis eram horríveis para serem contempladas; tinham cobras se retorcendo no lugar dos cabelos e olhos injetados de sangue. Atormentavam os malfeitores perseguindo-os de lugar à lugar através da terra, enlouquecendo-os.


Uma das lendas mais famosas sobre as Erínias consiste em sua perseguição sem descanso pelo príncipe tebano Orestes, pelo assassinato de sua mãe, a rainha Clitemnestra. Orestes havia sido guiado por Apolo para se vingar da morte de seu pai, o rei Agamenon, a quem Clitemnestra havia assassinado. Entretanto, as Erínias, indiferentes a seus motivos, perseguiam-no e o atormentavam.

Orestes finalmente apelou à deusa Atena, que convenceu as deusas vingadoras a aceitar o apelo de Orestes de que ele era livre de culpa. Quando eram capazes de mostrar misericórdia, elas também se transformavam. Das Fúrias de aparência assustadora, transformavam-se nas Eumênides, protetoras dos suplicantes.


Géia
Géia ou Ge, a personificação da Mãe-Terra, e a filha de Caos. Era a mãe e esposa do Pai-Paraíso, personificado como Urano. Eram os pais das primeiras criaturas que vieram a existir: os Titãs; os Ciclopes; e os Gigantes ou Hecatônquiros (Cem Cabeças). Temendo e odiando os Gigantes, apesar deles serem seus filhos, Urano prendeu-os num lugar secreto na terra, deixando os Ciclopes e os Titãs em liberdade.
Géia enfurecida com o seu favoritismo, convenceu seu filho, o Titã Cronos, a derrotar seu pai. Ele castrou Urano e de seu sangue Géia trouxe à vista os Gigantes e as três deusas da vingança, as Erínias. A última e mais terrível concepção de Géia foi Tífon, um monstro de cem cabeças que, embora conquistado por Zeus, vomitava rios de lava do Monte Etna.

Hebe
Deusa da juventude, filha de Zeus e Hera. Durante muito tempo Hebe foi a copeira dos deuses, servindo a eles seu néctar e ambrosia. Foi substituída neste trabalho por Ganímedes, príncipe troiano. De acordo com um relato, ela renunciou à tarefa de copeira dos deuses para se casar com o herói Héracles. Em outra história, foi destituída desta posição por causa de uma queda que sofreu enquanto atendia aos deuses.

Hécate
Deusa da escuridão, a filha do Titã Pérses e Astéria. Diferente de Ártemis, que representava o luar e o esplendor da noite, Hécate representava a sua escuridão e seus terrores. Em noites sem luar, acreditava-se que ela vagava pela terra com uma matilha de uivantes lobos fantasmas. Era a deusa da feitiçaria e era especialmente adorada por mágicos e feiticeiras, que sacrificavam cães e cordeiros negros a ela.
Como deusa da encruzilhada, acreditava-se que Hécate e seu bando de cães assombravam lugares lúgubres que pareciam sinistros aos viajantes. Na arte, Hécate era freqüentemente representada tanto com três corpos ou três cabeças e com serpentes em torno de seu pescoço.

Hefaístos
Deus do fogo e dos trabalhos manuais, filho de Zeus e Hera, ou às vezes apenas o filho de Hera. Em contraste com os outros deuses, Hefaístos era manco e desajeitado. Logo após seu nascimento ele foi expulso do Olimpo, ou por Hera, devido a sua deformidade, ou por Zeus, porque Hefaístos colocou Hera contra Zeus. Outras lendas, entretanto, contam que ele era venerado no Olimpo e foi casado com Afrodite, deusa do amor, ou com Aglaia, uma das três Graças.
Como artesão entre os deuses, Hefaístos fabricava armaduras, armas e jóias. Sua oficina acreditava-se estar sobre o Monte Etna, um vulcão da Sicília. Hefaístos freqüentemente é identificado com o deus do fogo romano, Vulcano.

Hélios
Antigo deus sol, filho dos Titãs Hiperião e Téia, e irmão de Selene, deusa da lua, e Eos, deusa da alvorada. Acreditava-se que Hélio andava diariamente em sua carruagem dourada através dos céus, dando luz aos deuses e aos mortais. À noite ele mergulhava no oceano ocidental, do qual ele era carregado numa taça dourada para seu palácio no leste. Hélio sozinho podia controlar os cavalos ferozes que puxavam sua carruagem ardente. Quando seu filho Faetonte convenceu Hélio a deixá-lo guiar a carruagem através do céu, Faetonte morreu. Como é o único deus que pode ver toda a Terra do alto do céu, é o único que tudo sabe, e informa aos outros sobre certos segredos; e foi justamente por ter revelado a Hefaístos que Afrodite o traía com Ares que a deusa vingou-se dele, inspirando paixões funestas em seus descendentes: em sua filha Pasifaé e suas netas Ariadne e Fedra.
Hélio foi largamente adorado por todo o mundo grego, mas seu principal culto estava em Rodes. Uma das Sete Maravilhas do Mundo, o Colosso de Rodes, era uma representação de Hélio.

