quinta-feira, 27 de maio de 2010

CRUZ DE ANKH !!



O Ankh é um símbolo que significa, entre outros, a imortalidade. É encontrado nas gravuras e hieróglifos a partir da 5ª Dinastia egípcia, principalmente nos Templos de Luxor, Medinet Habu, Hatshepsut, Karnak e Edfu. Além de obeliscos, túmulos e murais.


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No túmulo de Amenhotep II, vemos o Ankh sendo entregue ao faraó por Osíris, concedendo a ele o dom da imortalidade, ou o controle sobre os ciclos vitais da natureza, ou seja, o início e fim da vida. Em algumas situações, é encontrado próximo a boca das figuras dos deuses, neste caso significa um Sopro de Vida. Na tumba de Tutankhamon, foi encontrado um porta-espelho na forma de Ankh, já que a palavra egípcia para espelho também é Ankh. Sua presença também é marcante em objetos cotidianos, como colheres, espelhos e cetros utilizados pelo povo do Egito.

No Ocidente, o Ankh é conhecido como Cruz Egípcia ou Cruz Ansata. Esta segunda denominação tem origem na palavra latina Ansa, que significa Asa. Além destas, o encontramos como Chave do Nilo (ou da vida), Cruz da Vida ou simplesmente Cruz Ankh.

Porém, a maioria dos conceitos ocidentais não é correto, pois os egípcios da Antigüidade desconheciam a fechadura. Portanto, não seria possível associá-lo a uma chave.

A forma do ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui as suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.

Há muitas especulações para o surgimento e para o significado do ankh, mas ao que tudo indica, surgiu na Quinta Dinastia. Quanto ao seu significado, há várias teorias. Muitas pessoas vêem o ankh como símbolo da ressureição.

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A alça oval que compõe o ankh sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida. Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.

Andrew H. Gordon e Calvin W. Schwabe especulam no livro The Quick and the Dead de 2004 que os simbolos: Ankh, Djed e Was tem uma base biológica derivados da cultura de criação de gado do antigo egipto ( ligado á crença egipcia de que o sémen era criado na coluna vertebral), assim:

O Ankh, símbolo da vida, vértebra torácica de um touro (visto em corte transversal);

O Djed, símbolo da estabilidade, a coluna vertebral de um touro;

O Was, símbolo do poder e dominação, o penis seco de um touro simbolo da deusa Wosret ou Wasret.

Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história o ankh foi adotado por diversas culturas. Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos como Cristãos Cópticos, e o ankh (por sua semelhança com a cruz utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos, chamado de Cruz Cóptica.

No final do século XIX, o ankh foi agregado pelos movimentos ocultistas que se propagavam, além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da década de 60. É utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega. O ankh também foi incluído na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando a união entre o reino do céu e a terra. Em outras situações, está associado aos vampiros, em mais uma atribuição à longevidade e imortalidade. Ainda encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente o ciclo vital da natureza.


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O ankh popularizou-se no Brasil no início dos anos 70, quando Raul Seixas e Paulo Coelho (entre outros) criaram a Sociedade Alternativa. O selo dessa sociedade possuía um ankh adaptado com dois degraus na haste inferior, simbolizando os “Degraus da Iniciação”, ou a chave que abre todas as portas. Numa outra interpretação, representa o laço da sandália do peregrino, ou seja, aquele que quer caminhar, aprender e evoluir.

Na cultura pop, ele foi associado pela primeira vez ao vampirismo e à subcultura gótica através do filme The Hunger – Fome de Viver (1983), em que David Bowie e Catherine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue. Há uma cena em que a dupla, usando ankhs egípcios, está à espreita de suas presas numa casa noturna ao som de Bela Lugosi’s Dead, do Bauhaus. Assim, elementos como a figura do vampiro, o ankh e a banda Bauhaus podem actuar num mesmo contexto; neste caso, a subcultura gótica. Possivelmente, através deste filme, o ankh foi inserido na subcultura gótica e pelos adeptos da cultura obscura, de uma forma geral. Mais tarde a personagem Morte, da HQ Sandman, seria o mais famoso ícone na cultura pop relacionando o ankh e a subcultura gótica.

Desse modo, vemos que o ankh não sofreu grandes variações em seu significado e emprego primitivo, embora tenha sido associado a várias culturas diferentes. Mesmo assim lhe foi atribuído um caráter negativista por aqueles que desconhecem a sua origem e significados reais, associando este símbolo, erradamente, a grupos e seitas satânicas ou de magia negra.

A banda Norte Americana Kiss Mundialmente conhecida por suas máscaras (Maquiagem) já usaram a Ankh em um de seus integrantes. Vinnie Vincent foi o guitarrista solo da banda que tocou em Creatures of the Night e em Lick It Up usando a maquiagem de “The Ankh Warrior”.



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quarta-feira, 26 de maio de 2010

HALLOWEEN - DIA DAS BRUXAS !!



Halloween : Dia das Bruxas :

A palavra Halloween tem origem na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, “Todo o Dia de Buracos” (ou “Todo o Dia de Santos”), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas, no século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico.
Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas – nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).

O Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo. Celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe’en.

Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte. Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.

Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati).

Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.

O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passa ser conhecido como o Dia das Bruxas.

Doces ou travessuras (Trick-or-treat) :

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A brincadeira de “doces ou travessuras” é originária de um costume europeu do século IX, chamado de “souling” (almejar). No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, os cristãos iam de vila em vila pedindo “soul cakes” (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.

Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador. Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.

Abóboras e velas : Jack O’Lantern (Jack da Lanterna) :

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A vela na abóbora provavelmente tem sua origem no folclore irlandês. Um homem chamado Jack, um alcoólatra grosseiro, em um 31 de outubro bebeu excessivamente e o diabo veio levar sua alma. Desesperado, Jack implora por mais um copo de bebida e o diabo concede. Jack estava sem dinheiro para o último trago e pede ao Diabo que se transforme em uma moeda. O Diabo concorda. Mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guarda-a na carteira, que tem um fecho em forma de cruz. Desesperado, o Diabo implora para sair e Jack propõe um trato: libertá-lo em troca de ficar na Terra por mais um ano inteiro. Sem opção, o Diabo concorda. Feliz com a oportunidade, Jack resolve mudar seu modo de agir e começa a tratar bem a esposa e os filhos, vai à igreja e faz até caridade. Mas a mudança não dura muito tempo, não.

No próximo ano, na noite de 31 de outubro, Jack está indo para casa quando o Diabo aparece. Jack, esperto como sempre, convence o diabo a pegar uma maçã de uma árvore. O diabo aceita e quando sobe no primeiro galho, Jack pega um canivete em seu bolso e desenha uma cruz no tronco. O diabo promete partir por mais dez anos. Sem aceitar a proposta, Jack ordena que o diabo nunca mais o aborreça. O diabo aceita e Jack o liberta da árvore.
Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morre. Tenta entrar no céu, mas sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno. O diabo, ainda desconfiado e se sentindo humilhado, também não permite sua entrada. Mas, com pena da alma perdida, o diabo joga uma brasa para que Jack possa iluminar seu caminho pelo limbo. Jack põe a brasa dentro de um nabo para que dure mais tempo e sai perambulando. Os nabos na Irlanda eram usados como seu “lanternas do Jack” originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então Jack O’Lantern (Jack da Lanterna). na América passa a ser uma abóbora, iluminada com uma brasa.

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Sua alma penada passa a ser conhecida como Jack O’Lantern (Jack da Lanterna). Quem presta atenção vê uma luzinha fraca na noite de 31 de outubro. É Jack, procurando um lugar.
enganara Satã ao subir uma árvore. Jack então esculpiu uma imagem de uma cruz no tronco da árvore, prendendo o diabo para cima a árvore. Jack fez um acordo com o diabo, se ele nunca mais o tentasse novamente, ele o deixaria árvore abaixo.

De acordo com o conto de povo, depois de Jack morrer, ele a entrada dele foi negada no Céu, por causa de seus modos de malvado, mas ele teve acesso também negado ao Inferno, porque ele enganou o diabo. Ao invés, o diabo deu a ele uma brasa única para iluminar sua passagem para a escuridão frígida. A brasa era colocada dentro de um nabo para manter por mais tempo.

Os nabos na Irlanda eram usados como seu “lanternas do Jack” originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então o Jack O’Lantern (Jack da Lanterna), na América, era em uma abóbora, iluminada com uma brasa.

Bruxas :

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As bruxas têm papel importantíssimo no Halloween. Não é à toa que ela é conhecida como “Dia das Bruxas” em português. Segundo várias lendas, as bruxas se reuniam duas vezes por ano, durante a mudança das estações: no dia 30 de abril e no dia 31 de outubro. Chegando em vassouras voadoras, as bruxas participavam de uma festa chefiada pelo próprio Diabo. Elas jogavam maldições e feitiços em qualquer pessoa, transformavam-se em várias coisas e causavam todo tipo de transtorno.

Diz-se também que para encontrar uma bruxa era preciso colocar suas roupas do avesso e andar de costas durante a noite de Halloween. Então, à meia-noite, você veria uma bruxa !


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A crença em bruxas chegou aos Estados Unidos com os primeiros colonizadores. Lá, elas se espalharam e misturaram-se com as histórias de bruxas contadas pelos índios norte-americanos e, mais tarde, com as crenças na magia negra trazidas pelos escravos africanos.


