quarta-feira, 26 de maio de 2010

VAMPIROS CIGANOS !!

Os ciganos são originários da Índia, possivelmente descendentes dos dravidianos, povo autóctone, expulso pelos arianos do Norte da Índia. Os dravidianos são os pais do Yôga e do Tantra; sua civilização era matriarcal e Shiva era sua divindade principal. Ao perderem a guerra contra os invasores, eles migraram para o sul da Índia, mantendo os seus conhecimentos em sociedades secretas. Da sua terra natal, os ciganos trouxeram Sara, Santa Sara, ou melhor, Kali. Tanto ela, como seu marido Shiva, são retratados na arte hindu em atos vampíricos, e nessas representações há ainda um forte apelo sexual, de uma forma muito comum aos Vampiros. A Índia, como já vimos, conta também com inúmeros seres vampíricos. Os ciganos Começaram sua migração por volta do ano 1000 da era vulgar (Cristã), e por volta do século XIV já eram vistos no Ocidente, após uma estadia na Turquia.

Duas teorias sobre a origem da designação “cigano” são a do egiptano, ou seja, egípcio, derivando em gitano, ou a que faz alusão aos atzigani, seita herética do Oriente Médio. Para Voltaire, eles eram cultuadores da deusa Ísis vindos da Síria. Muito curiosa foi essa associação com os egípcios, já que os ciganos chegaram à Europa sem passar pelo Egito. Talvez isso seja uma menção ao pequeno Egito na Grécia, ou esse lugar tenha esse nome justamente devido aos ciganos. Os gregos desde sempre tiveram os egípcios como grandes mágicos e adivinhos; será que notaram essas características quando os ciganos foram seus hóspedes ?

Curiosamente, os locais onde os ciganos tiveram influência mais proeminente estão no epicentro dos casos de Vampirismo que varreram a Europa no século XVIII. Já em 1700 há relatos na Grécia sobre a atuação de Vampiros (Vrykolakas). O termo é de origem eslava, e igualmente no Império Austríaco são registrados casos amplamente documentados. Por mais que esses casos tenham o século XVIII como foco, eles não foram tratados como novidade pelas populações dos locais onde se desenrolaram, o que faz pensar que não era algo incomum.

Os ciganos, como os egípcios, tinham ritos de oferenda de alimentos aos mortos. Em troca, pediam sua proteção e outros favores. Eles também tinham uma espécie de feiticeiro (xamã) chamado Kaku, que tinha posse do poder de domar animais sem o uso da força, através do conhecimento dos poderes hipnóticos, incluindo o uso do terceiro olho.

Ao que parece, eles guardaram a sabedoria ancestral indiana, incluindo a cerimônia do Maithuna indiano, uma união sexual tântrica. O casal se uniria para este fim, muitas vezes não se vendo nunca mais. Seu objetivo era a harmonia dos opostos e o êxtase místico. Fazem uso de um asana, como o da Yôga, e exercícios com os olhos (tratakas). Eles crêem que o corpo humano é entrecortado de canais que levam energia para os mais diversos pontos, e disso se deriva uma técnica usada em curas que também pode despertar intenso desejo sexual. Um fato curioso é que os Kakus ciganos têm especial respeito por Jacques de Molay, o último Grão Mestre Templário. O porquê disso é uma boa pergunta, mas a lenda fala que Molay esteve em contacto com eles no Oriente, em busca de conhecimento mágico. Os ciganos, em muitos locais, foram tratados como heréticos, bruxos e vampiros. Sofreram com fogueiras e torturas, além de não poderem ser enterrados nos cemitérios comuns, dentre outras coisas. Como já vimos, os ciganos são místicos por natureza, e seu universo é recheado de seres imaginários e mágicos.

Os Vampiros têm um lugar de destaque na religiosidade cigana, sendo que havia até a profissão de “caçador de vampiros” (Dhampir).

Esse caçador era filho de um Vampiro, um elo entre o humano e o vampírico. Os ciganos acreditavam que o Vampiro poderia gerar filhos mesmo depois de morto, e alguns Vampiros inclusive teriam constituído novas famílias.

Como em outras culturas e nos casos de “almas” presas a Terra (ver o capítulo “duplo etérico e corpos sutis”), o Vampiro era fruto de morte violenta, falhas no sepultamento ou ainda influência de animais sobre o corpo do morto; assuntos não terminados também eram relevantes.

7 - Ataques de Vampiros


O Mulo era a forma mais conhecida de vampiro cigano, um morto-vivo que atacava durante a noite e voltava ao amanhecer para sua sepultura. Como a maior parte de todos os vampiros ele era um ser etéreo. Podia assumir várias formas animais, e seus ataques dizimaram algumas famílias e inúmeras cabeças de gado. Alguns relatos sobre o Mulo mencionam as relações sexuais entre o Vampiro e sua esposa, ou amante, ainda viva. Essas relações poderiam ir das mais calmas às mais violentas.

O Mulo poderia gerar filhos dessas uniões, e eles eram vampirovic, vampiro filho, ou lampirovic, pequeno vampiro, em idioma sérvio-croata. Outro nome para o filho de um vampiro é dhampir. Para os sérvios, o Dhampir, filho do vampiro, tinha poderes especiais para detectar e destruir vampiros. Dessa forma, famílias que tinham sangue vampírico se tornaram caçadoras de vampiros. No Brasil, os primeiros grupos de ciganos chegaram no século XVII, no Maranhão.



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