Hera
Rainha dos deuses, a filha dos Titãs Cronos e Réia, e a irmã e esposa de Zeus. Hera era a deusa que protegia o casamento e a protetora de mulheres casadas. Era a mãe de Ares, deus da guerra; Hefaístos, deus do fogo; Hebe, deusa da juventude; e Eileitia, deusa do parto. Hera era uma esposa ciumenta, que freqüentemente perseguia as amantes de Zeus e seus respectivos filhos.
Ela nunca esquecia uma ofensa e era conhecida por sua natureza vingativa. Zangada com o príncipe Páris por preferir Afrodite, deusa do amor, a si, a deusa ajudou os gregos na Guerra de Tróia e não sossegou até que Tróia fosse destruída. Hera freqüentemente é identificada com a deusa romana Juno.

Hermafrodito
Filho de Hermes e Afrodite, cujos nomes compõe o seu. De uma enorme beleza, inspirou forte paixão à ninfa Salmácis, que pediu aos deuses para nunca mais se separarem; estes juntaram os dois amantes em um só corpo, criando um andrógino, isto é, um ser dotado de dois sexos.

Hermes
Mensageiro dos deuses, filho de Zeus e de Maia, a filha do Titã Atlas. Como servente especial de Zeus, Hermes tinha sandálias com asas, um chapéu alado e um caduceu dourado, ou vara mágica, entrelaçado por cobras e coroado com asas. Conduzia as almas dos mortos ao mundo inferior e acreditava-se possuir poderes mágicos sobre o sono e os sonhos. Hermes era também o deus do comércio e o protetor dos comerciantes e dos rebanhos. Como a divindade dos atletas, ele protegia os ginásios e estádios e atribuía-se a ele a responsabilidade pela fortuna e a riqueza.
Apesar de sua característica virtuosa, ele era também um inimigo perigoso, astuto e ladrão. No dia de seu nascimento ele roubou o gado de seu irmão, o deus Apolo, obscurecendo sua trilha e fazendo o rebanho caminhar devagar, atrasando-o. Quando inquirido por Apolo, Hermes negou o roubo. Os irmãos finalmente se reconciliaram quando Hermes deu a Apolo sua mais nova invenção: a lira. Hermes foi representado na arte grega como um homem barbudo e adulto; na arte clássica ele era representado com uma juventude atlética, nu e sem barba.

Hespérides
As filhas do Titã Atlas ou da Noite. Ajudadas por um dragão, as Hespérides vigiavam uma árvore com ramos e folhas de ouro, que produzia maçãs douradas. A árvore tinha sido dada a deusa Hera no dia de seu casamento por Géia, a Mãe-Terra. Um dos 12 trabalhos impostos à Héracles era trazer de volta as maçãs douradas das Hespérides.

Himeneu
Deus do casamento, filho de Apolo. Personificação do cantos nupciais.

Hipnos
Deus do sono, filho de Érebo e da Noite e irmão gêmeo de Thanatos, a Morte.

Íris
Deusa do arco-íris, filha do Titã Taumas e de Eléctra, filha do Titã Oceano. Como mensageira de Zeus e sua esposa Hera, Iris deixava o Olimpo apenas para transmitir os ordenamentos divinos à raça humana, por quem ela era considerada como uma conselheira e guia. Viajava com a velocidade do vento, podia ir de um canto do mundo a outro, ao fundo do mar ou às profundezas do mundo subterrâneo. Embora fosse irmã das Hárpias, terríveis monstros alados, Iris era representada como uma linda virgem com asas e mantos de cores brilhantes e um halo de luz em sua cabeça, deixando no céu o arco-íris como seu rastro. Para os gregos, a ligação entre os homens e os deuses é simbolizada pelo arco-íris.


Morpheu
Deus dos sonhos, filho de Hipnos, deus do sono. Morpheu formava os sonhos que vinham para aqueles que adormeciam. Ele tamém representava seres humanos em sonhos.