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O gato preto é constantemente associado às bruxas. Lendas dizem que bruxas podem transformar-se em gatos. Algumas pessoas acreditavam que os gatos eram os espíritos dos mortos. Muitas superstições estão associadas aos gatos pretos. Uma das mais conhecidas é a de que se um gato preto cruzar seu caminho, você deve voltar pelo caminho de onde veio, pois se não o fizer, é azar na certa.

Halloween pelo Mundo :

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A festa de Halloween, na verdade, equivale ao Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados, como foi absorvido pela Igreja Católica para apagar os vínculos pagãos, origem da festa. Os países de origem hispânica comemoram o Dia dos Mortos e não o Halloween. No Oriente, a tradição é ligada às crenças populares de cada país.



Espanha

Como no Brasil, comemora-se o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro e Finados no dia seguinte. As pessoas usam as datas para relembrar os mortos, decorando túmulos e lápides de pessoas que já faleceram.



Irlanda

A Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as pessoas acedem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou travessuras).



México

No dia 1º comemora-se o Dia dos Anjinhos, ou Dia dos Santos Inocentes, quando as crianças mortas antes do batismo são relembradas.
O Dia dos Mortos (El Dia de los Muertos), 2 de novembro, é bastante comemorado no México. As pessoas oferecem aos mortos aquilo que eles mais gostavam: pratos, bebidas, flores. Na véspera de Finados, família e amigos enfeitam os túmulos dos cemitérios e as pessoas comem, bebem e conversam, esperando a chegada dos mortos na madrugada.
Uma tradição bem popular são as caveiras doces, feitas com chocolate, marzipã e açúcar.



Tailândia

Nesse país, existe o festival Phi Ta Khon, comemorado com música e desfiles de máscaras acompanhados pela imagem de Buda. Segundo a lenda, fantasmas e espíritos andam entre os homens. A festividade acontece no primeiro dia das festas budistas.



Significados Simbólicos da festa :



a abóbora: simboliza a fertilidade e a sabedoria

a vela: indica os caminhos para os espíritos do outro plano astral.

o caldeirão: fazia parte da cultura – como mandaria a tradição. Dentro dele, os convidados devem atirar moedas e mensagens escritas com pedidos dirigidos aos espíritos.

a vassoura: simboliza o poder feminino que pode efetuar a limpeza da eletricidade negativa. Equivocadamente, pensa-se que ela servia para transporte das bruxas.

as moedas: devem ser recolhidas no final da festa para serem doadas aos necessitados.

os bilhetes com os pedidos, devem ser incinerados para que os pedidos sejam mais rapidamente atendidos, pois se elevarão através da fumaça.

a aranhasimboliza o destino e o fio que tecem suas teias, o meio, o suporte para seguir em frente.

o morcegosimbolizam a clarividência, pois que vêem além das formas e das aparências, sem necessidades da visão ocular. Captam os campos magnéticos pela força da própria energia e sensibilidade.

o sapoestá ligado à simbologia do poder da sabedoria feminina, símbolo lunar e atributo dos mortos e de magia feminina.

gato pretosímbolo da capacidade de meditação e recolhimento espiritual, autoconfiança, independência e liberdade. Plena harmonia com o Unirverso.



Cores :

Laranjacor da vitalidade e da energia que gera força. Os druidas acreditavam que nesta noite, passagem para o Ano Novo, espíritos de outros planos se aproximavam dos vivos para vampirizar a energia vital encontrada na cor laranja.

Preto - cor sacerdotal das vestes de muitos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes em geral. Cor do mestre.

Roxocor da magia ritualística.



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PETER PLOGOJOWITZ - VAMPIRO DA SÉRVIA !!




Um dos mais famosos vampiros históricos,
Peter Plogojowitz morou em Kisolova,
uma pequena vila na Sérvia ocupada pelos austríacos.
Área oficialmente incorporada à província da Hungria.
Kisolova não ficava muito longe de Medgevia, a terra de Arnold Paul,
outro famoso vampiro cujo caso ocorreu naquela mesma época.
Plogojowitz morreu em setembro de 1728, aos 62 anos.
Três dias mais tarde, no meio da noite, entrou na sua casa,
pediu comida a seu filho, comeu e saiu.
Duas noites mais tarde reapareceu e novamente pediu comida.
O filho recusou-se a atendê-lo e foi encontrado morto no dia seguinte.
Logo depois, diversos moradores da vila ficaram doentes,
com fadiga, diagnosticada como excessiva perda de sangue.
Relataram que, num sonho, tinham sido visitadas por Plogojowitz,
que os tinha mordido no pescoço, sugando-lhes o sangue.
Nove pessoas morreram misteriosamente
dessa estranha doença na semana seguinte.
O principal magistrado enviou um relatório das mortes
ao comandante das forças imperiais,
e o comandante respondeu com uma visita à vila.
Os túmulos de todos os recém falecidos foram aberto.

O corpo de Plogojowitz continua um enigma – parecia estar num transe e respirava suavemente. Seus olhos estavam abertos, suas carnes estavam roliças e sua compleição corada. Seu cabelo e suas unhas pareciam ter crescido e pele fresca foi encontrada bem abaixo da epiderme. Mais importante, sua boca estava manchada com sangue fresco. O comandante concluiu de pronto que Plogojowitz era um vampiro. O executor que foi a Kisolova com o comandante enfiou uma estaca no corpo de Plogojowitz. O sangue espirrou das feridas e dos orifícios corporais. O corpo foi em seguida queimado. Nenhum dos outros corpos apresentava sinal de vampirismo. Para protegê-los e aos moradores, alho foi colocado nas sepulturas e os corpos devolvidos às valas. A história foi relatada pelo Marquês D’Argens em seu Lettres Juives, que foi prontamente traduzido para o inglês em 1729. Embora não tão conhecidos quanto os incidentes que começaram com Paul Arnold, o caso Plogojowitz se tornou uma pedra fundamental para a controvérsia do vampiro na década de 1730.



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PETER KÜRTEN - O VAMPIRO DE DÜSSELDORF !!




Muitas vezes citado como um vampiro real, Peter Kürten – o chamado Vampiro de Düsseldorf – foi um matador em série que operou na Alemanha entre 1929 e 1930. Nasceu em Mulheim, Alemanha, um de dez irmãos, filho de pai alcoólatra e brutal. Tinha vivido parte de sua juventude como apanhador de cachorros e lembrava-se de ter-se deliciado com a morte de cães não-reclamados. Kürten tinha apenas 9 anos quando matou uma pessoa pela primeira vez. Empurrou um colega para dentro da água e depois repetiu o ato com um segundo menino que tentava salvar o primeiro.

Sua segunda tentativa de homicídio ocorreu oito anos mais tarde, quando tentou estuprar e matar uma jovem. Ficou na cadeia durante quatro anos por causa dessa mal-sucedida tentativa. Morou nas ruas após ter saído da prisão, mas um ano depois estava novamente na cadeia por roubos e furtos. Alegaria, posteriormente, ter matado dois de seus companheiros de cela por envenenamento. Em 1913 estava de volta às ruas em Düsseldorf e matou novamente. Assassinou uma menina de 10 anos. Cortou sua garganta com uma faca e disse ter experimentado um orgasmo vendo seu sangue jorrar.

Não foi senão em 1929 que Kürten começou uma série de crimes que lhe dariam um lugar na história da criminalidade. Em fevereiro daquele ano tentou assassinar uma mulher e conseguiu matar duas crianças, um menino e uma menina, ambos à faca. Suas tentativas de homicídio, muitas vezes mal-sucedidas, não ajudaram a polícia. Acusaram um doente mental de ser o responsável pela morte do menino, que, na realidade, Kürten tinha matado.

Naquele verão foi mais bem-sucedido, matando nove pessoas somente no mês de agosto. Continuou matando durante o inverno de 1929-30. Em maio, tentou estrangular uma jovem, mas inexplicavelmente interrompeu a tarefa e deixou-a ir embora. Ela o identificou e ele foi preso. Durante sua farra de crimes, tinha confundido a polícia continuamente alterando seus métodos. Somente quando começou sua confissão, relatando acuradamente as circunstâncias de cada crime, é que foram dissipadas todas as dúvidas. Foi condenado e executado por decapitação em 2 de julho de 1931.

Kürten certamente não era um vampiro no sentido tradicional. Superficialmente, demonstrava uma tendência vampírica em sua obsessão por sangue, mas não gostava nem do vampiro folclórico nem da tradição cinematográfica e literária do vampiro moderno. Sua história de crimes se encaixa melhor na história de assassinatos em série. A vida de Kürten inspirou dois filmes, M (1931) e Le Vampire de Düsseldorf(1964).



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IVAN - O TERRÍVEL !!




Ivan, o Terrível foi o primeiro czar da Rússia, e seu comportamento arbitrário e cruel levou muitos a compará-lo a Vlad o Empalador, o Drácula histórico. Ivan herdou o título do Grão-Duque de Moscovy quando tinha 3 anos de idade e cresceu observando as famílias líderes (os boiardos) de sua terra liderarem os países por um período de caus, à medida em que lutavam entre si por parcelas de poder. Tinha 17 anos quando um Conselho de Escolha surgiu para efetuar reformas. Embora eles tenham tido sucesso em acabar com o caus, Ivan discutiu continuamente com seus membros sobre uma vasta quantidade de assuntos administrativos. Em 1564, frustado, abdicou repentinamente. Quando o povo exigiu seu retorno, pôde ditar os termos de sua reintegração e obter o poder quase absoluto. Movimentou-se rapidamente para estabelecer sua própia elite governamental, a Oprichnina, que retirou grande parte do poder remanescente das mãos do boiardos.

