quarta-feira, 26 de maio de 2010

VAMPIROS NA MALÁSIA !!




Na Malásia encontramos uma infinidade de vampiros; até os dias de hoje eles se fazem presentes no folclore. Um tipo de vampiro malaio está associado à atividade de um feiticeiro, que faz seus ataques enquanto dorme. O Mauri (a designação deste tipo de vampiro) entra sorrateira casa adentro até o peito de sua vítima, onde chupa o sangue. Esse feiticeiro pode continuar suas atividade após a morte, pois há casos de cadáveres que adaptaram essa conduta. Outros vampiros são o Bajang e o Langsuir. O Bajang lembra um furão enquanto o Langsuir é similar à Strix Romana. Para libertar-se dos ataques do Bajang, uma curandeira é chamada. A vítima sofre convulsões, delírios e mais uma infinidade de mazelas. A curandeira induzirá a vítima, no momento do suposto ataque, ao relatar o que está ocorrendo, e dessa forma detectará o vampiro.

Sendo confirmado o vampiro, este era morto, mas, com a dominação britânica, a execução foi proibida. O Langsuir é uma mulher que morreu no parto, sendo que o Langsuir original adquiriu o vampirismo ao ver que seu bebê havia nascido morto. Quando uma mulher morria no parto, ao ser enterrada, ovos foram colocados embaixo de suas axilas, suas mãos eram fixadas com agulhas e contas colocadas em sua boca. Dessa forma, tinha-se a crença que ela não se transformaria em vampira.

Outras formas de vampiros eram o Penanggalan e o Pontianak. O Pontianak é um natimorto como o Ustrel descrito por James Fraser. Aparece também como uma coruja, fazendo par com sua mãe Langsuir. Na península malaia, esses nomes, em algumas localidades, eram trocados — ora o Pontianak era a mãe, ora o inverso. A criança natimorta recebia o mesmo tratamento da mãe. Os malaios têm toda um ritualística para proteger mulheres e crianças dos ataques de vampiros.

O Penanggalan é um estranho vampiro, ou melhor, vampira, que tem o intestino e o estômago expostos. Ele voa sobre habitações atrás de crianças. Uma descrição interessante de um nativo sobre o Penanggalan foi tomada por Walter Skeat em seu livro Malay Magic. Vamos a ela.

No princípio, o Penanggalan era uma mulher. Ela aprendeu as artes mágicas diretamente com um demônio, e se colocou a serviço dele com afinco. Passado o prazo acertado, ela pôde voar, ou parte dela, já que o corpo ficava, e apenas sua cabeça com os intestinos dependurados voava, em busca de sangue. Suas vítimas tinham como certa sua morte. Se uma pessoa tocasse o sangue que gotejava dos intestinos, contrairia uma doença séria e seu corpo ficaria repleto de feridas. As vítimas prediletas do Penanggalan eram as mulheres no parto. Para se defender, as portas eram fechadas e espinhos espalhados, nos quais a vampira prenderia seus intestinos.

Na Polinésia, os vampiros deixavam as suas sepulturas para se refestelar com os vivos, devorando-lhes o coração. Além disso, feiticeiros comiam a carne do morto, criando dessa forma uma ligação com a alma do falecido, e essa ligação era usada contra as vítimas do feiticeiro, que então sugaria a vitalidade do vivo.

Os mongóis foram um dos povos que atravessaram o Leste Europeu juntando suas tradições ocultas ao já extenso folclore local. Não podemos deixar de pensar que os mongóis tiveram contacto com a Índia, Tibete, China, e uma infinidade de países entre a Europa e a Ásia. E sabemos com certeza que na sua mitologia havia entidades vampíricas. A entrada dos mongóis no continente europeu se deu pelas terras do Leste Europeu.



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