Musas
Nove deusas e filhas de Zeus e de Mnemósina, a deusa da memória. As Musas presidiam as artes e as ciências e acreditava-se que inspiravam todos os artistas, especialmente poetas, filósofos e músicos. Calíope era a musa da poesia épica, Clio da história, Euterpe da poesia lírica, Melpômene da tragédia, Terpsícore das canções de coral e da dança, Erato da poesia romântica, Polímnia da poesia sagrada, Urânia da astronomia, e Tália da comédia. Eram as companheiras das Graças e de Apolo, o deus da música. Sentavam-se próximas ao trono de Zeus, rei dos deuses, e cantavam sore sua grandiosidade, a origem do mundo, seus haitantes e os feitos gloriosos dos grandes heróis. As Musas eram adoradas por todo a Grécia antiga, especialmente em Helicon, na eócia e em Pieria, na Macedônia.

Nêmesis
Personificação da justiça divina e a vingança dos deuses, às vezes chamada a filha da Noite. Representava a raiva justa dos deuses contra o orgulho e a arrogância e contra os transgressores da lei; distriuía a oa ou má sorte a todos os mortais. Ninguém podia escapar de seu poder.

Nereu
Deus do mar, filho do deus do mar Ponto e Géia, a Mãe-Terra, conhecido como o velho homem do mar. Foi casado com Dóris, uma das filhas do Titã Oceano, com quem teve 50 lindas filhas, as ninfas do mar, conhecidas como Nereidas. Nereu vivia no fundo do mar.

Nikê
Deusa da vitória, filha do Titã Pallas e do rio Estige. Nikê lutou com Zeus na atalha contra os Titãs, e na arte Grega às vezes é representada como a vitória e carregando uma grinalda ou palma da vitória.

Pan
Deus dos osques, dos campos e da fertilidade, filho de Hermes, mensageiro dos deuses, e da ninfa Dríope. Era metade animal, metade homem, com chifres, memros inferiores, cascos e orelhas de ode. Era uma divindade travessa, o deus dos pastores e reanhos.

Um músico maravilhoso, acompanhava com sua flauta, as ninfas da floresta quando elas dançavam. O deus era galanteador, mas sempre rejeitado por causa de sua feiura. Pan assomrava as montanhas e cavernas e todos os lugares selvagens, mas seu local predileto era a Arcádia, onde nasceu.

A palavra "pânico" se supõe derivar dos temores de viajantes que ouviam o som de sua flauta durante a solidão noturna.

Perséfone
Filha de Zeus e de Deméter, deusa da terra e da agricultura. Hades, deus do mundo suterrâneo, apaixonou-se por ela, desejando desposá-la. Emora Zeus consentisse, Deméter relutou. Assim, Hades prendeu a virgem quando estava colhendo flores e levou-a para seu reino. Enquanto Deméter vagava em usca de sua filha perdida, a terra ficou desolada. Toda a vegetação morreu e a fome devastou a terra.
Finalmente Zeus enviou Hermes, o mensageiro dos deuses, para trazer Perséfone de volta à sua mãe. Antes de deixá-la partir, Hades pediu que comesse de uma semente de romã, o alimento dos morto. Assim, ela foi compelida a retornar ao mundo suterrâneo por três meses de cada ano. Como deusa dos mortos e da fertilidade da terra, Perséfone era uma personificação do renascimento da natureza na primavera.

Posêidon
Posêidon, deus do mar, filho dos Titãs Cronos e Réia, e irmão de Zeus e Hades. Posêidon era o marido de Anfitrite, uma das Nereidas, com quem ele teve um filho, Tritão. Entretanto, Posêidon teve inúmeros outros casos de amor, especialmente com ninfas de riachos e fontes, e teve filhos conhecidos pela sua selvageria e crueldade, entre eles o gigante Orion e o Ciclope Polífemo. Posêidon e Górgona Medusa eram os pais de Pégaso, o famoso cavalo alado. Posêidon aparece proeminentemente em inúmeros mitos antigos e lendas. Disputou sem sucesso com Atena, deusa da saedoria, pelo controle de Atenas.
Quando ele e Apolo, deus da música, foram enganados de receer suas recompensas depois de terem ajudado Laomedonte, rei de Tróia, a construir os muros da cidade, a vingança de Posêidon contra Tróia não teve limites. Ele enviou um terrível monstro marinho para devastar a terra, e durante a Guerra de Tróia ele ajudou os gregos.

Na arte, Posêidon é representado como uma figura majestosa e arada, segurando um tridente e freqüentemente acompanhado por um golfinho. Os Romanos identificaram Posêidon com seu deus do mar, Netuno.