O reinado de duas décadas de Ivan foi marcado, em parte, pela sua conquista das terras ao longo do Rio Volga e por seu movimento para a Sibéria, assim como a disastrosa guerra em que se envolveu quando tentou sem sucesso capturar a Livônia (hoje Estônia). Ele é mais lembrado, todavia não por suas ações políticas, mas por sua conduta pessoal. No afã de enstabelecer, agia rapidamente na punição (e às vezes execução) de muitos que desafiavam seu reinado ou que de alguma forma mostrassem desrespeito pelo que ele considerava seu status engrandecido.

Entre as tendências excepcionais mais lembradas pelos seus conteporâneos, Ivan possuía um senso de humor negro, bem similar ao que fora atríbuido a Vlad. Freqüentemente, esse humor caracterizava as torturas e execuções daqueles que se tornavam o objeto de sua ira. Conforme assinalou um historiador, S. K. Rosovetskii, muitas das histórias sobre Ivan eram variações daquelas atribuídas a Vlad um século antes. Por exemplo, havia a história folclórica romena sobre os cidadãos moradores da cidade de Tigorviste, a capital de Drácula. Os cidadãos tinham caçoado do irmão de Drácula. Em represália, ele reuniu os principais cidadãos (os boiardos) após as celebrações da Páscoa e, em suas melhores roupas, fez com que marchassem na construção do Castelo de Drácula. Ivan, reporta-se, fez algo parecido na cidade de Volgoda quando as pessoas o viram na manhã da Páscoa. Juntou-as todos ainda em suas melhores roupas de festa e construiu uma nova muralha para a cidade.

Talvez a mais famosa história de Drácula contada a partir de Ivan se referia ao enviado turco que se recusou a tirar seu chapéu na presença de Drácula. Este, em seguida, pregou o chapéu do homem a sua cabeça. Ivan, reporta-se, fez o mesmo com um diplomata italiano (ou, num relato alternativo, com um embaixador francês).

Ivan, como Vlad, muitas vezes se virava contra poderosas figuras da sociedade russa e os humilhava para evitar seu retorno à dignidade de seus cargos. Conta-se a história, por exemplo, de seu ataque sobre Pimen, o representante metropolitano russo-ortodoxo de Novgorod. Despiu-o de suas vestes litúrgicas e vestiu-o de ministrel ambulante (uma ocupação rejeitada pela igreja) e montou um casamento satírico no qual Pimen se casaria com uma égua. Apresentando o despido prelado com os sinais de seu novo status, uma gaita de foles e uma lira, Ivan despachou-o da cidade.

Ivan era diferente de Vlad com relação ao seu apetite sexual, tinha sete esposas e cerca de 50 concubinas. Também deixou os seus sucessores imediatos com uma herança mista. Embora tivesse expandido o território da Rússia, deixou o país na bancarrota e o descontentamento com seu reinado cresceu de forma contínua. Ivan, todavia, morreu de forma pacífica enquanto jogava xadrez, no dia 18 de março de 1584.




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O SIGNIFICADO OCULTO DO SANGUE !!

Cada um de vocês sem nenhuma dúvida estará ciente de que o título desta palestra foi retirado do “Fausto” de Goethe. Vocês todos sabem que este poema nos mostra como Fausto, o representante do mais alto esforço humano, entre em um pacto com os poderes malignos, que de seu lado são representados no poema por Mefistofeles, o emissário do inferno. Você sabe também que Fausto está a fazer uma barganha com Mefistofeles, o trato que deve ser assinado com seu próprio sangue. Fausto, em primeiro lugar, vê isto como um gracejo. Mefistofeles, contudo, pronuncia a frase que sem dúvida Goethe queria significar ser levada a sério. “o sangue é um fluido muito especial”.

Agora, com referência a esta linha de Fausto de Goethe, chegamos a um trato curioso nos chamados comentaristas de Goethe. Vocês, de fato, estão cientes de quanto é vasta esta literatura de tais dimensões estupendas que livrarias inteiras podem ser preenchidas e naturalmente não posso fazer apologia da recusa dos vários comentários feitos por estes intérpretes de Goethe referente a esta passagem em particular. Nenhuma das interpretações trazem mais luz sobre a frase do que aquela dada por um dos mais recentes comentaristas, Professor Minor. Ele, como outros, trata isto a luz da observação irônica feita por Mefistofeles, e nesta conexao ele faz esta observação realmente curiosa, e uma que eu gostaria de trazer a sua atenção; há pouca dúvida de que você será surpreendido ao ouvir qas conclusòes estranhas que os comentaristas de Goethe são capazes de chegar.

Professor Minor relembra que “o diabo é um inimigo do sangue”; e ressalta que o sangue é o que sustenta e preserva a vida, o diabo, que é inimigo da raça human, deve portanto ser inimigo do sangue. Ele mantém uma direta atenção ao fato de que mesmo as versões mais antigas da Lenda de Fausto, nas lendas geralmente o sangue sempre participa.

Em um velho livro sobre Fausto, isto é descrito circunstancialmente, como Faust o faz uma ligeira incisao em sua mão esquerda com um pequeno canivete, e como então, pegou a pena para assinar seu nome no acordo, o sangue fluindo do corte, formou as palavras: “oh homem, escape!”. Tudo isto é autêntico o bastante; mas agora vem a observaçao de que o “demônio é inimigo do sangue”, e que esta é a razão por sua exigência de que a assinatura fossse escrita em sangue. Eu gostaria de perguntar a você pode imaginar qualquer pessoa possuindo alguma coisa pela qual ele tem antipatia. A única explicação razoável que pode ser dada, não somente ao significado desta passagem de Goethe, mas também como anexa a lenda principal, bem como a todos os poemas de Fausto mais antigos de que o sangue diabólico era algo especial, e isto não era afinal uma questão indiferente a ele, se o acordo fosse assinado em uma comum tinta neutra, ou em sangue.

Aqui podemos supor nada mais do que se acredita tenha sido dito pelo representante dos poderes do mal, que estivesse convencido de que ele teria mais escialmente Fausto sob seu poder se ele apenas conseguisse ganhar a posse de ao menos uma gota de seu sangue. Isto é auto evidente e ninguém realmente entende isto diferentemente. Faust tem que escrever seu nome com seu próprio sangue não porque o demônio seja inimigo do sangue, mas exatamente porque ele deseja ganhar poder sobre isto.

Agora, há uma percepção notável subjacente a esta passagem, que seja, aquele que ganha o poder sobre o sangue de um homem ganha poder sobre o homem, e que o sangue é “um fluido muito especial”. Isto porque é por ele que a verdadeira luta deve ser travada, quando vem o combate do homem entre o bem e o mal.

Todas estas coisas nos levam as lendas e mitos das várias nações, e que tocam a vida humana, em nossos dias passar por um peculiar transformação a respeito de toda concepção e interpretação da natureza humana. A idade é passada onde as lendas, história de fadas, e mitos eram vistos apenas como meramente expressões de fantasias infantis das pessoas. De fato, foi-se o tempo quando de modo meio-aprendido, meio-infantil, era moda de aludir às lendas como uma expressão poética da alma das nações.

Agora, esta tão chamada “alma poética” de uma nação nada seja além do produto de uma sabida “red-tape”; este tipo de “red-tape” existe apenas como uma variedade oficial. Qualquer um que tenha olhado a alma do povo está bem consciente que ele não está lidando com uma ficção imaginária ou alguma coisa deste tipo, mas alguma coisa muito mais profunda, e como matéria de fato que as lendas e histórias de fadas de vários povos são expressões de poderes e eventos maravilhosos.

Se a partir deste novo ponto de uma investigação espiritual nos colocamos entre estas velhas lendas e mitos, permitindo estas grandes e poderosas imagens que tem aflorado de tempos primevos para trabalhar sobre as nossas mentes, devemos encontrar, se temos estado equipados para a nossa tarefa pelos métodos da ciência oculta, que estas lendas mitos são expressões de uma sabedoria antiga mais profunda.

É verdade que primeiramente sejamos inclinados a perguntar como isto apareceu, em um estado primitivo de desenvoilvimento e de idéias, o homem não sofisticado foi capaz de apresentar os enigmas do universo para ele mesmo pictorialmente nestas lendas e histórias de fada. E assim é que quando abordamos isto agora sustentamos esta forma pictorial que a investigação oculta de hoje nos está mostrando com uma maior clareza.

Esta é uma matéria que inicialmente está ligada a surpresa excitada. E ainda que se sonde mais e mais profundamente os meios e significados pelos quais estas histórias e mitos passaram a existir, veremos que qualquer traço de surpresa desaparecerá, todas as dúvidas acabarão; de fato, encontraremos nestas lendas, não apenas o que é chamado uma visão das coisas ingênua não sofisticada, mas uma expressão surpreendentemente profunda de uma concepção de mundo primordial e verdadeira.

Muito mais pode ser aprendido pelo exame reflexivo dos fundamentos destes mitos e lendas, do que pela absorção da ciência atual intelectual e experimental. Mas para esta espécie de trabalho, o estudante de fato deve estar familiarizado com estes métodos de investigação que pertencem à ciência espiritual. Agora, tudo o que está contido nestas lendas e antigas concepções mundiais sobre o sangue não serão de importância, já que em tempos remotos houve uma sabedoria pela qual o homem compreendeu o significado amplo e verdadeiro do sangue, este “fluido muito especial” que flui a vida dos seres humanos.

Hoje não podemos entrar na questão de onde veio esta sabedoria dos tempos ancestrais, embora seja dada alguma indicação no final da palestra; o estudo atual sobre este assunto deve, entretanto, permanecer a ser abordada em futuras palestras. O sangue, ó que significa para o homem e a parte que tem no progresso da civilização humana, hoje devem ocupar a nossa atenção.

Nós não devemos considera-lo nem sob um ponto de vista psicológico e nem sob um ponto de vista puramente científico; muito mais, devemos toma-lo sob uma concepção espiritual do universo. Devemos nos empenhar na abordagem deste assunto se, para começar, entendermos o significado da máxima antiga, uma que está diretamente relacionada a antiga civilização do Egito, onde a sabedoria sacerdotal de Hermes flouresceu. Este é um aaxioma que forma o princípio fundamental de toda a ciência espiritual, e que tem se tornado conhecido como Axioma Hermético; ele estabelece: “Como acima é abaixo”

Você encontrará muitas interpretações diletantes desta sentença; a explicação, todavia, que hoje nos ocupará, é a seguinte: é claro para a ciência espritual que o mundo ao qual o homem tem acesso primário por meio dos seus cinco sentitdos não representa o mundo todo, que isto de fato é apenas a expressão de um mundo mais profundo por trás disto, o mundo espiritual.

Agora, este mundo espiritual é chamado, segundo o Axioma Hermético o mundo superior, o mundo “acima” e o mundo dos sentidos que está a nossa volta apresea existência daquilo que nós conhecemos por meio dos nossos sentidos, e que somos capazes de estudar por meio de nosso intelecto, é o mundo inferior, o mendo “abaixo”, a expressão daquele mundo superior e espiritual. Deste modo o ocultista, olhando este mundo dos sentidos, nada vê nisto além de um tipo de fisionomia que ele reconhece como a expressao de um mundo de alma e espírito; exatamente como você olha o semblante humano, você não deve parar na forma da face e expressão, prestando atençao somente nelas, mas deve seguir, como matéria de curso, da fisionomia e expressões para o elemento espiritual que ali está expresso.

O que cada pessoa faz instintivamente quando confrontado por qualquer ser possuidor de uma alma, é o que o ocultista, ou cientista espiritual, faz a respeito do mundo inteiro; e “como acima é abaixo”, quando se refira ao homem, assim seja explicado: “cada impulso animando a alma dele está expresso em sua face.” Um semblante duro e grosseiro expressa a grosseria da alma, um sorriso fala de alegria interna, uma lágrima trai uma alma sofredora.

Aqui aplicarei o Axioma Hermético à pergunta: O que atualmente é sabedoria? A ciência espiritual tem sempre sustentado que a sabedoria humana tem algo a ver com experiência, e esta experiência dolorosa. Aquele que está atualmente nas garras do sofrimento, manisfesta neste sofrimento alguma coisa de uma falta interna de harmonia. Aquele, entretanto, que tem superado a dor e o sofrimento e mantém seus frutos com ele, sempre dirá a vocês que pelo sofrimento ele ganhou de alguma forma a sabedoria. “As aleegrias e prazers da vida, tudo o que a vida pode oferecer como satisfação, todas estas coisa recebi com gratidão; ainda que eu estivesse muito mais relutante em relação a minha dor e sofrimento do que aquelas agradaveis dádivas da vida, mas pelo meu sofrimento e dor adquiri sabedoria.”

E assim é que a sabedoria da ciência oculta tem sempre reconhecido o que pode ser chamado de dor cristalizada – a dor que foi conquistada e então se muda em seu oposto.

É interessante ressaltar que a pesquisa moderna mais materialista tem chegado a mesma conclusão. Bem recentemente foi publicado um livro sobre “The Mimicry of Thought,” um livro digno de ser lido. Não é um trabalho de um teosofista, mas de um estudante da natureza da alma humana. O autor se empenha em mostrar como a vida interna do homem, seu modo de pensar, como seja, se imprime em sua fisionomia. Este estudante da alma humana chama atenção ao fato de que é sempre alguma coisa na expressão da face de um pensador que é sugestiva ao que se pode descrever como “dor absorvida’”.

Assim você vê que este princípio vem a luz novamente em uma visão mais materialista de nosso próprio dia, uma confirmação brilhante deste axioma imemorial axioma da ciência espiritual. Você se tornará mais e mais profundamente sensível a isto, e gradualmente, ponto a ponto, descobrirá que a sabedoria antiga reaparecerá na ciência dos tempos modernos…

A investigação oculta decisivamente mostra que todas as coisas que nos curcundam neste mundo, o fundamento mineral, cobertura vegetal, e reino animal devam ser vistos como as expressões fisionômicas, ou o “abaixo”, de um “acima”ou vida espiritual existente atrás disto. Do ponto de vista tomado do ocultismo, as coisas apresentadas para nós no mundo dos sentidos podem ser apenas corretamente compreendidas se o nosso conhecimento inclui a cognição do “acima”, o arquétipo espiritual, os Seres Espirituais originais, de onde se originaram todas as coisas manifestas. E por esta razão nós ainda hoje empregaremos as nossas mentes a um estudo do que permanece escondido por trás do fenômeno do sangue, este que forma no sangue sua expressão fisionômica no mundo dos sentidos. Quando você entender este “fundamento espiritual” do sangue, será capaz de entender como o conhecimento de tais assuntos está ligado a reagir sobre toda a perspectiva mental sobre a vida.

Nestes dias, há um grande pressão sobre nós referente a perguntas de grande importância. Questões relativas a educação, não apenas dos jovens, mas de nações inteiras. E sobretudo, somos confrontados por momentosas questões educacionais que a humanidade no futuro terá que encarar, e que não podem falhar em serem reconhecidas por todos que notam a grande revolução social de nossos tempos, e as afirmações que estão avançando em todos os lugares, seja a Questão do Trabalho, ou a Questão da Paz. Todas estas coisas estão preocupando as nossas mentes ansiosas.

Mas todas estas questões são esclarecidas tão logo reconhecemos a natureza da essência espiritual que reside em nosso sangue. Quem pode negar que esta questão está estritamente ligada aquela da raça, que atualmente mais uma vez está marcantemente sendo ressaltada? Ainda que esta questão de raça seja uma que nós possamos talvez nunca entender até que entendamos os mistérios do sangue e dos resultados obtidos da mistura do sangue de raças diferentes. E finalmente, há ainda uma outra questão, a importância que está se tornando cada vez mais aguda na medida em que nos dedicamos a nos excluir de métodos desordenados de lidar com isto e buscamos uma abordagem de sustentação mais objetiva. Este problema é aquele da colonização, que se desenvolve toda vez que as raças civilizadas entram em contacto com as não civilizadas: até que extensão os povos não civilizados podem ser civilizados? Como pode um selvagem extremamente bárbaro se tornar civilizado? E qual a maneira de lidar com eles? E aqui temos que considerar não somente os sentimentos devidos a uma vaga moralidade, mas também somos confrontados por alguns grandes problemas sérios e vitais da natureza da própria existência.

Aqueles que não estão cientes das condições que governam um povo- quer aperfeiçoem ou retardem sua evolução – e seja um povo ou outro, é uma questão condicionada pelo sangue deste povo e então de fato será impossível atingir a maneira correta de introduzir a civilização a esta raça estrangeira. Estas são questões imediatamente levantadas quando se toca na questão do sangue.

O que por si só é o sangue, vocês todos presumivelmente sabem dos ensinamentos atuais da ciência natural, e vocês estarão cientes que, a respeito do homem e dos animais superiores, o sangue praticamente é o fluido da vida.

Você estáciente de que isto é dizer do sangue que “o homem interno” entra em contacto com o que é exterior, e que no curso deste processo o sangue do homem absorve o oxigênio, que constitui o verdadeiro alento de vida. Através da absorção deste oxigênio o sangue se renova. O ssngue que é apresentado transportando o oxigênio é um tipo de veneno para o organismo , um tipo de destruidor e demolidor; por meio da absorção do oxigênio o sangue vermelho-azulado se torna transmutado por um processo de combustão em um fluido vermelho, dador de vida. Este sangue que alcança todas as partes do corpo, deposita em todas as partes partículas de nutrição, lifetem a tarefa de assimilar diretamente materiais do mundo externo, e aplica-los, pelo menor método possível, a nutrição do corpo. Para o homem e animais superiores, primeiramente é necessário absorver o oxigênio do ar e construir e manter o corpo por meio deste processo.

Aquele aquinhoado com o conhecimento das almas ~tem em verdade ressaltado: “o sangue com a sua circulação é um segundo ser, e em relação ao homem de carne, osso, músculos e nervos atua como uma espécie de mundo exterior.” Como matéria de fato, o ser humano inteiro está continuamente tirando seu sustento do sangue, e ao mesmo tempo descarrega nele o que é inútil. O sangue do homem, portanto é um duplo verdadeiro que sustenta a companhia, do qual ele retira nova força, e a quem dar tudo o que não tiver mais valor. “A Vida Liquida do Homem” é portanto um bom nome para ser dado ao sangue, por estar este “fluido especial” constantemente mudando; seguramente tão importante para o homem como a celulose o é para os organismos inferiores.

O renomado cientista, Ernst Haeckel, que tem trabalhado profundamente com a natureza, em vários de seus trabalhos populares tem corretamente dirigido atenção ao fato de que o sangue, na realidade,é o fator máximo que se origina em um organismo. Se acompanharmos o desenvolvimento de um embrião humano, veremos que os rudimentos de ossos e músculos se desenvolvem muito antes da primeira tendência em direção a formaçao sanguínea se tornar aparente. A base para a formação do sangue, com todo seu sistema de vasos sanguíneos, aparece muito depois no desenvolvimento do embrião e disto a ciência natural tem concluido que a formação do sangue aconteceu mais tarde na evolução do universo; que outras energias que estavam lá tiveram que ser elevadas para a altura do sangue, por assim dizer, para fazer o que a esta altura era para ser cumprido internamente no ser humano. Não antes do embrião humano ter repetido nele próprio todos os estágios iniciais do crescimento humano , atingindo assim a condição na qul estava o mundo antes da formação do sangue, está entao pronto para o ato da coroação da transmutação evolutiva e elevação de tudo que era antes deste “fluido muito especial.”

Se estudarmos estas misteriosas leis do universo espiritual que existe por trás do sangue, devemos nos ocupar um pouco com os conceitos mais elementares da Teosofia do “acima”, e que este “acima” está expresso nas leis importantes que governam o sangue bem como o resto da vida, por meio de uma fisionomia.

Aqueles presentes que já estão familiarizados com as leis primárias da Teosofia me permitirão aqui uma curta repetição em benefício dos outros que aqui estao pela primeira vez. De fato, esta repetição pode servir para fazer estas leis mais claras para os primeiros, ao ouvi-las então aplicadas a casos novos e especiais. Para aqueles que, de fato, nada sabem de Teosofia, que não estão familiarizados com estes conceitos de vida e de universo,o que estou a dizer pode parecer fazer pouco sentido, ser nada mais que palavras reunidas com as quais nada possam fazer. Mas a falha nem sempre consiste na falta de uma idéia por trás das palavras, quando estas nada transmitem a uma pessoa. De fato, podemos adotar, com uma pequena alteração, uma observação de Lichtenberg, que disse: “Se uma cabeça e um livro entram em colisão e o resultado é um som oco, a falha não necessáriamente será do livro!.”

E assim é com nossos contemporâneos quando eles emitem julgamento sobre verdades teosóficas. Se estas verdades devem nas orelhas de muitos soar como meras palavras, palavras para as quais eles não podem apreender nenhum significado, a falta não necessariamente repousa na Teosofia; porém, esses que compreendem estes assuntos saberão que atrás de todas as insinuações a Seres mais altos, existem tais Seres de fato, embora eles não sejam encontrados no mundo dos sentidos.

Nossa concepção teosófica do universo nos mostra que o homem, até onde ele é revelado aos nossos sentidos no mundo externo, no que diz respeito a forma dele, é mas uma parte do ser humano completo, e que, na realidade, há muitas outras partes atrás do corpo físico. O Homem possui este corpo físico em comum com todos os objetos minerais ” denominados ” inanimados que o cercam. Além disto, porém, o homem possui o corpo etérico, ou corpo vital. (O termo ” etheric ” não é usado aqui no mesmo sentido de quando aplicado pela ciência física.) Este corpo etérico ou corpo vital, como às vezes é chamado , longe de ser qualquer invenção da imaginação, é distintamente visível para os sentidos espirituais desenvolvidos do ocultista como o são as cores perceptíveis externamente ao olho físico. Este corpo etérico pode ser visto de fato pelo clarividente. É o princípio que chama os materiais inorgânicos, se referindo a condição inanimada deles, tecidos na linha de artigo de vestuário da vida. Não imagine que este corpo somente é para o ocultista algo que ele acrescenta em pensamento ao que é inanimado. Isso é o que os cientistas naturais tentam fazer! Eles tentam completar o que eles vêem com o microscópio inventando algo que eles chamam o princípio de vida.

Tal ponto de vista não é considerado pela pesquisa teosófica. Ela tem um princípio fixo. Não diz: ” Aqui eu me levanto como um investigador, da mesma maneira que eu sou. Tudo aquilo que há no mundo tem que se conformar ao meu atual ponto de vista . O que eu não posso perceber não tem nenhuma existência “! Este tipo de argumento é aproximadamente tão sensato quanto aquele seria se um homem cego fosse dizer que cores simplesmente são questões de fantasia. O homem que não sabe nada sobre um assunto não está na posição de julgar isto, mas apenas aquele que tem uma gama de experiência em tais assuntos .

Agora o homem está em um estado de evolução, e por isto a Teosofia diz: ” Se você permanece como você é, você não verá o corpo etérico, e pode falar então realmente de `Fronteiras do Conhecimento” e `Ignorabimus ‘; mas se você desenvolve e adquire as faculdades necessárias para a cognição de coisas espirituais, você já não falará do `Fronteiras de conhecimento, ‘ porque estas só existem enquanto o homem não desenvolve os sentidos internos. É por isto que aquele agnosticismo constitui-se em um tão pesado arrastar em nossa civilização; que diz: ” O Homem é assim e assim, e sendo assim e assim ele pode saber só isto “. A uma tal doutrina respondemos nós: ” Embora ele seja assim e assim hoje, ele tem que ficar diferente, e quando diferente ele então saberá qualquer outra coisa” .

Assim a segunda parte de homem é o corpo etérico que ele possui em comum com o reino vegetal.

A terceira parte é o bodya astral, assim denominado, um nome significativo e bonito, a razão para isto será explicada depois. Teósofos que estão cobiçosos de mudar este nome podem não ter nenhuma idéia do que esteja ai incluído. Ao corpo astral é nomeada a tarefa, no homem e no animal, de lelevação para o plano acima da vida-substância para o plano de sentir, de forma que na vida-substância podem mover não só fluidos, mas também que nisto pode ser expressado tudo aquilo que é conhecido como dor e prazer, alegria e aflição. E aqui você tem a diferença essencial imediatamente entre a planta e o animal; embora há certos estados de transição entre estes dois.

Uma recente escola de naturalistas é de opinião que sentimentos, em seu sentido literal, também deveriam ser designados a plantas; porém, isto é mas um jogo de palavras; entretanto é óbvio que certas plantas são de uma organização tão sensível que elas ” respondem ” a coisas particulares que podem ser trazidas para perto deles, contudo tal uma condição não pode ser descrita como ” sentimento “. para que ” sentimentos ” possam existir, uma imagem deve ser formada dentro do ser como o reflexo do que produz a sensação. Então, se certas plantas responderem a estímulo externo, esta não é nenhuma prova que a planta responde ao estímulo por um sentimento, quer dizer, que experimenta isto intimamente. Que que tem experiência interna toma assento no corpo astral. E assim nós vimos que os que atingiram condições animais consistem de corpo físico, etérico ou corpo vital, e o corpo astral.

Porém, o homem se eleva sobre o animal pela posse de algo a que pessoas bastante diferentes, e pensativas estiveram a toda hora atentas no que consiste esta superioridade . É indicado que Jean Paul diz na autobiografia dele. Ele diz que podia se lembrar do dia quando se levantou como uma criança no pátio da casa de seus pais, e o pensamento flamejou de repente por sua mente: que ele era um ego, um ser, capaz de dizer ” intimamente eu ” para si mesmo; e ele nos fala que isto deixou uma impressão profunda nele.

Tudo o que a ciência externa denomina de alma negligencia o ponto mais importante que está aqui envolvido. Então, eu lhe pedirei que me siga alguns momentos fazendo uma pesquisa do que é um argumento muito sutil, contudo um que mostrará para você como se coloca o assunto. No todo da fala humana há uma palavra pequena que difere em toto de todo o resto. Cada um de você pode nomear as coisas ao redor você; cada um pode chamar uma mesa uma mesa, e uma cadeira uma cadeira. Mas há uma palavra, um nome que você não pode aplicar a nada salvo a quem o possui, e esta é a pequena palavra ” eu “. Ninguém pose se dirigir a outro como ” eu “. Isto, ” eu “. tem que soar adiante da própria alma íntima; é o nome que só a própria alma pode aplicar a si mesmo. Toda outra pessoa é um ” você ” para mim, e eu sou um ” você ” para ele. Todas as religiões reconheceram este “eu ” como a expressão daquele princípio na alma pela qual seu ser íntimo, sua natureza divina, é permitido a falar. Aqui, então, começa aquilo que nunca pode penetrar pelos sentidos exteriores com o seu real significado, mas que tem que soar adiante do ser íntimo. Aqui começa aquele monólogo, o monólogo da alma, por meio da qual o ego divino faz conhecida a sua presença quando as mentiras do caminho são varridas para a vinda do Espírito na alma humana.

Entre os hebreu antigos, por exemplo, este nome era conhecido como ” o nome indescritível de Deus nas religiões de civilizações mais iniciais, ” e qualquer interpretação que a filologia moderna possa escolher colocar nisto, o nome judeu antigo de Deus não tem nenhum outro significado que aquele que é expressado em nossa palavra ” eu “. UMA emoção atravessou aqueles reunidos quando o ” Nome do Deus ” Desconhecido foi pronunciado pelo Iniciado, quando eles perceberam o significado dessas palavras que reverberam vagamente pelo templo : ” Eu sou que eu sou “.

Nesta palavra é expresso o quarto princípio da natureza humana, aquele que o homem só possui enquanto na Terra; e este ” eu ” a sua volta inclui e desenvolve dentro de si mesmo os germes de fases mais altas da humanidade.

Nós podemos apenas lançar um olhar de transcurso ao que no futuro será evoluído por este quarto princípio. Nós temos que mostrar que aquele homem consiste em um corpo físico, um corpo de etérico, um corpo astral, e o ego, ou ego interno atual; e que dentro deste ego interno estão os rudimentos de três fases adicionais de desenvolvimento que se originará no sangue. Estes três são Manas, Buddhi, e Atma:

Manas, o Espírito-ego, como completamente distinto do ego; Buddhi, a Vida-espírito,; Atma, o Espírito-homem atual e verdadeiro, um ideal muito distante do homem de hoje; o germe rudimentar agora oculto internamente, mas destinado a alcançar perfeição em idades futuras .

Nós temos sete cores no arco-íris, sete tons na escala (musical), sete séries de pesos atômicos [na Tabela Periódica dos elementos químicos], e sete graus na escala do ser humano; e estes são divididos novamente em quatro graus mais baixos e três graus mais altos.

Nós tentaremos entrar com uma clareza perspicaz no modo pelo qual esta tríade espiritual superior lança uma expressão fisionômica internamente no quaternário inferior, e como a nós parece no mundo dos sentidos. Luz, em primeiro lugar, que cristalizou em forma como corpo físico do homem; isto que ele possui em comum com o todo que é chamado de ” natureza inanimada “. Quando nós falarmos teosoficamente do corpo físico, nós o fazemos sem mesmo signifique o que o olho vê, mas aquela combinação suficiente de forças que construíram o corpo físico onde existe a Força viva atrás da forma visível.

Nos deixe observar uma planta agora. Este é um ser possuidor de um corpo etérico que eleva substância física a vida; quer dizer, converte esta substância em seiva viva. É o que transforma estas forças denominadas inanimadas na seiva viva? Nós chamamos a isto corpo etérico, e o corpo etérico faz o mesmo trabalho precisamente em animais e homens; faz com que aquilo que tem uma existência meramente material se torne uma configuração viva, uma forma viva.

Este corpo etérico é, em sua volta, penetrado por um corpo astral. E o que faz o corpo astral? Faz com que a substância que foi posta em movimento experimente a circulação desses fluidos do intimo ao exterior, de forma que o movimento externo é refletido em experiência interna.

Nós chegamos agora ao ponto onde nós podemos compreender o homem até onde se refere ao lugar dele no reino animal. Todas as substâncias que compõem o homem, como oxigênio, nitrogênio, hidrogênio, enxofre, fósforo, etc., também serão encontradas lá fora, na natureza inanimada. Se o corpo etérico transformou em substância viva, existem as experiências internas, cria as reflexões internas do que foi trazido do exterior, então o corpo etérico deve ser penetrado pelo que nós conhecemos como o corpo astral, e isto é o porque o corpo astral é o que dá origem a sensação. Mas nesta fase o corpo astral estimula só sensação de um modo particular. O corpo etérioc muda as substâncias inorgânicas em fluidos vitais, e o corpo astral em sua volta transforma esta substância vital em substância sensível; apenas isto que eu lhe peço especialmente reparar, que é: um ser sem mais que estes três corpos é capaz de sentimento?

Sente apenas seus próprios processos de vida ; isto conduz a uma vida que é limitada dentro de si mesmo.

Agora, este é um fato mais interessante, e um de importância extraordinária para nós termos em mente. Se você olhar para um dos mais inferioresanimais, você acha o que entendeu? A transformação da substância inanimada em substância viva, e substância viva em substância sensível: e substância sensível só pode ser achada onde lá existe, em todos os eventos, os rudimentos do que existe em uma fase posterior aparecem como um sistema nervoso desenvolvido.

Assim nós temos substância inanimada, substância viva, e substância penetradas por nervos capazes de sensação. Se você olha para um cristal, você tem que reconhecer isto, principalmente como a expressão de certas leis naturais que prevalecem no mundo externo, no reino denominado inanimado. Nenhum cristal poderia ser formado sem a ajuda da natureza circunvizinha. Nenhuma única ligação pode ser cortada separadamente por si só da cadeia do cosmo e jogo. E da mesma maneira que pouco pode você separar o homem de ambiente dele que, se ele foi erguido a uma altitude de até mesmo alguns milhas sobre a terra, tem inevitavelmente que morrer . Da mesma maneira que o homem só é concebível aqui no lugar onde ele está, onde as forças necessárias são combinadas nele, assim também é em relação ao cristal; e então, quem vê justamente um cristal verá nisto um quadro do todo da natureza, realmente do cosmo inteiro. O que Cuvier disse é de fato o caso, viz., que um anatomista competente poderá contar a que tipo de animal qualquer determinado osso pertenceu, tendo cada animal seu próprio tipo particular de formação óssea.

Assim o cosmo inteiro vive na forma de um cristal. Da mesma maneira o cosmo inteiro é expressado na substância viva de um único ser. O correr de fluidos por um ser é , ao mesmo tempo, um pequeno mundo, e uma contraparte do grande mundo. E quando a substância ficou capaz de sensação, o que então mora nas sensações das criaturas mais elementares? Tais sensações refletem as leis cósmicas, de forma que cada criatura viva separada percebe dentro de si mesmo microcosmicamante o macrocosmo inteiro. A vida sensível de uma criatura elementar é assim uma imagem da vida do universo, da mesma maneira que o cristal é uma imagem de sua forma. A consciência de tais criaturas vivas existe, mas claro que, escurecida. Ainda que esta mesma incerteza de consciência seja contrabalançada por sua maior gama distante, o cosmo inteiro é sentido na consciência escura de um ser elementar. Agora, no homem há só uma estrutura mais complicada dos mesmos três corpos encontrada na criatura viva sensível mais simples.

Deixe o homem sem o que considera ser a tomada de seu sangue, como sendo composto da substância do mundo físico circunvizinho, e contendo, como a planta, certos sucos que transformam isto em substância viva, e no qual um sistema nervoso é gradualmente organizado . Este primeiro sistema nervoso é o sistema denominado simpático, e no caso do homem se estende ao longo do comprimento inteiro da espinha a qual é fixo através de linhas pequenas em qualquer lado. Também tem a cada lateral uma série de nodos de qual ramificam linhas para fora para as partes diferentes, como os pulmões, os órgãos digestivos, e assim por diante. Este sistema nervoso simpático dá origem, para a vida da sensação há pouco descrita. Mas a consciência de homem não se estende fundo o bastante para o habilitar seguir os processos cósmicos refletidos por estes nervos. Eles são um meio de expressão, e da mesma maneira que a vida humana é formada do mundo cósmico circunvizinho, assim está este mundo cósmico refletido novamente no sistema nervoso simpático. Estes nervos vivem uma vida interna escura, e se o homem fosse mas capaz de imergir abaixo no sistema simpático dele, e acalmar o sistema nervoso mais alto dele para dormir, veria , como em um estado de vida luminosa, os funcionamentos silenciosos das leis sumamente cósmicas.

Em uma cronologia passada as pessoas eram possuidoras de uma faculdade de clarividência que é substituída agora, mas que pode ser experimentada quando, através de processos especiais, a atividade do sistema mais alto de nervos está suspensa, deixando assim livre a consciência mais baixa ou subliminar. Nestas ocasiões, o homem vive naquele sistema de nervos que, de seu próprio modo particular, é uma reflexão do mundo circunvizinho.

Certos animais mais inferiores realmente ainda retêm este estado de consciência, obscura e indistinta entretanto, contudo é essencialmente mais de longo alcance do que a consciência do homem atual. Um mundo se estendendo amplamente é refletido como uma vida interna obscura, não somente uma seção pequena como é percebido pelo homem contemporâneo. Mas no caso de homem, qualquer outra coisa aconteceu além. Quando a evolução foi tão longe que o sistema nervoso simpático foi desenvolvido, de forma que o cosmo foi nele refletido, o sendo de evolução se abre novamente neste momento; ao sistema simpático é somada a medula espinhal. O sistema de cérebro e medula espinhal conduz então a esses órgãos pelos quais a conexão é fixa para o mundo exterior.

Depois de ter progredido tanto assim, já não é chamado para somente agir como um espelho para refletir as leis primordiais de evolução cósmica, mas uma relação é estabelecida superior entre a reflexão disto e o mundo externo. A junção do sistema simpático e o sistema nervoso superior é expressiva da mudança que aconteceu anteriormente no corpo astral. Sem o posterior nada mais longe que somente vida; a vida cósmica em um estado de consciência estúpida, mas acrescentada à sua própria existência interna especial. O sistema simpático permite um ser a sentir o que está acontecendo fora dele; o sistema mais alto de nervos permite que perceba internamente o que acontece, e a forma mais alta do sistema nervoso, como é em geral possuido pelo gênero humano na fase presente de evolução, leva este material do corpo astral altamente desenvolvido para a criação de quadros, ou representações, do mundo exterior. O Homem perdeu o poder de perceber o anterior obscurecimento dos quadros primitivos do mundo externo, mas, por outro lado, ele está agora consciente de sua vida interna, e fora desta vida interna ele forma, em uma fase mais alta, um mundo novo de imagens em que, é verdade, só uma pequena porção do mundo exterior é refletida, mas de um maneira mais perfeita e purificadora que antes.

De mãos dadas com esta transformação outra mudança acontece em fases mais altas de desenvolvimento. A transformação assim começada se estende do corpo astral ao corpo etérico. Como o corpo etérico no processo de sua transformação evolui o corpo astral, sobre o sistema nervoso simpático é acrescentado o sistema do cérebro e espinha, e assim também, faz com que ele depois receba a mais baixa circulação de fluidos desenvolvidos exteriormente e fica livre agora do corpo eterico, ao transmutar estes mais baixos fluidos no que nós conhecemos como sangue.

Então, sangue é uma expressão do corpo etérico individualizado, da mesma maneira que o cérebro e corda espinhal são a expressão do corpo astral individualizado. E é isto individualizando que provoca estas vidas como o ego ou ” eu “.

Tendo seguido assim tao longe o homem em sua evolução, achamos que temos que ver com uma cadeia que consiste em cinco ligações, nos afetando. A. O Corpo Físico; B. O Corpo Etérico e C. O Corpo Astral. Estas ligações são: 1. as forças inorgânicas, neutras, físicas; 2. os fluidos vitais que também são achados em plantas; 3. o sistema nervoso inferior ou simpático ; 4. o corpo astral superior que foi evoluído do mais baixo e que acha sua expressão na medula espinhal e o cérebro; 5. o Princípio que individualiza o corpo etérico. Da mesma maneira que estes dois princípios posteriores foram individualizados, assim é com o primeiro princípio pelo qual a matéria inanimada entra no corpo humano, servindo para construi-lo, também é individualizado; mas em nossa humanidade atual achamos só os primeiros rudimentos desta transformação.

Nós vimos como as substâncias informes externas entram no corpo humano, e como o corpo etérico transforma estes materiais em formas vivas; como, mais adiante, o corpo astral forma quadros do mundo externo, como esta reflexão das resoluções mundiais externas leva isto a experiências internas, e como esta vida interna se reproduz então internamente os quadros do mundo exterior.

Agora, quando esta metamorfose se estender ao corpo etérico, o sangue é formado. Os recipientes do sangue, juntamente com o coração, são a expressão do corpo etérico transformado, da mesma maneira pela qual a medula espinhal e o cérebro expressam o corpo astral transformado. Da mesma maneira que por meio do cérebro o mundo externo é intimamente experimentado, também por meio do sangue este mundo interno é transformado em uma expressão exterior no corpo de homem. Eu terei que falar em símiles para descrever a você os processos complicados que têm que ser levados em conta agora.

O sangue absorve esses quadros do mundo externo que o cérebro formou, os transforma em forças vivas construtivas, e com eles constrói o corpo humano presente. Sangue é então o material que constrói o corpo humano. Nós temos antes de nós um processo no qual o sangue extrai de seu ambiente cósmico a substância mais alta que possivelmente pode se obter , viz., oxigênio que renova o sangue e materiais com vida fresca. Desta maneira nosso sangue tem a função de se abrir para o mundo exterior.

Nós seguimos assim o caminho do mundo exterior para o interior, e também novamente de volta daquele mundo interno para o exterior. Duas coisas são agora possíveis. (1) nós vemos o que aquele sangue origina quando o homem confronta o mundo externo como um ser independente, quando fora das percepções as quais o mundo externo deu origem, (2) ele na volta produz formas diferentes e quadros de sua própria conta, e assim ele que fica criativo, e tornando possível para o Ego, a Vontade individual, entrar em vida. Um ser em quem este processo não teve contudo lugar não poderia dizer ” eu “. No sangue está o princípio para o desenvolvimento do ego. O ” eu ” só posso ser expresso quando um ser puder formar dentro de si mesmo os quadros que obteve do mundo exterior. Um ” Eu-ser ” deve ser capaz da tomada do mundo externo em si mesmo, e de reproduzir isto intimamente.

Se fosse meramente dotado com um cérebro, ele só poderia reproduzir quadros do mundo exterior dentro dele, e os experimentar dentro dele; ele poderia então só dizer: ” O mundo exterior é refletido em mim como em um espelho “. Se, porém, ele pode construir uma forma nova para esta reflexão do mundo externo, esta forma não é somente o mundo externo refletido, é ” eu ” UMA criatura possuída de uma medula espinhal e um cérebro percebe a reflexão como sua vida interna. Mas quando uma criatura possuir sangue, sofre sua vida interna como sua própria forma. Por meio do sangue, ajudado pelo oxigênio do mundo externo, o corpo individual é formado de acordo com os quadros da vida interna. Esta formação é expressa como a percepção do ” eu “.

O ego vira em duas direções, e o sangue expressa este fato externamente. É dirigida a visão do ego internamente; sua vontade é voltada para fora. São dirigidas as forças do sangue internamente; elas constroem o homem interno, e novamente elas são virados para fora, ao oxigênio do mundo externo. Isto é por que, ao dormir, o homem em inconsciência; afunda naquilo que a consciência dele pode experimentar no sangue. Porém, quando ele abrir os olhos novamente para o mundo exterior, o sangue dele acrescenta a suas forças construtivas que os quadros produziram pelo cérebro e os sentidos. Assim o sangue estava a meio caminho, como seja, entre o mundo interno de quadros e o mundo vivo exterior de forma. Este papel fica claro a nós quando nós estudamos dois fenômenos, viz., relação de ancestralidade entre seres e a experimentação consciente no mundo de eventos externos. Ascendência, ou descida, nos coloca onde nós nos levantamos conforme a lei de relação do sangue. Uma pessoa nasce de uma conexão, uma raça, uma tribo, uma linha de antepassados, e o que estes antepassados deram a ele está no sangue dele. No sangue está reunido, como seja, tudo aquilo que o passado material construiu no homem; e no sangue também está sendo formado tudo aquilo que está sendo preparado para o futuro.

Então, quando se temporariamente suprime a consciência mais alta dele, quando ele está em um estado hipnótico, ou um de sonambulismo, ou quando ele for o clarividente atávico, ele desce a uma consciência mais funda distante, uma na qual repousa sonhadoramente ciente das grandes leis cósmicas, mas não obstante as percebe muito mais claramente que os sonhos mais vívidos de sono comum. Nestas ocasiões a atividade do cérebro dele está pendente, e durante estados do sonambulismo mais fundo isto se aplica também à medula espinhal. O homem sofre as atividades do sistema nervoso simpático dele; quer dizer, em uma maneira escura e nebulosa ele sente a vida do cosmo inteiro. Nestas ocasiões o sangue já não expressa quadros da vida interna que é produzida por meio do cérebro, mas apresenta aqueles que o mundo exterior formou nisto. Porém, agora nós temos que ter em mente. Da mesma maneira que ele herda a forma do nariz de um antepassado, assim ele herda a forma do corpo inteiro dele. Nestas ocasiões de consciência suprimida ele sente os quadros do mundo exterior; quer dizer, os antepassados dele são ativos no sangue dele, e em um tal momento ele ocupa vagamente uma parte na vida remota deles.

Tudo no mundo está em um estado de evolução, inclusive a consciência humana. Homem nem sempre teve a consciência que possui agora; quando voltarmos para as vezes de nossos antepassados mais iniciais, achamos uma consciência de um tipo muito diferente. Na atualidade ao despertar da vida percebe coisas externas pela agência dos sentidos e forma idéias sobre elas. Estas idéias sobre o trabalho mundial externo no sangue dele. Então tudo do que ele foi recipiente como o resultado de sentido-experiência, de vidas e está ativo no sangue; a memória é armazenada com estas experiências dos sentidos. Por outro lado, o homem de hoje não é mais consciente do que possui internamente, completamente da vida por herança de seus antepassados. Ele sabe relativamente às formas de seus os órgãos internos; mas em uma cronologia anterior isto era caso contrário. Lá então estão não só o vivido dentro do sangue o que os sentidos tinham recebido do mundo externo, mas também dentro do qual está contida completamente a forma; e completamente como esta forma foi herdada de seus antepassados, o homem sentia a vida deles dentro dele.

Se nós pensarmos em uma forma elevada desta consciência, nós teremos alguma idéia de como isto também foi expresso em uma forma correspondente de memória. Uma pessoa experimenta não mais que o que ele percebe pelos seus sentidos, se lembra não mais que os eventos conectados a esse sentido-experiência externo. Ele só pode estar atento a tais coisas como pode ter experimentado este modo interno desde sua infância. Mas com o homem pré-histórico o caso era diferente. Um tal homem sentia o que estava dentro dele, e como esta experiência interna era o resultado de hereditariedade, ele atravessou as experiências dos antepassados por meio da faculdade interna. Ele não só se lembrou da própria infância , mas também as experiências dos antepassados. Esta vida dos antepassados estava, na realidade, sempre presente nos quadros que o sangue recebeu, e incrível como possa parecer às idéias materialistas do dia presente, havia uma forma de consciência pelo meio da qual os homens não só consideraram as próprias senso-percepções deles como suas próprias experiências, mas também as experiências dos antepassados. Por essas vezes, quando eles disseram, ” eu experimentei aquela tal coisa, ” eles não só aludiram ao que tinha acontecido pessoalmente a eles, mas também para as experiências dos antepassados, porque eles poderiam se lembrar destas.

Esta consciência mais cedo era, é verdade, de um tipo muito escuro, muito nebuloso quando comparada a consciência que está se despertando no homem atual. Participava mais da natureza de um sonho vívido, mas, por outro lado, alcançou muito mais que o faz nossa consciência presente. O filho se sentia conectado com o pai e o avô como um ” eu, ” porque ele sentia as experiências deles como se fossem próprias. E porque o homem era possuidor desta consciência, porque não só morava no próprio mundo pessoal dele, mas porque dentro dele lá habitava também a consciência de gerações anteriores, ao se nomear ele incluia naquele nome todo o pertencente à sua linha ancestral. Pai, filho, neto, etc., designado através de um nome que era comum a todos eles, que passou por eles todos; em resumo, um feltro da pessoa dele em somente ser um membro de uma linha inteira de descendentes. Esta sensação era verdadeira e atual.

Nós temos que indagar agora como foi que mudou a forma dele de consciência. Ocorreu bem por uma causa conhecida na história oculta. Se você voltar ao passado, você achará que há um momento particular que se salienta na história de cada nação. É o momento no qual umas pessoas entram em uma fase nova de civilização, o momento quando deixa de ter velhas tradições, quando deixa de possuir sua sabedoria antiga, a sabedoria que foi passada por gerações por meio do sangue. A nação possui, não obstante, uma consciência disto, e isto é expressado em suas lendas.

Em cronologias anteriores as tribos eram mantidas a distância uma das outras, e os membros individuais das famílias casavam dentro da família. Você verá que este foi o caso com todas as raças e com todos os povos; e era um momento importante para humanidade quando este princípio foi quebrado, quando o sangue estrangeiro foi introduzido, e quando o matrimônio entre parentes foi substituído pelo matrimônio com estranhos, quando a endogamia deu lugar a exogamia. Endogamia preserva o sangue da geração; permite que o mesmo sangue flua nos membros separados como fluxos para gerações pela tribo inteira ou a nação inteira. Exogamia inocula o homem com sangue novo, e isto causa o rompimento do princípio tribal, misturando o sangue, o que mais cedo ou mais tarde acontece a todos os povos, e significa o nascimento da compreensão externa, o nascimento do intelecto.

A coisa importante para ter em mente aqui é, que antigamente havia uma clarividência nebulosa da qual os mitos e lendas se originaram. Esta clarividência poderia existir no sangue quase-relacionado, da mesma maneira que nossa consciência atual ocorre devido ao entrosar do sangue. O nascimento do pensamento lógico, o nascimento do intelecto, foi simultâneo ao advento da exogamia. Surpreendente como isto pode parecer, não obstante é verdade. É um fato que será substanciado cada vez mais através de investigação externa; realmente, já foram dados os passos iniciais ao longo desta linha.

Mas este entrosamento de sangue que ocorre por exogamia também é o que ao mesmo tempo oblitera a clarividência de dias anteriores, para que a humanidade possa evoluir a uma fase mais alta de desenvolvimento; e da mesma maneira que a pessoa que atravessou as fases de desenvolvimento oculto recupera esta clarividência, e transmuta isto em uma forma nova, assim tem nossa consciência despertado do dia presente e evoluído para fora daquela clarividência escura e nebulosa que obteve em tempos antigos.

Na atualidade tudo no ambiente de um homem causa impressão em seu sangue; conseqüentemente o ambiente forma o homem interno conforme o mundo exterior. No caso de homem primitivo isto foi contido dentro do corpo que foi expressado mais completamente no sangue. Nesses tempos anteriores foi herdada a lembrança de experiências ancestrais, e, junto com isto, tendências boas ou más. No sangue dos descendentes seria localizado os efeitos das tendências dos antepassados. Agora, quando o sangue estava misturado pela exogamia, esta conexão íntima com antepassados foi cortada, e o homem começou a viver a própria vida pessoal. Assim, em um sangue não misturado é expressado o poder da vida ancestral, e em um sangue misturado o poder de experiência pessoal.

Os mitos e lendas contam estas coisas. Eles dizem: ” Que quem tem poder em vosso sangue tem poder sobre vós”. Este poder tradicional cessou quando já não pode trabalhar no sangue, porque a capacidade posterior para responder a um tal poder foi extinta pela admistão de sangue estrangeiro. Esta declaração seguramente é de uma extensão muito mais ampla. Qualquer poder que isso deseje obter o domínio sobre um homem, aquele poder tem que trabalhar nele de um modo tal que o funcionamento seja expresso em seu sangue. Então, para um poder mau influenciar um homem, deve poder influenciar seu sangue. Este é o significado fundo e espiritual da citação de Fausto. Isto é por que o representante do princípio mau diz: Assine o pacto com seu sangue, então eu posso vos segurar por isso que acima de tudo equilibra um homem; então deva eu vos atrair a mim “. Quem tem domínio sobre o sangue é o mestre do homem, ou do ego do homem.

Quando dois grupos das pessoas entram em contato, como é o caso de colonização, então estes que estão familiarizados com as condições de evolução podem predizer se ou não uma forma estrangeira de civilização pode ser assimilada pelas outras. Por exemplo, leve umas pessoas que são o produto de seu ambiente, em quem o sangue deste ambiente se construiu, e tente enxertar em tais pessoas uma forma nova de civilização. A coisa é impossível. Isto é por que certo povos aborígines tiveram que ir abaixo, assim que os colonos chagaram a estas partes particulares de seu mundo.

É deste ponto de vista que a pergunta terá que ser considerada, e a idéia que mudanças são capazes de serem forçadas em tudo e em vários cessará de ser apoiada a tempo, porque é inútil exigir do sangue mais que pode suportar.

A ciência moderna descobriu que se o sangue de um animal não está misturado com aquele de um outro consangüíneo, o sangue da pessoa é fatal ao outro. Isto foi conhecido pelo ocultismo por eras. Se você entrosar o sangue de seres humanos com aqueles dos macacos inferiores, o resultado é destrutivo às espécies, desde que o da pessoa também é removido longe do outro. Se, novamente, você entrosa o sangue de homem com o dos macacos mais altos, não resulta morte. Da mesma maneira que este entrosamento do sangue de espécies diferentes de animais provoca morte quando os tipos são muito remotos, assim, também, a clarividência antiga de homem pouco desenvolvido foi morta quando o sangue dele foi misturado com o sangue de outros que não pertenceram à mesma ação. A vida intelectual inteira de hoje é o resultado do entrosar do sangue, e não está distante o tempo quando as pessoas estudarão a influência que isto teve na vida humana, e eles poderão localizar isto atrás na história da humanidade quando realizadas investigações sobre este ponto de vista.

Nós vimos aquele sangue unido a um sangue, no caso de espécies remotamente conectadas de animais, matanças; sangue unido a sangue no caso de espécies mais próximas de animais não mata. O organismo físico de homem sobrevive quando sangue estranho entra em contato com sangue estranho, [excluidos, claro, os casos de tipos sanguíneos incompatíveis que mutuamente coagulam um ao outro] mas o poder de clarividência perece sob esta influência de mistura de sangue, ou exogamia.

Homem é assim constituído quando o sangue não entrosar muito longe com o sangue removido em evolução, e o intelecto nasce. Por isto significa a clarividência original, que pertenceu ao animal-homem inferior, foi destruída, e uma forma nova de consciência aconteceu.

Assim na fase mais alta de desenvolvimento humano nós achamos algo semelhante ao que acontece em uma fase mais baixa no reino animal. No sangue posterior, estranho mata sangue estranho. No reino humano matanças de sangue estranhas que estão intimamente encadeadas com sangue aparentado, viz., a clarividência escura, triste. Nossa consciência objetiva cotidiana é então o resultado de um processo destrutivo. No curso de evolução foi destruído o tipo de vida mental devido a endogamia, mas em seu exogamia da lugar ao nascimento do intelecto, para a consciência amplamente acordada do dia presente.

O que pode viver no sangue do homem são as vidas de seu ego. Da mesma maneira que o corpo físico é a expressão do princípio físico, como o corpo etérico é a expressão dos fluidos vitais e seus sistemas, e o corpo astral do sistema nervoso, assim é o sangue a expressão do ” eu, ” ou ego. O Princípio físico, corpo etérico, e corpo astral são o ” Acima “; corpo físico, sistema vital, e sistema nervoso são o ” abaixo”. Semelhantemente, o ego é o ” acima, ” e o sangue é o ” abaixo”. Quem, então, quser dominar um homem, tem que dominar o sangue daquele homem primeiro. Isto deve ser tido em mente para que qualquer avanço seja feito na vida prática. Por exemplo, a individualidade de uma pessoa pode ser destruída se, ao colonizar, você exige de seu sangue mais que pode agüentar, ja que o sangue é expresso ño ego. Beleza e verdade só possuem um homem quando eles possuírem o sangue dele.

Mefistofeles obtém a posse do sangue de Fausto porque ele deseja reger seu ego. Conseqüentemente nós podemos dizer que a oração que formou o tema da conferência presente foi tirada das profundidades de conhecimento que, verdadeiramente:

“Sangue é um Fluido Muito Especial.”



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