Príapo
Deus da fertilidade, protetor dos jardins e dos reanhos. Era filho de Afrodite, deusa do amor, e de Dionísio, deus do vinho, ou, de acordo com algumas lendas, de Hermes, mensageiro dos deuses.
Foi deformado, ao nascer, por Hera, que tinha ciúmes de sua mãe. Era comumente representado como um indivíduo grotesco com um falo enorme.

Selene
Deusa da lua, filha dos Titãs Hiperíon e Téia, e irmã de Hélios, deus do sol. Selene se apaixonou pelo elo jovem Endimião, o qual ela emalava num sono eterno de modo que ele nunca podia sair dele.

Na arte, Selene é representada guiando uma carruagem puxada por dois cavalos, ou às vezes, por dois ois.

Urano
Deus dos céus e marido de Géia, deusa da terra. Urano era o pai dos Titãs, dos Ciclopes e dos Gigantes de Cem-Mãos. Os Titãs, liderados por seu regente, Cronos, destronaram Urano e o mutilaram, e do sangue que caiu sore a terra criou as Erínias (ou Fúrias), que se vingavam dos crimes de patricídio, matricídio e perjúrio. Emora Urano pudesse ter sido adorado como um deus pelos primeiros haitantes da Grécia, ele nunca foi ojeto de adoração pelos gregos no que diz respeito ao período histórico.

Zeus
Zeus do céu e regente dos deuses do Olimpo. Zeus corresponde ao deus Júpiter Romano. Zeus foi considerado, de acordo com Homero, o pai dos deuses e dos mortais. Ele não criou qualquer um dos deuses nem dos mortais. Era seu pai no sentido de ser o protetor e regente tanto da família do Olimpo quanto da raça humana. Era o senhor do céu, o deus da chuva, e o ceifeiro das nuvens, aquele que detinha o terrível trovão. Seu pássaro era a águia, sua árvore o carvalho.
Zeus presidia sore os deuses no Monte Olimpo, na Tessália. Seus principais relicários estavam em Dódona, em Epiros, a terra das árvores de carvalho e o relicário mais antigo, famoso por seu oráculo, em Olímpia, onde os Jogos do Olimpo eram celeradas em sua honra a cada quatro anos. Zeus era o filho mais jovem do Titã Cronos e Réia, e o irmão das divindades Posêidon, Hades, Héstia, Deméter e Hera. De acordo com um dos mitos antigos do nascimento de Zeus, Cronos, temendo que ele talvez fosse destronado por um de seus filhos, engolia-os assim que nasciam.
Quando do nascimento de Zeus, Réia emrulhou uma pedra com os cueiros de criança e deu-a a Cronos para que engolisse pensando que fosse seu filhos, e ocultou o deus infante em Creta, onde foi alimentado com o leite da cara Amaltéia e criado por ninfas. Quando Zeus chegou à maturidade, ele forçou Cronos a vomitar as outras crianças, que estavam ávidas para se vingar de seu pai.
Na guerra que se seguiu, os Titãs lutaram ao lado de Cronos, mas Zeus e os outros deuses foram em sucedidos, e os Titãs foram confinados no aismo do Tártaro. Zeus, a partir de então, dominou o céu, e a seus irmãos Posêidon e Hades foi conferido o poder para dominar o mar e o mundo suterrâneo, respectivamente. A terra seria governada em comum por todos os três.
Para Homero, Zeus era imaginado de duas maneiras diferentes. É representado como o deus da justiça e da misericórdia, o protetor dos fracos e o punidor do mau. Como marido de sua irmã Hera, ele é o pai de Ares, o deus da guerra; Hee, a deusa da juventude; Hefaístos, o deus do fogo; e Ilíthia, deusa do parto. Ao mesmo tempo, Zeus é descrito como um deus que se apaixona por uma mulher a cada instante e usando de todos os artifícios para esconder sua infidelidade da esposa.
Os relatos de suas travessuras eram numerosos na mitologia antiga, e muitos de seus filhos eram o produto de seus casos de amor tanto com deusas quanto com mulheres mortais. Acredita-se que, com o desenvolvimento de um sentimento de ética na vida grega, a idéia de um deus lascivo, algumas vezes um ridículo deus-pai tornava-se desagradável, e então as lendas posteriores tenderam a apresentar Zeus com uma luz mais gloriosa. Seus muitos casos com mortais às vezes são explicados como o desejo dos primeiros gregos a traçar sua linhagem até o pai dos deuses.
A imagem de Zeus era representada na escultura como a figura de um rei arado. A mais célere de todas as estátuas de Zeus era a colossal em ouro e marfim feita por Fídias, em Olímpia.

Nenhum comentário: